24.04.2013 Views

soneto

soneto

soneto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DE J. X. DE MATOS. 229<br />

Eflar ouvindo a mufica alternada<br />

Dos doces namorados paffarinhos ,<br />

Qe a meus brandos ouvidos nunca enfada:<br />

Vellos andar faltando nos raminhos,<br />

Depenicando as folhas inquietos,<br />

Vellos depois voar aos altos ninhos:<br />

Oh ! Qz2e dignos feráo effes objeaos<br />

Dos cuidados de hum animo innocente,<br />

Para eflar contemplando cm feus fecretos<br />

vamos, amigo, dai-me a mão contente,<br />

Vamos fe quer hurn dia em noffa idade<br />

Ver o roilo da Paz refplandecente.<br />

A Deos , vans efperanças da Cidade,<br />

Deixai-me ir acabar os triftes dias<br />

No fanto Domicilio da Verdade.<br />

Mas ah! Qpe todas eflas alegrias,<br />

Por rnais, e mais que certas me pareção,<br />

Eáo pafsáo de fonhadas fantazias!<br />

Aquelles- negros Fados, que no cersão<br />

De perfeguír-me, pondo-fe diante<br />

rara prender-me os paffos, fe atravefiáo.<br />

En

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!