24.04.2013 Views

soneto

soneto

soneto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DE J. X. DE MATOS,<br />

Se a pouca refiftencia<br />

Te diminue a gloria da conquifia ,<br />

Defafia a violencia<br />

D'algum Tigre cruel, que te refifta,<br />

Que eu, inda que pudera<br />

Refar a teus olhos, náo quizera.<br />

No são teus olhos bellos<br />

Como so os mais cilios, que fegura<br />

Bem póde a gente vellos,<br />

Scm fufpirar de amor, nem de ternura;<br />

Mas os teus poden: tanto,<br />

Que fó de vellos me derreto ein pranto.<br />

Formo fas fotribras, ende<br />

O criminofo Amor , réo de mil mortes,<br />

Táo déflro a rnáo erconde,<br />

Para ferir os coraçóes mais fortes;<br />

Que deffas cores pretas,<br />

Por mais fe disfarçar, , tingio as fettas.<br />

Correm de toda a parte<br />

Tenros Amores, que voando , e rindo,<br />

Na,s azas váo levar-te<br />

Os rotos coral6es, que elfas ferindo:<br />

Táo cruento tributo<br />

Receber podes com femblante e,nxuro!<br />

Oh

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!