24.04.2013 Views

soneto

soneto

soneto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

9178 PENELOPE. TRAGEDIA<br />

As cabegas da Idra a renovar-fe.<br />

Apt3s de huma tormenta, outra tormenta<br />

Eráo fó dos meus olhos os objedos<br />

Náo poffo tomar porto ; e impeilido<br />

Pela torça dos vernos fobre as praias,<br />

Sobre eftas mefinas praias., que en bufcava<br />

Ha tantos tempos, naufragando todos,<br />

Efcapo eu fó por milagrofo iinpulfo<br />

Da Deofa ," que me ampara, eique lile ordena,<br />

,A. mela•pezar , a minha vinda occuite.<br />

E apparecer cm tal ellado poffo •<br />

A'Rainba! A meu filio! Náo.: No devo ,<br />

Que a defgraça , cm que eflou , inda a teus olhos<br />

Tem fe:ro por ten Rey defconhecer-me<br />

Mas vê fe ha coraçóes, onde o meu2norne<br />

Inda imprimir fe poffá. V'e fe acafo<br />

Inda tenho yaffallos que roe figáo:<br />

Minha proxima y inda ' lhts promette;<br />

Verei, Eumé, que idas formar potro:<br />

Tomarei meu confelho, que as fortunas<br />

Humanas sáo falliveis ; e no Mundo<br />

Sempre vai alternando o tempo irofa<br />

O bem comal, o gofio co s a trifieza<br />

Mas primeiro he .precifo ouvir meri filo.<br />

Dize-lhe, que tem gofto de fallar-lhe<br />

llum Eftrangeiro , que chegou a Itaca<br />

Porém nem o temor, nem a efperança<br />

Seja quem o conduza.<br />

Eumé.<br />

VoCfo filho<br />

Ea de vil- logo ao vano da Rainha ,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!