soneto

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RIMAS
IV.
V O's , que da rica rnáo da Naru reza
Recebeftes os dons, que ella mais pféza;
Aquelles altos dons de foimofura,
De graça , difcriçáo , de compodura,
CIDe ratas vezes por occulro arcano
Unir-fe labern no cornpofto humano:
V6s. , que por força de hum penfar feguro,
Illuminando as fombras do futuro,
Dos mefmos coraç6es, e entendimentos
Penetrais as tenç6es, e os movimentos:
V6s, finalmente, qbe fabeis aonde
Allifte Amor, por nrais que Amor fe erconde¡
Náo entendais que a declarar-vos veniio ,
Se acafo tenho amor, e a quem o tenho.
Venho á yoga prefença ,
56 como aquelle , que cm- :mortal doença,
Dos ardores da fehre feote a calma
Qge atenuando-lhe as potencias d' alma,
A cada infiante affliao delirando,
A' fecca 'nigua le lhe váo pegando
As truncadas palavras , fern que tenha,
Qpando o Medico venha ,
Elum habil enfermeiro , hum afluente,
CI,De exponha miudamente
Com zelo , e com piedade
; .
Os progreffos da tonga enfermidade,
En.
,..