24.04.2013 Views

soneto

soneto

soneto

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

DE J. X. DE MATOS. 213<br />

Sem ella defcontente<br />

Náo ha Sol, que me aquente;<br />

E fe talvez Limano por piedade<br />

Me aconfelha que bufque a fociedade,<br />

Sem faber o que faço<br />

Cabido o rato , vagarofo o paffo,<br />

Em vós fó conremplando,<br />

Com elle caminbando<br />

Para as converfaçóes de outros Paftores<br />

Lernbra-me entáo que as vallas so melhores,<br />

Qual o touro rnatreiro<br />

Que no alcance do incauto paffageiro,<br />

Quando faz que o náo fegue, mais vizinho<br />

Ao encomio lhe fahe n' outro caminho ;<br />

Affim a minha pena,<br />

QLiando cuido que eflá já mais pequena,<br />

Be porque vai bufcando<br />

ovos caminhos de me andar matando.<br />

Sern voz a minha doce fanfonina<br />

Tempero hum dia inteiro, e náo fe affina:<br />

A flauta lifonjeira<br />

Que em fim depois da voffa era a primeira,<br />

Já muda cita de todo, e defprezada,<br />

De pó cuberta , ha mezes pendurada:<br />

Se por fucceiTo a vejo,<br />

Alernbrando-me a voffa o meu defejo,<br />

Náo fei COMO a náo quebro de faudade;<br />

VPde o que faz a voffa fuavidade.<br />

Tra-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!