24.04.2013 Views

soneto

soneto

soneto

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

DE J. X. DE MATOS.<br />

Náo efpero que erguida fepultura<br />

O frio corpo meu , honre, e levante,<br />

Onde pare affombrado da eftrudura,<br />

A ler meu nome, o vago carninhante,<br />

Nem efpero<br />

Se a terra me faltar para cubrir-me:<br />

Do famofo Catáo,<br />

Infepultos os offos inda elláo.<br />

Inda vive a memoria dos tyrannos,<br />

E ainda , para affombro dos futuros,<br />

Vertendo eítáo o fangue dos humanos<br />

De Roma as praças, de Cicília os muros;<br />

E de (puntos Var6es<br />

Inda fe ignora a fama das acç6es.<br />

A verdadeira gloria<br />

Náo he encher Capitulos na Flifforia.<br />

A gloria de hum mortal náo fe alimenta<br />

De fangue, nem de lagrimas; fó ,<br />

Saiba-fe, ou náo fe faiba, guando intenta<br />

Perdoar generofo ao que fe hurnilha:<br />

Quando vir levantada<br />

Contra a innocencia ameagadora elpada,<br />

Interpor fe valente,<br />

Seja de amigo, reja de patente.<br />

is;<br />

Náo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!