soneto

ACTO TERCEIRO
Com que por toda a parte prevenia
Os futuros , e proximos enganos.
Mas de que iguaes perigos vos náo vejo
Ambos ameaçados! A Fortuna
Inda ao lado fe p6e deffes,
Inda o odio nos animos 'he ferve:
Temo que ambos fejais de feus furores
A viaima cruenta. Eu náo defcubro
Mais que defgraças. Sim. Voffos vaffallos;
Tendo faltado á fé, que vos juráráo
Por hum chefe traidor favorecidos,
Para ;reos olhatá5 , como quem olha
Para hum Juiz fevero; e de medrofos
Ao horror paffarVó de rebelados.
Qual he o gráo Deflino dos famofos
Vencedores de Troia Deftruida
Dos nobres Gregos a triunfante armada,
Foi pela máo dos Deofes vingadores:
Náo ha no largo mar dous rochedos,
Medonhas Sirtes, perigofos baixos,
Que de algum dos meus trilles companheiros
Sepultura náo Ayax valente
Da máo de Jove, que fulmina os raios,
Cabe fobre as ondas reduzido a cinzas:
O grande Agamenon volcando a Argos,
Por fua mefma Efpofa enfurecida,
Se vio affacinado; porém vejo
Sobre mim toda a colera celefle:
De mar cm mar as ondas me defpreáo
A'difcriçáo dos yentes. Tudo guamo
Mi Enq