<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCACESSIBILIDADE EM DUAS ESCOLAS DE CONCÓRDIA – PERCEPÇÃO DE GESTORES,PROFESSORES E PAIS DE ALUNOS COM DEFICIENCIA FÍSICACavalher, Z. D.¹; Oliva, D. D. O.²¹Estu<strong>da</strong>nte do curso <strong>de</strong> Fisioterapia - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Concórdia, Bolsista FAP. E-mail:diandra_cavalher@hotmail.com²Fisioterapeuta. Mestre em Envelhecimento humano pela UPF-RS, Docente <strong>de</strong> graduação na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> doContestado- UnC- Concórdia. E-mail: <strong>da</strong>nielaoliva@uncnet.brPalavras-chave: acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, leis <strong>de</strong> inclusão, pessoas com <strong>de</strong>ficiência física.IntroduçãoA acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ao meio físico promove a inclusão, aequiparação <strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e o exercício <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>niapara to<strong>da</strong>s as pessoas. Diante disso ações que garantama acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> tais como a circulação em áreas públicascumprem com respeito <strong>de</strong> seus direitos fun<strong>da</strong>mentaiscomo indivíduos. (QUEIROZ; <strong>VI</strong>TAL, 2008). AConstituição garante a todos o direito à educação e aoacesso à escola. To<strong>da</strong> escola, assim reconheci<strong>da</strong> pelosórgãos oficiais como tal, <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r aos princípiosconstitucionais, não po<strong>de</strong>ndo excluir nenhuma pessoa emrazão <strong>de</strong> sua origem, raça, sexo, cor, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>ficiência ouausência <strong>de</strong>la. (MAZZOTA, 2006).Materiais e MétodosEstudo qualitativo na qual foram incluídos dois gestores,dois professores e dois pais <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiênciafísica cujos filhos estão matriculados nas escolas públicas“Margari<strong>da</strong>” e “Gerbera” <strong>de</strong> Concórdia Santa Catarina,durante o período <strong>de</strong> abril e maio <strong>de</strong> 2012.Inicialmente foi proporciona<strong>da</strong> a autorização <strong>da</strong>s Escolaspara a aplicação <strong>da</strong> pesquisa, uma carta <strong>de</strong>esclarecimento e consentimento para os pais ouresponsáveis, foi realiza<strong>da</strong> uma pesquisa com osgestores, professores e pais <strong>de</strong> alunos com <strong>de</strong>ficiência epara esta pesquisa foi usado alguns roteiros <strong>de</strong> perguntasproposto por (CHAVES, 2006).Resultados e DiscussõesA partir <strong>da</strong> coleta dos <strong>da</strong>dos e <strong>da</strong> entrevista realiza<strong>da</strong>sobre a acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, po<strong>de</strong>-se afirmar que em uma <strong>da</strong>sescolas há melhores condições <strong>de</strong> inclusão em algumasquestões que vão ser <strong>de</strong>scritas abaixo.Na escola Gerbera, durante a avaliação, observou-se queno banheiro a porta possui um vão livre <strong>de</strong> 80 cm e possuientra<strong>da</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para <strong>de</strong>ficiente físico. O piso éanti<strong>de</strong>rrapante e possui bom estado <strong>de</strong> conservação. Nobanheiro não possui boxe <strong>de</strong>stinado ao D.F, assimimpedindo o livre acesso.Já na Escola Margari<strong>da</strong> o banheiro é acessível paraalunos com <strong>de</strong>ficiência, tendo uma porta com vão livre <strong>de</strong>80 cm e possui acesso in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para os alunos com<strong>de</strong>ficiência. O piso esta em bom estado <strong>de</strong> conservação,existe um boxe que permite o uso do ca<strong>de</strong>irante <strong>de</strong> 1,50 x2,20m.Na escola Margari<strong>da</strong> a mãe <strong>da</strong> aluna relata que “após areforma melhorou muito o acesso”.Na escola do Gerbera o pai <strong>de</strong> um aluno com <strong>de</strong>ficiênciafísica relata que: “o banheiro que não esta a<strong>de</strong>quado, e omeu filho precisa <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> <strong>de</strong> alguém para usá-lo (...) Oacesso à biblioteca não esta a<strong>da</strong>ptado, existe uma esca<strong>da</strong>que impe<strong>de</strong> o acesso,então ele não consegue usá-la.”De acordo com a pesquisa intitula<strong>da</strong> Preconceito eDiscriminação no Ambiente Escolar, realiza<strong>da</strong> pelaFun<strong>da</strong>ção Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Econômicas (Fipe) a102pedido do Instituto Nacional <strong>de</strong> Estudos e PesquisasEducacionais Anísio Teixeira (Inep), 96,5% dosentrevistados têm preconceito com relação a pessoascom <strong>de</strong>ficiência. (BRASIL, 2009).Outro ponto que chamou a atenção na avaliação foi adiferença do mobiliário <strong>da</strong>s salas <strong>de</strong> aula:Na escola Gerbera, a sala <strong>de</strong> aula em que o aluno estu<strong>da</strong>possui um bom estado <strong>de</strong> conservação ,porém quanto aomobiliário escolar não possui mesa e ca<strong>de</strong>ira acessívelpara o aluno com <strong>de</strong>ficiência.Na escola Margari<strong>da</strong> a sala <strong>de</strong> aula on<strong>de</strong> a aluna estu<strong>da</strong> opiso possui um bom estado <strong>de</strong> conservação, o mobiliárioé a<strong>de</strong>quado possuindo mesa e ca<strong>de</strong>ira a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, comauxilio para os pés, para a aluna com <strong>de</strong>ficiência.Para possibilitar o acesso <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiênciafísica ou mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> reduzi<strong>da</strong>, to<strong>da</strong> escola <strong>de</strong>ve eliminarsuas barreiras arquitetônicas e <strong>de</strong> comunicação, tendo ounão alunos com <strong>de</strong>ficiência nela matriculados nomomento (BRASIL, 1989; BRASIL, 2000ª.).ConclusõesOs resultados foram visíveis, o que impe<strong>de</strong> o acesso maisa<strong>de</strong>quado à estes alunos é a falta <strong>de</strong> recurso financeiro,por serem escolas municipais. Concluiu-se que aacessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> é insatisfatória em ambas as escolas, naquestão <strong>da</strong> falta <strong>de</strong> acesso à banheiros, ao setor <strong>de</strong>gestão e à setores <strong>de</strong> aprendizagem, on<strong>de</strong> éindispensável o acesso in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para os alunos com<strong>de</strong>ficiência física.Referências1. BRASIL. Lei Nº10. 098, Dispõe sobre normas gerais ecritérios básicos para a promoção <strong>da</strong> acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong>s pessoas portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência. De: 19 <strong>de</strong>z.2008.2. QUEIROZ, Marco Antônio; <strong>VI</strong>TAL, Flávia Maria <strong>de</strong>Paiva. A CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DASPESSOAS COM DEFICIÊNCIA COMENTADA. Pag.44. Brasília. 2008.3. CHAVES, Gior<strong>da</strong>na Calado. ACESSIBILIDADE NOAMBIENTE ESCOLAR:reflexões com base no estudo<strong>de</strong> duas escolas municipais <strong>de</strong> Natal-RN. Dissertação.Natal-RN, 2006.4. BRASIL. Secretaria <strong>de</strong> Educação Continua<strong>da</strong>,Alfabetização e Diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> – Secad. Pesquisa:Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar.2009.5. BRASIL. Presidência <strong>da</strong> República. DECRETO Nº 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009. ConvençãoInternacional sobre os Direitos <strong>da</strong>s Pessoas comDeficiência e seu Protocolo Facultativo._____. Lei Nº 10. 048/00, Dispõe sobre Priori<strong>da</strong><strong>de</strong> dosatendimentos. De: 08. Nov. 2000.
<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCSER<strong>VI</strong>ÇO DE INFORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO PROFISSIONALLuz, A.¹; Martins, R. C.²*; Favretto, L. M. H.³¹Graduan<strong>da</strong> em Psicologia pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Concórdia, Estagiária do Projeto <strong>de</strong> ExtensãoServiço <strong>de</strong> Informação e Orientação Profissional <strong>da</strong> UnC Concórdia. E-mail: anecarolzinh@gmail.com²Graduan<strong>da</strong> em Psicologia pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Concórdia, Estagiária do Projeto <strong>de</strong> ExtensãoServiço <strong>de</strong> Informação e Orientação Profissional <strong>da</strong> UnC Concórdia. E-mail: rafaelacostamartinspvh@hotmail.com³ Docente na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado e Coor<strong>de</strong>nadora do Projeto <strong>de</strong> Extensão Serviço <strong>de</strong> Informação e OrientaçãoProfissionalPalavras-chave: orientação profissional; escolha profissional; adolescentes.IntroduçãoSabe-se que a escolha <strong>de</strong> uma profissão geralmente écaracteriza<strong>da</strong> por incertezas, angustias, conflitos, poiscoinci<strong>de</strong> com o período <strong>da</strong> adolescência em que o jovemestá se conhecendo melhor e i<strong>de</strong>ntificando as suaspreferências. Nesse sentido, o Serviço <strong>de</strong> Informação eOrientação Profissional (SIOP) <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> doContestado - Concórdia, busca auxiliar o jovem no seuprocesso <strong>de</strong> escolha, aju<strong>da</strong>ndo-o a organizar e utilizarinformações objetivas em relação a si e ao mundo dotrabalho. Sabe-se que antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir-se por umaprofissão, é necessário conhecer em que consiste amesma, analisar as suas atribuições/responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s etambém os seus aspectos positivos e negativos. É precisoque a escolha não aconteça pela representação do papelprofissional na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. A orientação profissional, po<strong>de</strong>ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como: “um processo amplo no qual se fazpresente as informações profissionais e existe to<strong>da</strong> umabusca no sentido <strong>de</strong> auxiliar o orientando a umconhecimento <strong>de</strong> suas características pessoais, familiarese sociais, promovendo assim, o encontro <strong>da</strong>s afini<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong>ste com aquilo que po<strong>de</strong>rá vir a realizar em forma <strong>de</strong>um projeto <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> profissional”(VASCONCELOS, 1995,p. 24). Neste sentido, o projeto SIOP tem como objetivos:Contribuir para a escolha profissional dos alunos doensino médio <strong>da</strong>s escolas publicas e particulares <strong>da</strong>região <strong>da</strong> AMAUC; Apresentar as diversas profissõesexistentes relacionado-as as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s/competênciasnecessárias; Oferecer informações sobre ensino superiore mercado <strong>de</strong> trabalho.Materiais e MétodosPara a realização do referido projeto, foi solicitadoautorização <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Regional(SDR Concórdia e Seara) e posterior contato com asescolas estaduais <strong>da</strong>s referi<strong>da</strong>s regionais, para apresentaro projeto/objetivos do SIOP, <strong>da</strong> mesma forma com asescolas particulares. A participação dos alunos no Projetoacontece conforme sistemática adota<strong>da</strong> pela direção <strong>da</strong>escola, ou seja, po<strong>de</strong>rá ser realiza<strong>da</strong> com to<strong>da</strong> a turma,ou feito em forma <strong>de</strong> inscrição, assim, participandosomente alunos com interesse no projeto. Quanto aonumero <strong>de</strong> encontros: po<strong>de</strong>m ser realizados em torno <strong>de</strong>três a cinco encontros na própria escola, com duração <strong>de</strong>1hora e 30 min ca<strong>da</strong> encontro, ou três encontros <strong>de</strong> 4horas ca<strong>da</strong>. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s acontecem em grupos por meio<strong>de</strong> vivencias, sendo que busca-se trabalhar oconhecimento pessoal; conhecimento <strong>da</strong>s profissões; e aescolha propriamente dita. Também acontece uma mesaredon<strong>da</strong> com profissionais <strong>de</strong> maior interesse <strong>da</strong> turma,para discussão sobre formação, atuação profissional emercado <strong>de</strong> trabalho.Resultados e DiscussõesConstata-se interesse <strong>da</strong>s escolas pelo projeto. Asmesmas avaliam <strong>de</strong> forma positiva as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s com os alunos, pois estes <strong>de</strong>monstraminteresse e relatam a contribuição do projeto na escolha<strong>da</strong> futura profissão.Percepção do projeto quanto as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>scom os adolescentes: Alguns apresentam conhecimentosobre os aspectos envolvidos na escolha <strong>de</strong> umaprofissão; entretanto, outros ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>sconhecem asativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s pelas profissões e umdistanciamento <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> do mundo do trabalho.Tab. 1. Número <strong>de</strong> Municípios e numero <strong>de</strong> alunos doensino médio <strong>da</strong> Região <strong>da</strong> AMAUC atendidos peloProjeto SIOP.Municípios Jun. Jul. Ago. Set. Nº AlunosAtendidospelo SIOPConcórdia 74 104 295 140 613Lindóia do 27 - 12 - 39SulSeara 9 24 39 - 72Irani 60 90 90 - 240Ipumirim - - - 90 90Arabutã - - - 34 34Presi<strong>de</strong>nte - - - 35 35CasteloBrancoTOTAL: 170 218 436 299 1.123,00ConclusõesPercebe-se a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar aspectos domundo do trabalho não somente no ultimo ano do ensinomédio, mas a partir do ensino fun<strong>da</strong>mental; para quetenham maior conhecimento dos aspectos inerentes aoprocesso <strong>de</strong> escolha profissional e trabalho.ReferênciasBOCK, B. M. A et al. A escolha profissional emquestão. São Paulo: Casa do psicólogo, 1995.BOHOSLASKY, R. Orientação Vocacional - Aestratégia Clínica. São Paulo:Martins Fontes, 1993.LISBOA, Marilu; SOARES, Dulce Helena. OrientaçãoProfissional em ação: formação e prática <strong>de</strong>orientadores. São Paulo: Summus, 2000.SOARES, Dulce Helena. A escolha profissional: doJovem ao adulto. São Paulo: Summus, 2002.103