<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCOCORRÊNCIA DE COLEÓPTEROS FÓSSEIS DE IDADE CISURALIANA, NA FORMAÇÃO RIODO SUL DA BACIA SEDIMENTAR DO PARANÁ, NA CIDADE DE MAFRA/SCTorcate, F. C.¹*; Weinschütz, L.C. 2¹Graduan<strong>da</strong> em Ciências Biológicas pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Mafra. Bolsista do Artigo 170 <strong>da</strong>Constituição do Estado <strong>de</strong> Santa Catarina. E-mail: fernan<strong>da</strong>torcate@biologa.bio.br2 Professor e Coor<strong>de</strong>nador do Cenpáleo - Museu <strong>da</strong> Terra e <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong>Palavras-chave: fósseis, insetos, paleontologia.IntroduçãoO estudo dos fosseis proporcionou ao Homem umaviagem no tempo geológico, possibilitando umareconstituição do que seria o mundo vivo em tempospassados e fornecendo a chave para a compreensão <strong>da</strong>evolução dos seres vivos, que surgiram na Terra ha mais<strong>de</strong> 3,5 milhões <strong>de</strong> anos.A palavra fóssil do latim fossilis, significa “tirado <strong>da</strong> terra”e <strong>de</strong>signa qualquer corpo extraído <strong>da</strong>s rochas. São restos,marcas ou vestígios <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos seres vivos. Oestudo dos fosseis constitui a Paleontologia, ramoimportante <strong>da</strong> Geologia e <strong>da</strong> Biologia.Insetos, <strong>de</strong> modo geral, são indicadores precisos <strong>de</strong>variações climáticas e ambientais, tanto do ponto <strong>de</strong> vistaecológico quanto geográfico. Sob um enfoque atual, serialicito supor que insetos fósseis sejam, pois, excelentesbioindicadores em estudos paleoclimaticos, paleobiogeograficos,paleoecologicos e paleoambientais. (1).Os besouros, também chamados <strong>de</strong> escaravelhos, sãoinsetos pertencentes a or<strong>de</strong>m Coleoptera. A palavraColeoptera vem do grego κολεός, koleos (estojo) eπτερόν, pteron (asas), como uma referencia a umaimportante caracteristica dos besouros: um par <strong>de</strong> asasanteriores rigi<strong>da</strong>s, conheci<strong>da</strong>s como elitros, que protegemcomo um "estojo" as asas posteriores, que sãomembranosas e <strong>de</strong>lica<strong>da</strong>s (3).Foram encontrados também fragmentos <strong>da</strong>s asasmembranosas, conheci<strong>da</strong>s como tégminas,importantíssimas para a taxonomia dos insetos. Mascomo também se tratavam <strong>de</strong> partes <strong>de</strong> um todo, istodificultou sua classificação.Fig. 1. Esquema <strong>da</strong>s pecas morfológicas <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m Coleoptera.(Fonte: Museu <strong>de</strong> Zoologia - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.)Materiais e MétodosOs métodos aplicados para a realização <strong>da</strong> pesquisaapresenta<strong>da</strong> foram em forma <strong>de</strong> levantamentobibliográfico e pesquisa <strong>de</strong> campo on<strong>de</strong> a BibliotecaConselheiro Mafra, na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado/Campus Mafra foi utiliza<strong>da</strong> na primeira parte <strong>da</strong> pesquisa.A seguir foi efetuado um levantamento <strong>da</strong>s peçastomba<strong>da</strong>s no acervo do Cenpaleo / Museu <strong>da</strong> Terra e <strong>da</strong>Vi<strong>da</strong>, que foram coleta<strong>da</strong>s no local <strong>de</strong>nominadoinformalmente <strong>de</strong> Campaleo, <strong>de</strong>stinado exclusivamentepara fins científicos. Essas pecas foram prepara<strong>da</strong>s eanalisa<strong>da</strong>s no laboratório do Cenpaleo, utilizando-se <strong>de</strong>lupa estereoscópica <strong>de</strong> 40x e também <strong>de</strong> 180x. Os <strong>da</strong>dosobtidos <strong>da</strong>s analises foram estabelecidos a partir docódigo <strong>de</strong> nomenclatura zoológica proposto por CarolusLineau.Resultados e DiscussõesNo período avaliado po<strong>de</strong>mos constatar um numeroconsi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> insetos pertencentes a or<strong>de</strong>m coleoptera.Na maioria <strong>da</strong>s pecas analisa<strong>da</strong>s foram encontrados osélitros, parte rígi<strong>da</strong> <strong>da</strong> asa dos besouros, característicos<strong>de</strong>sta espécie.Através <strong>de</strong>ste, então foi realiza<strong>da</strong> a analise para aconfirmação <strong>da</strong> classificação. Em alguns casos foiencontrado somente fragmentos <strong>de</strong> élitros, dificultando aanalise <strong>da</strong>s pecas, sendo consi<strong>de</strong>rado para tanto, o tipo<strong>de</strong> fossilização dos mesmos.36Fig. 2. Detalhes do pronoto e <strong>da</strong>s estrias do élitro.(Fonte: Museu <strong>de</strong> Zoologia - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.).ConclusõesPo<strong>de</strong>-se constatar que ha a ocorrência <strong>de</strong> coleópterosfósseis na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Mafra-SC. Apesar <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> emclassificar certas pecas, ficou nítido através do processo<strong>de</strong> fossilização <strong>da</strong>s mesmas, que os insetos ali presentesse tratavam <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m Coleoptera.Referências1. CARVALHO, Ismar <strong>de</strong> Souza. Paleontologia. Rio <strong>de</strong>Janeiro: Interciência, 2000.2. CANHEDO, Virginia Luzia. Arquivos <strong>de</strong> Zoologia. SãoPaulo: Museu <strong>de</strong> Zoologia Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo,2006.3. VANIN, Sergio Antônio. Besouros. Disponível em:. Acesso em:21 fev. 2012
<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCDIAGNÓSTICO DA GESTÃO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CI<strong>VI</strong>L NO MUNICÍPIODE MAFRA/SCBussmann, D. B. G.¹*; Fritsch, M.²¹Graduando em Engenharia Civil pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Mafra. E-mail:<strong>da</strong>nielabussmann@gmail.com²Professor OrientadorPalavras-chave: resíduos <strong>de</strong> construção civil, gestão, Mafra.IntroduçãoA construção civil é uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> indicadora <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento econômico e social <strong>de</strong> uma região,porém é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> também uma gran<strong>de</strong> consumidora<strong>de</strong> recursos naturais e geradora <strong>de</strong> resíduos sólidos. Empaíses como o Brasil, é fato que o macro setor <strong>da</strong>construção civil contribui <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>cisiva com oaumento do emprego e a redução do déficit habitacional,mas em contraparti<strong>da</strong>, promove impactos ambientaissilenciosos, porém gigantescos, <strong>de</strong>vido à geraçãofrenética <strong>de</strong> seus resíduos. Com a expansão do mercadoimobiliário, fomentado por subsídios governamentais, e aevolução <strong>da</strong> legislação ambiental brasileira volta<strong>da</strong> aresíduos sólidos, verificou-se a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> realizaruma pesquisa volta<strong>da</strong> a gestão <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> construçãocivil em Mafra/SC, objetivando i<strong>de</strong>ntificar como é realiza<strong>da</strong>a gestão <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> construção civil no município.Materiais e MétodosO projeto <strong>de</strong> diagnóstico <strong>da</strong> gestão dos resíduos <strong>da</strong>construção civil (RCC) fun<strong>da</strong>menta-se na investigaçãodos aspectos relacionados com geração, o manejo e oslocais <strong>de</strong> disposição final <strong>de</strong>stes resíduos no município.Para tanto o projeto é subdivido em quatro etapas.1. Análise DocumentalNa primeira etapa do trabalho será realiza<strong>da</strong> a análisedocumental dos requisitos legais já existentes, aplicáveisao tema, em esfera fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal.Também serão analisa<strong>da</strong>s as informações forneci<strong>da</strong>s pelaPrefeitura <strong>de</strong> Mafra, CREA e FATMA quanto à quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> obras executa<strong>da</strong>s, metragem quadra<strong>da</strong> aprova<strong>da</strong> elicenciamentos emitidos. As consultas aos órgãos serãorealiza<strong>da</strong>s por meio <strong>de</strong> ofício, po<strong>de</strong>ndo ser agen<strong>da</strong><strong>da</strong>sreuniões para discussão e esclarecimento do tema.Os órgãos também serão questionados quantos aosprocedimentos adotados, no que se refere à gestão <strong>de</strong>RCC no município e também sobre a existência <strong>de</strong> umplanejamento para atendimento à legislação e melhoria <strong>de</strong>processos.A meta <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> para este item é consultar os três órgãosenvolvidos, obtendo alguma manifestação..2. Cálculo <strong>da</strong> geração <strong>de</strong> RCC pelo parâmetroáreas licencia<strong>da</strong>sAtravés <strong>da</strong>s informações forneci<strong>da</strong>s pela Prefeitura, serápossível obter o volume aproximado <strong>de</strong> RCC gerados nomunicípio. O cálculo será feito utilizando o parâmetro”área”. Os <strong>da</strong>dos utilizados para esta etapa do projetoserão o levantamento do total <strong>de</strong> áreas licencia<strong>da</strong>s nomunicípio nos últimos quatro anos e o levantamento <strong>da</strong>sáreas licencia<strong>da</strong>s por tipo <strong>de</strong> obra e origem <strong>da</strong>sconstruções no mesmo período. Com estes <strong>da</strong>dos serãoobtidos <strong>da</strong>dos aproximados <strong>da</strong> geração <strong>de</strong> RCC nomunicípio.A meta <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> para este item é calcular a média <strong>de</strong> RCCgerado no município em um período <strong>de</strong> quatro anos.Espera-se concluir esta etapa no sétimo mês <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento do projeto. O indicador estabelecidopara atendimento <strong>da</strong> meta é o valor total <strong>de</strong> resíduosgerados por ano, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um período <strong>de</strong> quatro anos.3. Análise in loco <strong>de</strong> Obras.Serão realiza<strong>da</strong>s vistorias técnicas <strong>de</strong> obras licencia<strong>da</strong>spela prefeitura, no perímetro urbano do município, emdiversas fases, objetivando avaliar a gestão <strong>de</strong> resíduosAs visitas técnicas serão realiza<strong>da</strong>s em duas etapas: Junto às obras realiza<strong>da</strong>s por construtoras - apartir do oitavo mês ao décimo sétimo <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento do projeto. Junto às obras realiza<strong>da</strong>s por profissionaisautônomos - a partir do décimo oitavo mês <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento do projeto até o vigésimo mês.Nestas vistorias, também será avalia<strong>da</strong> área <strong>de</strong>interferência direta <strong>da</strong>s obras, objetivando i<strong>de</strong>ntificarpontos irregulares <strong>de</strong> disposição <strong>de</strong> resíduos. Estespontos, caso existentes, serão ca<strong>da</strong>strados.A meta é gerar <strong>da</strong>dos significativos <strong>de</strong> amostragem. Aamostragem só po<strong>de</strong>rá ser calcula<strong>da</strong> após a obtençãodos <strong>da</strong>dos provenientes <strong>da</strong>s consultas aos órgãosrelacionados a esta pesquisa. Serão utilizados métodosestatísticos para cálculo <strong>da</strong> significância amostral eposterior <strong>de</strong>finição do número <strong>de</strong> obras a seremvistoria<strong>da</strong>s.Tabulação dos <strong>da</strong>dos e Análise dos Resultados.Os <strong>da</strong>dos serão tabulados por meio <strong>de</strong> planilhaseletrônicas durante todo o período <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento doprojeto. Os registros fotográficos serão armazenadosdigitalmente e renomeados <strong>de</strong> acordo com o local e <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> vistoria.Para realização <strong>da</strong> análise dos resultados serão levadosem conta os seguintes aspectos: Legislação aplicável;Bibliografia especializa<strong>da</strong>; Outros requisitos aplicáveis;Informações forneci<strong>da</strong>s pelos órgãos envolvidos;Aspectos <strong>de</strong>tectados nas vistorias realiza<strong>da</strong>s.Referências1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS. Resíduos sólidos, classificações. NBR10004 2.ed. 2000.2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS. 2004a. NBR 10004. – Resíduos SólidosClassificação. São Paulo, 2004.3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS. 2004a. NBR 10007. – Amostragem <strong>de</strong>Resíduos Sólidos. São Paulo, 2004.4. LIMA, Rosimeire Suzuki; LIMA, Ruy Reynaldo Rosa.Guia para Elaboração <strong>de</strong> Projeto <strong>de</strong>Gerenciamento <strong>de</strong> Resíduos <strong>da</strong> Construção Civil.Publicação – CREA/PR- Conselho Regional <strong>de</strong>Engenharia e Arquitetura do Paraná, Curitiba, 2007.37