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Anais da VI Jornada de Iniciação Científica (JINC) - Embrapa ...

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<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCEFEITO DE BORDA SOBRE A ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO DE UM FRAGMENTO URBANODA FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL EM CONCÓRDIA, SCMarchesi, J. A. P.¹; Rigo M.¹*; Techio, M.¹; Rossi, P.¹¹Graduando em Ciências Biológicas pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Concórdia.*E-mail: moni_rigo009@hotmail.comPalavras-chave: efeito <strong>de</strong> bor<strong>da</strong>, floresta urbana, fragmentação florestal.IntroduçãoO <strong>de</strong>smatamento e a substituição <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s áreas <strong>de</strong>floresta por ecossistemas diferentes levam a criação <strong>de</strong>fragmentos florestais isolados (4). Essa fragmentação <strong>da</strong>floresta provoca o isolamento e redução <strong>da</strong>s áreaspropícias à sobrevivência <strong>da</strong>s populações, causaextinções locais, reduz a variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> genética econsequentemente per<strong>da</strong> <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, além <strong>da</strong><strong>de</strong>scaracterização fisionômica e florística dosremanescentes florestais (2).O fenômeno do efeito <strong>de</strong> bor<strong>da</strong>, o qual po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finidocomo uma alteração na estrutura, e abundância relativa<strong>de</strong> espécies na parte marginal <strong>de</strong> um fragmento emrelação ao seu interior, é pertinente quando se estu<strong>da</strong> asconseqüências <strong>da</strong> fragmentação sobre uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>população (1).Contudo, a maioria dos estudos em fragmentos florestais,trata <strong>de</strong> regiões com mais <strong>de</strong> 100 hectares, como no caso<strong>da</strong> Floresta Amazônica, já a Floresta Atlântica possuifragmentos florestais muito menores. Além disso, váriosfragmentos <strong>de</strong> Floresta Atlântica estão em ambienteurbano sofrendo ain<strong>da</strong> mais com todos os processos <strong>de</strong>crescimento em seu entorno (3). Assim, o presentetrabalho teve como objetivo estu<strong>da</strong>r o efeito <strong>de</strong> bor<strong>da</strong>sobre a composição <strong>da</strong> vegetação <strong>de</strong> um fragmentourbano <strong>de</strong> floresta estacional <strong>de</strong>cidual no município <strong>de</strong>Concórdia - SC.Material e MétodosO estudo foi realizado em um fragmento urbano <strong>de</strong>floresta estacional <strong>de</strong>cidual <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 22 milmetros quadrados no município <strong>de</strong> Concórdia – SC(27°21’49”S 52°02’72”O).O trabalho foi realizado em setembro <strong>de</strong> 2011, e para omesmo foram estabeleci<strong>da</strong>s três parcelas <strong>de</strong> 5mX5m(25m²) na bor<strong>da</strong>, e três parcelas 30 metros para o interiordo fragmento, on<strong>de</strong> foram inventaria<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as plantas<strong>de</strong> caule lenhoso com DAP ≥ 1 cm e <strong>de</strong> altura superior aum metro.Foram utilizados para a análise estatística o índice <strong>de</strong>diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Shannon-Wienner (H’) e o índice <strong>de</strong>similari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Jaccard (J), sendo aplicado o teste t paraa análise comparativa.Resultados e DiscussãoForam contados 217 indivíduos <strong>de</strong> 32 espécies nofragmento florestal, sendo que a bor<strong>da</strong> apresentou umamaior abundância <strong>de</strong> indivíduos (n=140) e riqueza <strong>de</strong>espécies (S=30) quando compara<strong>da</strong> com o interior (n= 77;S= 22) (Tab. 1).Constatou-se também uma maior diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> espéciesna bor<strong>da</strong> (H’=3,051) quando compara<strong>da</strong> com o interior(H’=2,637), existindo uma diferença significativa entre elas(t=3,178, Df=158,53, p=0,00178) (Tab. 1).Tab. 1. Estrutura <strong>da</strong> vegetação <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> e do interior <strong>de</strong> umfragmento urbano <strong>da</strong> floresta estacional <strong>de</strong>cidual nomunicípio <strong>de</strong> Concórdia - SC.Parâmetros avaliados Bor<strong>da</strong> InteriorAbundância <strong>de</strong> plantas (n) 140 77Riqueza <strong>de</strong> espécies (S) 30 22Índice <strong>de</strong> Shannon-Wienner (H') 3,015 2,637A similari<strong>da</strong><strong>de</strong> entre as espécies arbóreas encontra<strong>da</strong>s nabor<strong>da</strong> e no interior foi alta (J=0,63) indicando umahomogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> na distribuição <strong>da</strong>s espécies nofragmento.Os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> maior abundância, riqueza e diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>indivíduos na bor<strong>da</strong> po<strong>de</strong>m estar associados ao fato <strong>da</strong>sáreas próximas a bor<strong>da</strong> sofrerem a ação <strong>de</strong> fatores, comotemperatura, umi<strong>da</strong><strong>de</strong> do ar, umi<strong>da</strong><strong>de</strong> do solo eintensi<strong>da</strong><strong>de</strong> luminosa (1).A luminosi<strong>da</strong><strong>de</strong> também facilita o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>espécies intolerantes a sombra, comprometendo assim acomposição florística original e, portanto, a dominâncialocal <strong>de</strong> espécies (4).ConclusõesHá diferenças significativas entre bor<strong>da</strong> e o interior dofragmento florestal urbano, o que significa que o efeito <strong>de</strong>bor<strong>da</strong> é intenso. O fragmento <strong>de</strong>ve funcionar como umafloresta sob o ponto <strong>de</strong> vista estrutural/funcional, e nãoapenas como uma bor<strong>da</strong>.Referências1. BETTONI, S. G., NAGY, N. B. R., BERTOLDI, E. R. M.& FLYNN, M. N., (2007), Efeito <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> em fragmento<strong>de</strong> mata ciliar, microbacia do Rio do Peixe, Socorro,SP, <strong>Anais</strong> do <strong>VI</strong>II Congresso <strong>de</strong> Ecologia do Brasil.2. CETELANI, C. S. & BATISTA, G. T., (2007), Análisedo tamanho e distância entre fragmentos florestais nabacia hidrográfica do Rio Una, <strong>Anais</strong> I, Seminário <strong>de</strong>recursos hídricos <strong>da</strong> bacia hidrográfica do Paraíba Sul:o eucalipto e o ciclo hídrico, p.75-81.3. KAPOS, V. (1989). Effects of isolation on the waterstatus of Forest patches in the Brazilian Amazon.Journal of Tropical Ecology. v.5, p.173-185.4. PACIENCIA, M. L. B. & PRADO, J., (2004) Efeito <strong>de</strong>bor<strong>da</strong> sobre a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pteridófitas na MataAtlântica <strong>da</strong> região <strong>de</strong> Una, sul <strong>da</strong> Bahia, Brasil, Rev.Brasil. Bot., v. 27, p. 641-653.21

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