12.07.2015 Views

Anais da VI Jornada de Iniciação Científica (JINC) - Embrapa ...

Anais da VI Jornada de Iniciação Científica (JINC) - Embrapa ...

Anais da VI Jornada de Iniciação Científica (JINC) - Embrapa ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCFAUNA EDÁFICA COMO BIOINDICADORA DE UMA ÁREA CILIAR ISOLADA DO RIO DOSQUEIMADOS – CONCÓRDIA, SCBourckhardt, V. S.¹*; Barp, E. A.²¹Graduan<strong>da</strong> em Ciências Biológicas pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Concórdia, Bolsista CNPQ/PIBIC.E-mail: vania.alemoa@hotmail.com²Professora OrientadoraPalavras-chave: Fauna edáfica, bioindicadora, área ciliar.IntroduçãoO sistema solo-serapilheira é um habitat natural para umagran<strong>de</strong> varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> organismos, é um ambientecomplexo on<strong>de</strong> há disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alimento além <strong>de</strong>um espaço físico on<strong>de</strong> ocorrem as ações dos organismosgarantindo a sobrevivência e reprodução dos mesmos (1).A varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sses organismos é parte fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong>vi<strong>da</strong> do solo, garantindo o biofuncionamento e asustentação <strong>de</strong> todo um bioma on<strong>de</strong> estão inseridos. Afauna do solo po<strong>de</strong> ser influencia<strong>da</strong> diretamente pelascondições abióticas, que variam <strong>de</strong> acordo com asestações do ano e com os diferentes tipos <strong>de</strong> habitat queesses organismos estão inseridos (2).O presente estudo teve por objetivo avaliar o grau <strong>de</strong>recuperação <strong>da</strong> área ciliar isola<strong>da</strong> do rio dos Queimadosutilizando a fauna edáfica como bioindicadora.Materiais e MétodosA área <strong>de</strong> estudo está situa<strong>da</strong> na área ciliar isola<strong>da</strong> do Riodos Queimados, compreendo aproxima<strong>da</strong>mente 3 km <strong>de</strong>extensão e 15 metros <strong>de</strong> largura nas margens do rio,iniciando na sua nascente. Essa área está isola<strong>da</strong> comcerca <strong>de</strong> arame <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006.A coleta <strong>da</strong>s amostras <strong>de</strong> solo e serapilheira foi realiza<strong>da</strong>em quatro pontos amostrais distribuídos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a nascentedo rio até o ponto final on<strong>de</strong> foi construí<strong>da</strong> a cerca <strong>de</strong>isolamento, compreen<strong>de</strong>ndo aproxima<strong>da</strong>mente 3 km <strong>de</strong>extensão. A coleta <strong>da</strong>s amostras <strong>de</strong> solo e serapilheiraforam feitas em uma parcela <strong>de</strong> 1m 2 a cinco metros <strong>de</strong>distância do rio. Nestas parcelas foi coletado o solo emuma área <strong>de</strong> 10x10cm e 5 cm <strong>de</strong> profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> parai<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong> fauna. Para análise <strong>da</strong> fauna <strong>da</strong>serapilheira, foi coletado manualmente um volume <strong>de</strong> 500mL em ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> amostral.Para comparação, foram <strong>de</strong>finidos mais dois pontosamostrais fora <strong>da</strong> área isola<strong>da</strong>. O primeiro apresentacaracterísticas <strong>de</strong> forte ação antrópica e o segundo,características <strong>de</strong> mata ciliar preserva<strong>da</strong>. Nestes pontosfoi adota<strong>da</strong> a mesma metodologia para coleta do solo e<strong>da</strong> serapilheira utiliza<strong>da</strong> para a área isola<strong>da</strong>.As coletas foram realiza<strong>da</strong>s sazonalmente durante o ano<strong>de</strong> 2011 e 2012, compreen<strong>de</strong>ndo to<strong>da</strong>s as estações.Resultados e DiscussõesNas quatro coletas realiza<strong>da</strong>s sazonalmente, foramamostrados no total, 896 indivíduos, sendo 433 naserrapilheira e 463 no solo. Esses indivíduos pertencem a8 classes e 21 or<strong>de</strong>ns. A partir <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> abundânciae riqueza <strong>de</strong> classes <strong>de</strong> invertebrados nos diferenteshábitats (Fig.1), os gráficos revelam que na área<strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong> há menos riqueza e abundância <strong>de</strong> classes doque as áreas em recuperação e o hábitat conservado.Ao analisar a abundância e riqueza <strong>de</strong> classes <strong>de</strong>invertebrados nas diferentes estações do ano (Fig. 2),po<strong>de</strong>-se afirmar que a primavera é a principal estação doano em riqueza <strong>de</strong> or<strong>de</strong>ns e também é a estação on<strong>de</strong>mais houve espécimes encontrados, segui<strong>da</strong> do verão ecom menores números o outono e inverno.Fig. 1. Riqueza e Abundância total <strong>de</strong> organismos amostradosnos diferentes hábitats. Legen<strong>da</strong>s: Rec=Em Recuperação;Cons= Conservado; Deg=Degra<strong>da</strong>do.Fig. 2. Riqueza e Abundância total <strong>de</strong> or<strong>de</strong>ns amostra<strong>da</strong>s nasdiferentes estações do ano. Legen<strong>da</strong>s: Pri=Primavera;Ver=Verão; Out= Outono; Inv=Inverno;ConclusõesA partir dos <strong>da</strong>dos, po<strong>de</strong>mos inferir que a fauna edáfica éuma eficiente bioindicadora ambiental, já que na área<strong>de</strong>gra<strong>da</strong> apresentou menor índice <strong>de</strong> riqueza <strong>de</strong> or<strong>de</strong>ns eabundância <strong>de</strong> espécimes, e está diretamente associa<strong>da</strong>à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos hábitats, e po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>da</strong> paramonitoramento <strong>de</strong> áreas em recomposição.Referências1. MERLIM, A <strong>de</strong> O. Macrofauna edáfica emecossistemas preservados e <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>dos <strong>de</strong>Araucária no Parque Estadual <strong>de</strong> Campos doJordão. 2005. f. 89. Tese (Mestrado em Ecologia <strong>de</strong>Agroecossistemas) – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Piracicaba,São Paulo, 2005. Disponível em: Acesso em: 04. abr. 2010.2. MOREIRA, Fatima M.S, et. al. Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> doSolo em Ecossistemas Brasileiros. 1. ed. Lavras:UFLA, 2008.48

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!