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Anais da VI Jornada de Iniciação Científica (JINC) - Embrapa ...

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<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCINTERAÇÃO ENTRE A BROMÉLIA Dyckia distackya HASSLER (BROMELIACEAE) COMINSETOS <strong>VI</strong>SITANTES NA FLORESTA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO URUGUAIMarchesi, J. A. P.¹; Neis, K. L.¹*; Servelin, E. C.¹; Feruck, M. M.¹; Peinhopf, A.¹¹Graduando em Ciências Biológicas pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Concórdia.*E-mail: karinaneis@hotmail.comPalavras-chave: área <strong>da</strong> moita, bromélia, formigas, insetos polinizadores.IntroduçãoDyckia distachya Hassler (Bromeliaceae) ou bromélia doestreito, apresenta crescimento clonal, com suaspopulações distribuí<strong>da</strong>s em manchas. É uma espécieendêmica <strong>da</strong> bacia hidrográfica do Rio Uruguai, a qualteve suas populações reduzi<strong>da</strong>s <strong>da</strong> floresta <strong>de</strong>vido, entreoutros fatores, à implantação <strong>de</strong> empreendimentoshidrelétricos (1).Apesar <strong>da</strong>s espécies <strong>de</strong> bromélias estarem relaciona<strong>da</strong>s aornitofilia como forma <strong>de</strong> polinização, a presença <strong>de</strong>insetos constata<strong>da</strong> em D. dystackya, assim como emoutros indivíduos <strong>da</strong> família Bromeliaceae, tem sidoconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uma estratégia <strong>de</strong> polinização intermediaria,e em muitos casos funcional (2).Consi<strong>de</strong>rando que as espécies <strong>de</strong> Dyckia apresentamrelações mutualísticas entre plantas e polinizadores (3) eque essas relações são importantes para a compreensãodo equilíbrio ecológico e a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> estrutural efuncional dos ecossistemas naturais, o presente estudoobjetivou investigar a interação <strong>da</strong> bromélia D. distachyacom insetos visitantes na floresta <strong>da</strong> bacia hidrográfica doRio Uruguai.Material e MétodosO estudo foi conduzido em moitas cultiva<strong>da</strong>s ex situ noParque Estadual Fritz Plaumann, localizado no município<strong>de</strong> Concórdia – SC, no mês <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2011 durante operíodo reprodutivo <strong>da</strong> espécie. Foram mensura<strong>da</strong>s: área<strong>da</strong> moita, número <strong>de</strong> rosetas, abundância <strong>de</strong> insetos,abundância <strong>de</strong> formigas (Hymenoptera; Formici<strong>da</strong>e), eriqueza <strong>de</strong> insetos.Os visitantes florais foram observados diretamente oucom auxilio <strong>de</strong> binóculo no período <strong>da</strong>s 8 às 17 horas.Os <strong>da</strong>dos foram submetidos à análise <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong>Pearson ao nível <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> erro, atravésdo software BioEstat 3.0.Resultados e DiscussõesDas 17 populações <strong>de</strong> D. distachya avalia<strong>da</strong>s, foramconta<strong>da</strong>s 1.141 rosetas, sendo que a menor populaçãoavalia<strong>da</strong> (0,39m²) apresentou 6 e a maior (6,12m²) 96rosetas. Com os <strong>da</strong>dos obtidos po<strong>de</strong>-se constatar que otamanho <strong>da</strong> área <strong>da</strong> moita tem influencia significativa nonúmero <strong>de</strong> rosetas (r²= 0.46; p= 0.00), na abundância <strong>de</strong>insetos (r²= 0.63; p= 0.00), e na abundância <strong>de</strong> formigas(r²= 0.69; p= 0.02). Ao tentar explicar a riqueza <strong>de</strong> insetos(r²= 0.35; p= 0.02) a área <strong>da</strong> moita não apresentou forteassociação.Foram observados na inflorescência <strong>de</strong> D. distackya apresença <strong>de</strong> 8 or<strong>de</strong>ns e 9 famílias <strong>de</strong> insetos, sendo queduas famílias (Aphidi<strong>da</strong>e e Formici<strong>da</strong>e) não foramobserva<strong>da</strong>s coletando qualquer recurso <strong>da</strong>s flores <strong>da</strong>bromélia (Tab. 01).Assim como em D. distackya, trabalhos realizados comAnanas ananassoi<strong>de</strong>s não observaram a visita <strong>de</strong> algunsinsetos como moscas (Diptera), formigas (Formici<strong>da</strong>e) epulgões (Aphidi<strong>da</strong>e) às flores para coleta <strong>de</strong> qualquer tipo<strong>de</strong> recurso, sendo possível que alguns insetos estejamsendo atraí<strong>da</strong>s por recursos não produzidos pelas flores(4). Em Dyckia brevifolia, o coleóptero (Coccinelli<strong>da</strong>e), aborboleta (Hesperii<strong>da</strong>e) e a abelha (Api<strong>da</strong>e) tambémforam observados, e apesar <strong>de</strong> não contactarem oestigma po<strong>de</strong>riam ocasionar a polinização aci<strong>de</strong>ntal (3).Tab. 1. Insetos visitantes observados na inflorescência <strong>de</strong> D.distackya na floresta <strong>da</strong> bacia hidrográfica do RioUruguai, município <strong>de</strong> Concórdia – SC.Or<strong>de</strong>m Família Parte visita<strong>da</strong>Coleoptera Coccinelli<strong>da</strong>e FlorDiptera Não i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> Flor/pedúnculoHymenoptera Anthophori<strong>da</strong>e FlorAphidi<strong>da</strong>ePedúnculo/botão floralApi<strong>da</strong>eFlorFormici<strong>da</strong>e Pedúnculo/florHalicti<strong>da</strong>eFlorLepidoptera Pieri<strong>da</strong>e FlorHesperii<strong>da</strong>e FlorConclusõesA área <strong>da</strong> moita <strong>da</strong> bromélia D. distackya influencia <strong>de</strong>modo significativo o número <strong>de</strong> rosetas, a abundância <strong>de</strong>insetos visitantes e a abundância <strong>de</strong> formigas. D.distackya apresenta uma ampla diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> insetosvisitantes, incluindo representantes <strong>de</strong> diversos grupos,indicando que a espécie é importante fonte <strong>de</strong> recursopara a entomofauna <strong>da</strong> região.Referências1. ALVES, J. A. A.; WIESBAUER, M. B; ZIMMERMANN,T. G.; REIS, A.; APPIO, K. P.; GUEDES, D. M. (2010)Manutenção e monitoramento <strong>de</strong> reófitas reloca<strong>da</strong>snas áreas <strong>de</strong> aproveitamento hidrelétrico (AHE) BarraGran<strong>de</strong>. In: SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DEGESTÃO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL; 4., 2010,Erechim. <strong>Anais</strong>. Erechim: URI.2. BAWA, K. S.; BULLOCK, S. H.; PERRY, D. R.;CO<strong>VI</strong>LLE R. E.; GRAYUM, M. H. (1985) Reproductivebiology of tropical lowland rainforest trees: II.Pollination systems. American Journal of Botany, v.72: p. 346-356.3. ROGALSKI, J. M. (2007) Biologia <strong>da</strong> conservação <strong>da</strong>reófita Dyckia brevifolia Baker (Bromeliaceae), RioItajaí-Açu, SC. Tese <strong>de</strong> doutorado, UFSC,Florianópolis.4. STAHL, J. M. (2009) Visitantes florais e polinização <strong>de</strong>Ananas ananassoi<strong>de</strong>s (Baker) L. B. Smith(Bromeliaceae) em um fragmento <strong>de</strong> cerrado paulista.<strong>Anais</strong> do IX Congresso <strong>de</strong> Ecologia do Brasil, SãoLourenço.43

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