12.07.2015 Views

Anais da VI Jornada de Iniciação Científica (JINC) - Embrapa ...

Anais da VI Jornada de Iniciação Científica (JINC) - Embrapa ...

Anais da VI Jornada de Iniciação Científica (JINC) - Embrapa ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCAVALIAÇÃO DE UM TESTE DE IMUNOCROMATOGRAFIA PARA A DETECÇÃO DO VÍRUSINFLUENZA A EM SUÍNOSSilveira, S.¹*; Gava, D.²; Schaefer, R.²; Schiochet, M. F.²; Simon, N.²; Zanella, J. R. C.²¹Graduan<strong>da</strong> em Ciências Biológicas pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Concórdia, Bolsista CNPQ/IC na<strong>Embrapa</strong> Suínos e Aves. E-mail: sa-se-si@hotmail.com²<strong>Embrapa</strong> Suínos e AvesPalavras-chave: influenza suína, RT-PCR em tempo real, teste <strong>de</strong> imunocromatografia.IntroduçãoO vírus influenza A em suínos (SIV) causa uma doençarespiratória, infecciosa e agu<strong>da</strong>, a influenza suína (SI) (8).A SI cursa com alta morbi<strong>da</strong><strong>de</strong> (até 100%) e baixamortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (cerca <strong>de</strong> 2%), tem início súbito edisseminação rápi<strong>da</strong> em um rebanho não imune. Emsurtos típicos, os animais apresentam febre, tosse,espirros, dispneia e secreção nasal seromucosa. Atransmissão viral acontece diretamente <strong>de</strong> animal paraanimal, através <strong>de</strong> gotículas ou aerossóis que atingem avia nasofaríngea (4). O uso <strong>de</strong> métodos <strong>de</strong> diagnóstico acampo, que sejam sensíveis, específicos, rápidos, <strong>de</strong> fácilexecução e interpretação, traz benefícios para a toma<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre o tratamento dos suínos e para ocontrole <strong>da</strong> infecção. Muitos testes <strong>de</strong> diagnóstico in vitro,que po<strong>de</strong>m ser aplicados a campo, estão sendo utilizadospara a <strong>de</strong>tecção do SIV, e baseiam-se no princípio <strong>de</strong>imunocromatografia, no qual a reação antígeno-anticorpoé concentra<strong>da</strong> em uma única fase sóli<strong>da</strong>, manti<strong>da</strong> atemperatura ambiente (1,2). O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi aavaliação <strong>de</strong> um teste <strong>de</strong> imunocromatografia para a<strong>de</strong>tecção do vírus influenza A em suínos.Materiais e MétodosEm uma granja com sinais clínicos típicos <strong>de</strong> SI foramcolhi<strong>da</strong>s, com o uso <strong>de</strong> suabes nasais, 20 amostras <strong>de</strong>secreção nasal <strong>de</strong> suínos com 35 a 58 dias <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Asamostras foram testa<strong>da</strong>s na granja pelo teste <strong>de</strong>imunocromatografia e, após o teste, as amostras foramcoleta<strong>da</strong>s em meio <strong>de</strong> transporte (MEM) e envia<strong>da</strong>s aolaboratório <strong>de</strong> virologia <strong>da</strong> <strong>Embrapa</strong> Suínos e Aves. Nolaboratório, as amostras foram testa<strong>da</strong>s por qRT-PCR(transcrição reversa - reação em ca<strong>de</strong>ia <strong>da</strong> polimerase emtempo-real quantitativa) para <strong>de</strong>tecção do vírus influenzaA. As amostras positivas por qRT-PCR foram inocula<strong>da</strong>sem ovos embrionados <strong>de</strong> galinhas SPF (livres <strong>de</strong>patógenos específicos) para isolamento viral.Resultados e DiscussõesNenhuma amostra foi positiva pelo teste <strong>de</strong>imunocromatografia. Porém, duas <strong>da</strong>s 20 amostras forampositivas por qRTPCR e uma <strong>de</strong>stas foi positiva noisolamento viral (tabela 1). Estes resultados discor<strong>da</strong>m <strong>da</strong>pesquisa realiza<strong>da</strong> pelos fabricantes do kit <strong>de</strong> diagnósticorápido por imunocromatografia, a qual relata uma altasensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> (93,5%) e alta especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> (100%) domesmo (6). Alguns estudos mostram que testes <strong>de</strong>imunocromatografia são menos sensíveis em comparaçãocom a RT-PCR (1), entretanto, outros trabalhos relatamuma alta sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stes testes (3,7). A sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>dos testes <strong>de</strong> imunocromatografia po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> acordocom a carga viral presente nas amostras testa<strong>da</strong>s. Ouseja, caso as amostras tenham sido colhi<strong>da</strong>s no final <strong>da</strong>fase agu<strong>da</strong> <strong>da</strong> infecção, o resultado do teste po<strong>de</strong> ser umfalso-negativo, em função <strong>da</strong> baixa carga viral presente naamostra, mas o ácido nucleico viral ain<strong>da</strong> po<strong>de</strong> ser<strong>de</strong>tectado por RT-PCR (5). Entretanto, <strong>da</strong>s duas amostraspositivas na qRT-PCR, uma amostra foi isola<strong>da</strong> em ovos,e não <strong>de</strong>tecta<strong>da</strong> pelo teste <strong>de</strong> imunocromatografia,sugerindo uma baixa sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do teste ou que esteteste não <strong>de</strong>tecte amostras <strong>de</strong> SIV que circulam no Brasil,uma vez que este kit <strong>de</strong> diagnóstico foi produzido etestado com amostras <strong>de</strong> vírus influenza que circulam naEuropa (6).Tabela 1. Resultadospositivo / totalimunocromatografia 0/20qRT-PCR influenza A 2/20isolamento viral 1/2ConclusõesO teste <strong>de</strong> imunocromatografia não <strong>de</strong>tectou nenhumaamostra positiva para SIV, porém, duas amostras forampositivas por qRT-PCR e uma foi isola<strong>da</strong> em ovosembrionados. Apesar <strong>de</strong> terem sido avalia<strong>da</strong>s umpequeno número <strong>de</strong> amostras <strong>de</strong> suínos, o teste foiconsi<strong>de</strong>rado pouco sensível uma vez que não i<strong>de</strong>ntificoucomo positivas amostras que apresentavam uma altacarga viral. Deve-se acrescentar ain<strong>da</strong> que para o melhor<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> diagnóstico para SIV, assecreções nasais <strong>de</strong> suínos <strong>de</strong>vem ser colhi<strong>da</strong>s durante afase agu<strong>da</strong> <strong>da</strong> doença, nos primeiros 4 a 6 dias <strong>de</strong>infecção, pois, consiste na fase <strong>de</strong> maior excreção viral(9).Referências1. AL JOHANI, S. M et al. Validity of two rapid point of careinfluenza tests and direct fluorescence assay in comparisonof real time PCR for swine of origin influenza virus. Journalof Infection and Public Health, v. 4, p. 7 – 11, 2011.2. CHAN, K. H et al. Analytical sensitivity of rapid influenzaantigen <strong>de</strong>tection tests for swine-origin influenza virus(H1N1). Journal of Clinical Virology, v. 45, p. 205 – 207,2009.3. CHEN, Y et al. A rapid test for the <strong>de</strong>tection of influenza Avirus including pan<strong>de</strong>mic influenza A/H1N1 2009. Journal ofClinical Virology, v. 167, p. 100 – 102, 2010.4. FLORES, E. F. Virologia veterinária. Santa Maria, RS:UFSM, 2007.5. GHEBREMEDHIN, B et al. Comparison of the performance ofthe rapid antigen <strong>de</strong>tection actim influenza A&B test and RT-PCR in different respiratory specimens. Journal of MedicalMicrobiology, v. 58, p. 365 – 370, 2009.6. LAMICHHANE, C et al. Performance of the FLuDETECT®antigen test kit for rapid on-farm <strong>de</strong>tection of swineinfluenza virus. In: INTERNATIONAL PIG VETERINARYSOCIETY CONGRESS, 22 nd , 2012, Jeju, Korea.7. MORENO, D. N. S et al. Comparison of two diagnosticmethods for the <strong>de</strong>tection of the porcine influenza virus.Veterinaria México, v. 41, n. 1, p. 45 – 58, 2010.8. REETH, K. V et al. Influenza virus. In: ZIMMERMAN, J. J etal. Diseases of swine. 10. ed. Ames, Iowa, Estados Unidos:John Wiley & Sons, 2012. cap. 40. p. 557–571.9. SWENSON, S. L et al. A comparison of diagnostic assays forthe <strong>de</strong>tection of type A swine influenza virus from nasalswabs and lungs. Journal of Veterinary DiagnosticInvestigation, v. 13, p. 36–41, 2001.27

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!