<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCA FELICIDADE INTERNA BRUTA DO RAMO TÊXTIL NA MICRORREGIÃO SERRANA:UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE LAGES E CURITIBANOSLorenzini, M.Graduan<strong>da</strong> em Administração pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus <strong>de</strong> Curitibanos.Palavras-chave: Felici<strong>da</strong><strong>de</strong> Interna Bruta, insatisfação no trabalho, motivação.IntroduçãoAbor<strong>da</strong>gens sobre motivação e satisfação no ambiente <strong>de</strong>trabalho tem sido o tema principal <strong>de</strong> muitos estudos nomundo inteiro como forma <strong>de</strong> crescimento tanto pessoalpor parte dos colaboradores, quanto para as empresasque buscam a excelência em todos os sentidos. Estudosrecentes têm <strong>de</strong>monstrado a importância, não só <strong>de</strong> ocolaborador estar motivado ou satisfeito com seu trabalho,mas <strong>de</strong> estar feliz em todos os aspectos <strong>de</strong> sua vi<strong>da</strong>. Osestudos sobre o índice <strong>de</strong> FIB - Felici<strong>da</strong><strong>de</strong> Interna Brutatêm trago contribuições valorosas para o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> pesquisas sobre o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro crescimento humano,trabalhando <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora. Propõe-se com esteprojeto a obtenção <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos relevantes, abor<strong>da</strong>ndo-seFelici<strong>da</strong><strong>de</strong> Interna Bruta como propulsora para aver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira motivação e satisfação do trabalhador.Pesquisar-se-á ain<strong>da</strong>, o índice <strong>de</strong> Felici<strong>da</strong><strong>de</strong> Interna Bruta<strong>de</strong> funcionários do ramo têxtil <strong>da</strong> mesorregião serrana,comparando-se resultados e sugerindo-se melhorias.Sendo assim, este trabalho <strong>de</strong>stina-se aos empresários ecolaboradores, não só do ramo têxtil, mas a todos que<strong>de</strong>sejem <strong>de</strong>scobrir a melhor forma <strong>de</strong> encontrar aver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira felici<strong>da</strong><strong>de</strong> em todos os aspectos, resultando namotivação e satisfação genuína e duradoura.Materiais e MétodosUtiliza-se <strong>de</strong> pesquisa bibliográfica, pois se recorrem amateriais como livros e sites sobre os referidos assuntos.É consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> pesquisa <strong>de</strong> campo pela análise e coleta<strong>de</strong> <strong>da</strong>dos através <strong>de</strong> questionário original <strong>de</strong>senvolvidopelo Center for Bhutan Studies for Reference (Centro <strong>de</strong>Estudos <strong>de</strong> Referência do Butão), o qual, por ser extenso,está disponibilizado no seguinte site:http://www.grossnationalhappiness.com. O universo <strong>da</strong>pesquisa serão os colaboradores, bem comoadministradores e gerentes <strong>de</strong> duas empresas escolhi<strong>da</strong>sintencionalmente, uma <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Lages e outra <strong>da</strong>ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitibanos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se disponham àcolaboração com tal pesquisa. Retirar-se-á uma amostraaleatória simples <strong>de</strong>ntre os pesquisados, sendo a análisedos resultados feita <strong>de</strong> forma quantitativa e qualitativa,através <strong>da</strong> análise dos resultados obtidos durante a coleta<strong>de</strong> <strong>da</strong>dos.Resultados e DiscussõesPara verificação dos <strong>da</strong>dos foi aplicado um questionárioque foi a<strong>da</strong>ptado do questionário <strong>da</strong> FIB e, baseado nasnove dimensões <strong>de</strong> avaliação do nível <strong>de</strong> Felici<strong>da</strong><strong>de</strong>Interna Bruta <strong>da</strong>s pessoas, sendo a última questãoelabora<strong>da</strong> pela autora do estudo para verificação <strong>de</strong> comoos pesquisados viam o seu próprio nível <strong>de</strong> felici<strong>da</strong><strong>de</strong>. Apopulação e amostragem foi caracteriza<strong>da</strong> por umlevantamento <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> caráter verificacionista, <strong>de</strong>staforma o número <strong>de</strong> 12 questionários <strong>de</strong>volvidos contendo37 questões fecha<strong>da</strong>s, é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como umaamostragem váli<strong>da</strong>. A questão mais relevante para acomparação <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foi : ‘Você se consi<strong>de</strong>ra umapessoa feliz?’ A rersposta a esta pergunta foi <strong>de</strong>cisivapara o entendiemento <strong>de</strong> que o estado <strong>de</strong> felici<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong>pen<strong>de</strong> principlamente do próprio indivíduo.FELICIDADE Qt. cit. Freq.Não resposta 1 8,3%Nunca 0 0,0%Raramente 1 8,3%Às Vezes 1 8,3%Bastante 6 50,0%Sempre 3 25,0%TOTAL OBS. 12 100%Fig. 1. Você se consi<strong>de</strong>ra feliz?ConclusõesAtravés dos resultados <strong>da</strong> pesquisa po<strong>de</strong>-se constatarque o que torna uma pessoa feliz pouco tem a haver comas suas condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> ou o meio em que vive, massim o índice <strong>de</strong> felici<strong>da</strong><strong>de</strong> que se encontra <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>la.Através <strong>da</strong> análise observa-se que ser feliz é muito maisuma questão intrínseca do ser humano do que fatoresexternos.Referências1. REDAÇÃO. Dicas FIB. Disponível em:. Acessoem: 13 out. 2011.2. MASLACH, Christina; LEITER, Michael P. Trabalho:fonte <strong>de</strong> prazer ou <strong>de</strong>sgaste? Guia para Vencer ostresse na empresa. São Paulo: Papirus, 1999.142
<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCO TRABALHO PENITENCIÁRIO COMO FATOR FACILITADOR DA REINSERÇÃO DO PRESONA SOCIEDADESties, F. V. F.¹*; Veronezi, J. L.²¹Graduan<strong>da</strong> em Direito pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Curitibanos.Bolsista CNPQ/PIBIC. E-mail: Fernan<strong>da</strong>_faber@hotmail.comPalavras-chave: Sistema prisional, Ressocialização, Reintegração, Trabalho prisional.IntroduçãoA problemática <strong>da</strong> reinserção do preso à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> vem<strong>de</strong> longa <strong>da</strong>ta sendo <strong>de</strong>bati<strong>da</strong>, no entanto, é notório que otrabalho prisional <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s penitenciárias, tem semostrado eficaz no que tange o reingresso <strong>de</strong>ste àsocie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Através do trabalho, <strong>de</strong>volvemos ao presoautoconfiança, senso <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, respeito e porque não dizer, a humani<strong>da</strong><strong>de</strong> por vezes esqueci<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntrodo ambiente carcerário.No entanto, as leis cria<strong>da</strong>s para manter a or<strong>de</strong>m nãopo<strong>de</strong>m ser cumpri<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma arcaica, colocando aqueleque está às margens <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em um uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong>ain<strong>da</strong> pior.Faz-se mister revisar o sistema prisional mo<strong>de</strong>rno,colocando em prática políticas penais com medi<strong>da</strong>s sócioeducativas,aplicando <strong>de</strong> forma individual e justa as penasalternativas.Materiais e MétodosPromover um estudo sobre o sistema prisional brasileiromostrou-se tarefa praticamente impossível <strong>de</strong>vido à falta<strong>de</strong> material técnico e o difícil acesso ao ambiente prisionalcom o objetivo <strong>de</strong> pesquisa. Porém, com o firme propósito<strong>de</strong> mostrar o quanto o trabalho <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s prisões tem acolaborar com a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, buscou-se, mesmo que <strong>de</strong>forma genérica, apoio bibliográfico tendo como foco apena <strong>de</strong> prisão e sua eficácia <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> atual.Porém, precisávamos <strong>de</strong> informações tangíveis comoforma <strong>de</strong> exemplificar nossa pesquisa, foi então queprocuramos a PENITENCIÁRIA REGIONAL DECURITIBANOS e fomos acolhidos pelo então diretor Geraldo presídio, que gentilmente elucidou dúvi<strong>da</strong>s a respeito<strong>da</strong> importância em oferecer trabalho digno ao presodurante o cumprimento <strong>de</strong> sua pena, e on<strong>de</strong> tambémpu<strong>de</strong>mos realizar pesquisa <strong>de</strong> campo, com visita asempresas instala<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seus limites, para então,termos uma real noção <strong>de</strong> como funciona no dia-dia umapenitenciária que oferece trabalho aos seus <strong>de</strong>tentos.Resultados e DiscussõesHistoricamente a prisão é conheci<strong>da</strong> como uma <strong>da</strong>sformas mais antigas <strong>de</strong> punição ao <strong>de</strong>srespeito às leis e aor<strong>de</strong>m social. No entanto, o que foi criado nos primórdiospara manter os <strong>de</strong>linquentes longe <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> bem,tem se tornado objeto <strong>de</strong> temor, tanto para o preso comopara a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> num todo.Estabelecer normas e fazer com que estas sejamcumpri<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma justa é o princípio para que umasocie<strong>da</strong><strong>de</strong> possa viver em harmonia.Oferecer um trabalho ao presidiário vai muito além <strong>de</strong>simplesmente lhe arranjar uma ocupação, mas sim <strong>de</strong>oferecer-lhes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativas, que os habilitem auma profissão, <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s normas <strong>de</strong> segurança ehigiene, proporcionando ao preso retorno justo, sejafinanceiro ou remissivo.Um bom exemplo é a PENITENCIÁRIA REGIONAL DECURITIBANOS, que mesmo não tendo como focoprincipal a ressocialização do preso através do trabalho,possui duas empresas instala<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seus limites,nas quais empregam juntas, cerca <strong>de</strong> 180 apenados,sendo que 100% dos postos <strong>de</strong> trabalho encontram-seocupados, provando assim, que os <strong>de</strong>tentos, em suamaioria, procuram se tornar pessoas melhores paraquando do seu retorno ao convívio social.O fato é que a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ra legítimo o <strong>de</strong>tentotrabalhar, e cabe ao Estado proporcionar meiosa<strong>de</strong>quados para que isso aconteça.Certamente o ganho social será positivo, pois, segundopesquisa do Departamento Penitenciário do Paraná, 75%dos presos que ganham a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> voltam a reincidir nocrime, em contraparti<strong>da</strong>, entre os que cumprem penasalternativas ou que participam <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong>ressocialização e/ou trabalham <strong>de</strong>ntro dos presídios,somente 12% voltam à criminali<strong>da</strong><strong>de</strong>, provando que aseleção <strong>de</strong> penas e o trabalho prisional é o caminho paraque a lei seja cumpri<strong>da</strong> em sua essência.ConclusõesO ex-presidiário certamente é o mais complexo e difícilproblema social a ser discutido, sendo assim, é precisoque governantes e socie<strong>da</strong><strong>de</strong> enten<strong>da</strong>m que areintegração do preso <strong>de</strong>ve ser trata<strong>da</strong> como pontoprimordial, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado discursos rebuscados eirracionais, que efetivamente não colaboram em na<strong>da</strong>para tornar o sistema prisional uma fonte ressocializadora<strong>da</strong> pena.O conceito <strong>de</strong> ressocialização do presidiário através dotrabalho e pela qualificação profissional, com o propósito<strong>de</strong> prepará-lo para o reingresso social mostra-se o melhorcaminho a ser seguido, visto que, baseia-se na afirmação<strong>de</strong> que o trabalho é fonte <strong>de</strong> equilíbrio, digni<strong>da</strong><strong>de</strong> ecomprometimento social.Referências1. ANDRADE. Vera Regina P. Sistema penal máximox ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia mínima: códigos <strong>da</strong> violência na era<strong>da</strong> globalização. 1ª ed. Porto Alegre: Livraria doAdvogado, 2003.2. BECCARIA, Cesare. Dos <strong>de</strong>litos e <strong>da</strong>s penas. 2ª ed.São Paulo: Ícone, 1998.3. BITTENCOURT, Cézar Roberto. Falência <strong>da</strong> pena<strong>de</strong> prisão. 3ª ed. Revista dos Tribunais. São Paulo,1993.4. DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO DO ESTADODO PARANÁ. Disponível em. Acesso em 16 <strong>de</strong>março <strong>de</strong> 2011.5. FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. 2ª ed. Petrópolis:Vozes, 1984.143