<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCA MÁQUINA/DISPOSITIVO ANTROPOLÓGICO: A FRATURA ORIGINÁRIA ENTRE OHUMANO E O ANIMALBazzanella, S. L.Graduado em Filosofia pela Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências e Letras Dom Bosco – Santa Rosa/RS. Mestrado em Educação e Cultura pelaUDESC/SC e Doutor em Ciências Humanas pela UFSC. Professor <strong>da</strong> Filosofia e do Programa <strong>de</strong> Mestrado em DesenvolvimentoRegional <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado.Palavras-chave: vi<strong>da</strong>, humano, animal, dispositivo, biopolítica.IntroduçãoO presente artigo procura investigar a luz <strong>da</strong>s reflexões dofilósofo italiano Giorgio Agamben, o profundo e acelerado<strong>de</strong>senvolvimento na mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong> e, sobretudo nacontemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> racionali<strong>da</strong><strong>de</strong>política, administrativa, científica e técnica em relação àvi<strong>da</strong> e suas possíveis formas, apresentando <strong>de</strong>safios atéentão <strong>de</strong>sconhecidos pelos seres humanos ao longo <strong>da</strong>trajetória <strong>da</strong> civilização oci<strong>de</strong>ntal. Os avanços técnicos ecientíficos manipulam a vi<strong>da</strong> em suas mais varia<strong>da</strong>sformas, estabelecem critérios <strong>de</strong> controle sobremanifestações vitais. Criam-se organismos entrecruzandogenes oriundos <strong>de</strong> animais aplicados em vegetais e viceversa.Constata-se a plena manifestação do biopo<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>um po<strong>de</strong>r sobre a vi<strong>da</strong>, sobre sua gênese, sobre suareprodutibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, sobre suas formas e,consequentemente, sobre suas potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Nestecontexto, apresentam-se <strong>de</strong>safios que envolvem anecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> enquanto fenômeno emsua totali<strong>da</strong><strong>de</strong>, bem como <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> humana e suaespecifici<strong>da</strong><strong>de</strong>. Tais <strong>de</strong>finições transitam por várioscampos do saber humano, remetendo à uma síntese apartir <strong>de</strong> pareceres jurídicos em torno <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> quecolocam o humano ca<strong>da</strong> vez mais próximo <strong>da</strong> natureza,<strong>de</strong>monstrando o quão indiscerníveis e in<strong>de</strong>finíveis são osconceitos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> humana e <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> animal apartir dos quais tomam-se <strong>de</strong>cisões, conferem-se direitos,ou mesmo, retiram-se-os <strong>de</strong> acordo com as exigências<strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s econômicas e políticas em jogo.A máquina/Dispositivo Antropológico:A análise <strong>de</strong> Agamben sobre o dispositivo antropológicoque separa a vi<strong>da</strong> humana do conjunto <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> natural,animal e vegetal e a partir <strong>da</strong>s quais, por comparações esubtrações estabelecem-se as concepções <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> nasquais o Oci<strong>de</strong>nte se move, posicionam a vi<strong>da</strong> humana emfronteiras movediças, indiscerníveis, permitindo a captura<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> em sua condição biológica. “La división <strong>de</strong> la vi<strong>da</strong>en vegetal y <strong>de</strong> relación, orgánica y animal, animal yhumana pasa entonces, sobre todo, por el interior <strong>de</strong>lviviente hombre como una frontera móvil; y sin esta íntimacesura, probablemente no sea posible la <strong>de</strong>cisión mismasobre lo que es humano y lo que no lo es” (AGAMBEN,2007, p.35).Agamben impulsiona a pensar a vi<strong>da</strong> no contexto <strong>de</strong> umamo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong> capitanea<strong>da</strong> por uma racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> técnicoinstrumental,concebi<strong>da</strong> numa lógica biopolítica. Portanto,colocar em jogo os dispositivos metafísicos quefun<strong>da</strong>mentam as concepções <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> humana, vi<strong>da</strong>animal, humano e natural, requer o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> repensaros pressupostos humanistas, ontológicos, políticos eéticos em que a oci<strong>de</strong>ntali<strong>da</strong><strong>de</strong> se move e <strong>de</strong> reconhecerque esta estrutura metafísica lança mão <strong>de</strong> dispositivosque afirmam a vi<strong>da</strong> humana sobre fraturas. Tal fatoresultou em dolorosas experiências humanas <strong>de</strong>apequenamento, aniquilamento <strong>de</strong> milhares e milhares <strong>de</strong>150vi<strong>da</strong>s humanas e animais no <strong>de</strong>correr <strong>da</strong> dinâmicacivilizatória aos dias atuais.Compreen<strong>de</strong>r a apropriação e os usos políticos,econômicos, científicos e técnicos que se fazem sobre avi<strong>da</strong> humana contemporaneamente pressupõe segundoAgamben reconhecer o fato <strong>de</strong> que “En nuestra cultura, elhombre — lo hemos visto - ha sido siempre el resultado<strong>de</strong> una división, y, a la vez, <strong>de</strong> una articulación <strong>de</strong> loanimal y lo humano, en la cual uno <strong>de</strong> los dos términos <strong>de</strong>la operación era también lo que estaba en juego”(AGAMBEN, 2007, p.167). Portanto, o que esta em jogodiante <strong>da</strong> hegemonia <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mocracias liberaisespetaculares é <strong>de</strong> certa forma a resignificação <strong>da</strong>dimensão ontológica <strong>da</strong> política na qual se constitui a vi<strong>da</strong>humana, neutralizando a expansiva e hegemonizantetendência <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição eminentemente biológica <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>humana o que a torna “vi<strong>da</strong> nua”, privatiza<strong>da</strong>, manipula<strong>da</strong>,mercadoriza<strong>da</strong> enfim, <strong>de</strong>spotencializa<strong>da</strong> em sua condiçãohumana, <strong>de</strong>masia<strong>da</strong>mente humana.Referências1. AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o po<strong>de</strong>r soberanoe a vi<strong>da</strong> nua I. Tradução <strong>de</strong> Henrique Burigo. BeloHorizonte: Editora UFMG, 2002.2. _________. Estado <strong>de</strong> Exceção. Tradução <strong>de</strong> Iraci d.Poleti. São Paulo: Boitempo, 2004.3. _________. Infância e História: <strong>de</strong>struição <strong>da</strong>experiência e origem <strong>da</strong> história. Tradução <strong>de</strong>Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora <strong>da</strong> UFMG,2005.4. _________. Che cos' è un dispositivo? Roma:Editora Nottetempo, 2006.5. __________. A linguagem e a morte: um semináriosobre o lugar <strong>da</strong> negativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Tradução <strong>de</strong>Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora <strong>da</strong> UFMG,2006.6. _________. Lo abierto: El hombre y el animal.Traducción <strong>de</strong> Flavia Costa y Edgardo Castro. BuenosAires: Adriana Hi<strong>da</strong>lgo, 2007.7. _________. A comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> que vem. TraduçãoAntónio Guerreiro. Lisboa: Editorial Presença, 1993.8. _________. Arte, Inoperativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, Política. (In).CARDOSO, Rui Mota. Política – Politics. GiorgioAgamben; Giacomo Marramao; Jacques Rancière;Peter Sloterdijk. Crítica do Contemporâneo –Conferências internacionais Serralves. Portugual.2007. Páginas 17-49.9. _________. Profanações. Tradução e apresentação<strong>de</strong> Selvino José Assmann. São Paulo: Boitempo,2007.10. _________. La potencia <strong>de</strong>l pensamiento.Traducción <strong>de</strong> Flavia Costa y Edgardo Castro. BuenosAires: Adriana Hi<strong>da</strong>lgo, 2007.11. _________. O que resta <strong>de</strong> Auschwitz: o arquivo ea testemunha (Homo Sacer III). Tradução SelvinoJosé Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.
<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCFLUXO DE CAIXA NA EMPRESA EMPÓRIO DE CEREAIS KOGLER LTDA - MEStoeberl, A. P.¹¹Graduan<strong>da</strong> em Ciências Contábeis pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Mafra, Núcleo Rio Negrinho/SC,Bolsista Artigo 170/Pesquisa. E-mail: anastoeberl@hotmail.comPalavras-chave: controle financeiro, caixa, condições <strong>de</strong> compra e ven<strong>da</strong>.IntroduçãoA <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> caixa mostra as alteraçõeslíqui<strong>da</strong>s que ocorrem na empresa, e as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do fluxocriam essas mu<strong>da</strong>nças.As informações sobre os fluxos <strong>de</strong> caixa <strong>de</strong> uma empresasão úteis para proporcionar aos usuários <strong>da</strong>s<strong>de</strong>monstrações financeiras uma base para avaliar acapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> empresa em gerar caixa e valoresequivalentes ao caixa e às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> empresapara utilizar esses fluxos.Materiais e MétodosI<strong>de</strong>ntificar a importância <strong>da</strong> utilização do fluxo <strong>de</strong> caixapara controle financeiro nas pequenas empresas.I<strong>de</strong>ntificar as condições <strong>de</strong> compra e ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> empresaEmpório <strong>de</strong> Cereais Kogler Lt<strong>da</strong> - ME.I<strong>de</strong>ntificar os <strong>de</strong>sembolsos médios que ocorre naempresa;Elaborar uma Planilha <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> caixa projetado paraauxiliar a empresas no controle financeiro.Os <strong>da</strong>dos serão coletados através entrevista pessoal como proprietário <strong>da</strong> empresa, bem como analise documentalnos relatórios financeiros fornecidos pela empresa.Separar os <strong>da</strong>dos obtidos para tabulação e análise.Referências1. SAN<strong>VI</strong>CENTE, Antônio Zoratto. Orçamento naAdministração <strong>de</strong> Empresas: Planejamento e Controle/ Antônio ZorattoSanvicente, Celso <strong>da</strong> Costa Santos. –2. Ed. – 18. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008.2. WELSCH, Glenn Albert. Orçamento Empresarial. – 4.Ed. – 19. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2007.3. BEULKE, Rolando. Gestão <strong>de</strong> Custos. São Paulo:Saraiva, 2006.Internet:1. http://www.fluxo <strong>de</strong>caixa.org2. http://www.efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.net/page/85/?p=rqkwra<strong>de</strong>yauhmObservaçõesO presente projeto encontra-se em fase <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento, com <strong>da</strong>ta prevista para o término em30/11/2012.151