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Anais da VI Jornada de Iniciação Científica (JINC) - Embrapa ...

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<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCRESGATE HISTÓRICO DA COMUNIDADE DE DAL PAI: MEMÓRIAS DE UM POVORibeiro, J. <strong>da</strong> S.¹*; Ro<strong>de</strong>rmel, J.²¹Aca<strong>de</strong>mica <strong>da</strong> 8º fase <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Curitibanos,bolsista artigo 170 E-mail: jackyribeiro23@gmail.com²Professora orientadora forma<strong>da</strong> em pe<strong>da</strong>gogia bacharel em história e mestre em educaçãoPalavras-chave: História, memórias, Dal Pai.IntroduçãoA história é concebi<strong>da</strong> como o estudo <strong>da</strong> experiênciahumana no passado e no presente, ela ensina a terrespeito pelas diferenças permitindo entendimentos domundo em que se vive ou em que gostaria <strong>de</strong> se viver eassim po<strong>de</strong>r intervir transformando reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Conhecero passado é um direito <strong>de</strong> todo ci<strong>da</strong>dão, posto que é umaforma <strong>de</strong> levar o ser humano a questionar e enten<strong>de</strong>r asraízes <strong>de</strong> varias questões. Percebendo a importância queo estudo <strong>da</strong> história tem para a formação do homem que<strong>de</strong>ve tornar-se sujeito que transforma sua vi<strong>da</strong>, assumeseus <strong>de</strong>veres, luta por seus direitos, resolve seusproblemas e assume sua ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. Po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>r ahistoria por meio dos diversos registros, ações humanas,documentos, monumentos, <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> pessoas,fotografias, objetos, vestuários, que o real vivido porhomens e mulheres nos diversos tempos e espaçoschega até nós. Portanto essa pesquisa visa por meio <strong>de</strong>uma investigação com os moradores locais conseguirinformações sobre o passado <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Dal Paidistrito <strong>de</strong> Campos Novos, e <strong>da</strong>r subsídios para seushabitantes conhecerem a história e compreen<strong>de</strong>-la vistoque não há na<strong>da</strong> registrado sobre os fatos históricos <strong>da</strong>comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Materiais e MétodosEssa pesquisa <strong>de</strong> natureza histórica, realiza<strong>da</strong> sob aforma <strong>de</strong> observação direta extensiva, foi realiza<strong>da</strong>examinando a História <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> cinco moradores maisantigos <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Dal Pai. (2) Esse tipo <strong>de</strong>pesquisa tenta obter <strong>da</strong>dos relativos à experiência intima<strong>de</strong> alguém que tenha significado importante para oconhecimento do objeto em estudo. Assim a pesquisaorganizou a história <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> a partir <strong>da</strong>smemórias dos moradores locais, trazendo e contandosobre sua história <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. O primeiro passo prarealização <strong>da</strong> pesquisa foi buscar no campo a serexplorado os cinco moradores mais antigos; tendoconstatado, organizou-se algumas perguntas para aentrevista sobre o local a ser explorado a partir <strong>da</strong>smemórias <strong>de</strong> seus moradores.Resultados e DiscussõesConversando com os moradores <strong>de</strong> Dal Pai elesrelataram que por volta <strong>de</strong> 1900 moravam em Dal PaiEugênio Becker dono <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> terra,Benedito Moreira e João Godini. Com o passar dos anosforam se instalando na região, Lau<strong>de</strong>lino Becker, JoaquimLuiz Cor<strong>de</strong>iro, José N. Serpa, Sebastião N. Becker,Argemiro Becker, Francisco Antonio Ribeiro entre outros,esses homens produziam o necessário para sobreviver eo que não produziam iam a cavalo até as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>spróximas para comprar. Em 1946 chegou na locali<strong>da</strong><strong>de</strong>Angelo Dal Pai, João Marcon, Brancalhão Ranqueti eArduino Emer a cavalo para fazer uma caça<strong>da</strong> a convite<strong>de</strong> Sebastião Ribeiro, com a intenção <strong>de</strong> conhecer asterras e ver os pinheirais, esses homenseram115ma<strong>de</strong>ireiros. No ano seguinte Ângelo e Rafael Dal Pai,Américo e Arduino voltaram com uma carroça na casa <strong>de</strong>Almiro Ribeiro on<strong>de</strong> ficaram 15 dias até abrir o mato echegar no local on<strong>de</strong> adquiriram terras <strong>de</strong> Alindro e JoãoGodini para construir uma Serraria. Já em 1948 a Serrariacomeçou a funcionar contando com cinco funcionários acomando <strong>de</strong> Ângelo Dal Pai. No inicio a ma<strong>de</strong>ira eratransporta<strong>da</strong> com terno <strong>de</strong> mula até o Rio Marombas <strong>de</strong>on<strong>de</strong> a travessia era feita por balsa e envia<strong>da</strong> a SãoFrancisco. Com o crescimento <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ireira houveaumento <strong>de</strong> moradores, surgiram casas <strong>de</strong> comércio emuitos italianos chegaram na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e começaramcultivar parreiras e fabricar vinho. Em 1949 foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong>primeira escola <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, as aulas eramministra<strong>da</strong>s na igreja mas foi em 1964 que foi inauguradoo atual prédio escolar, on<strong>de</strong> funcionou segundo grau pornove anos e então <strong>de</strong>sativado por falta <strong>de</strong> alunos. Aprimeira igreja foi construí<strong>da</strong> em 1949 com a colaboração<strong>de</strong> todos os moradores, a construção <strong>da</strong> atual igrejainiciou-se em 1965 e foi concluí<strong>da</strong> em 1975. A primeiraautori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> foi o senhor Tidias Ribeirocomo <strong>de</strong>legado, em segui<strong>da</strong> Joaquim Moreira e AvelinoMorais dos Santos. Foram vereadores pelo distríto <strong>de</strong> DalPai Luiz Ribeiro Gonçalves, Delsi Dal Pai, Domingos Rigo,Alci<strong>de</strong>s Serpa e Vasquinho Marcon. A comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> jácontou com moinho <strong>de</strong> arroz e milho, farmácia, <strong>de</strong>ntista,alfaiate, fábrica <strong>de</strong> móveis, sapateiro, lojas e linha <strong>de</strong>ônibus quatro vezes ao dia. Hoje são poucos moradoresnesse local em maioria pessoas aposenta<strong>da</strong>s eagricultores que produzem milho, feijão, soja e trigo e a oúnico comércio é um pequeno mercado e um bar.ConclusõesA comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Dal Pai valoriza bastante os sujeitosque foram responsáveis pelo <strong>de</strong>senvolvimento do lugar,apesar <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ireira Dal Pai não funcionar mais e nãohaver nenhum <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes morando ali, osmoradores reconhecem que essas pessoas foramimportantes e que merecem ser lembra<strong>da</strong>s. Por isso oshomenageiam nomeando escola, ginásio e a próprialocali<strong>da</strong><strong>de</strong> com nomes <strong>de</strong>ssas pessoas que fizeram ahistória <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Através <strong>da</strong> sistematização doconhecimento referente ao Dal Pai, a pesquisa atingiuseus objetivos, pois agora os moradores mais jovens quenão conhecem a história do lugar on<strong>de</strong> vivem po<strong>de</strong>rãoconhece-la pois este artigo passa a ser fonte <strong>de</strong> pesquisaeternizando as memórias dos moradores mais antigos<strong>de</strong>sta comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Referências1. FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática <strong>de</strong>Ensino <strong>de</strong> História. São Paulo: Papirus,2007.2. MARCONI, Marina <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>; LAKATOS, Eva Maria.Metodologia do Trabalho Científico.- 6.ed.-São Paulo:Atlas, 2001.

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