<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCPERFIL METABÓLICO E APTIDÕES FÍSICAS RELACIONADAS À SAÚDE DEPARTICIPANTES DA ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE DE MAFRAPetreça, D. R.¹; Santana, F. J.²*¹ Professor do Núcleo <strong>de</strong> Educação Física. Fun<strong>da</strong>ção Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado - UnC Campus Mafra² Acadêmico do Curso <strong>de</strong> Educação Física. Fun<strong>da</strong>ção Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado - UnC Campus Mafra. E-mail:fabiano.mfa@hotmail.comPalavras-chave: idosos, aptidões físicas, metabólicos.IntroduçãoO número <strong>de</strong> pessoas idosas na atuali<strong>da</strong><strong>de</strong> é maior queem qualquer outro tempo <strong>da</strong> história, sendo que, com oaumento <strong>de</strong>sta população, muitos aspectos relativos aoenvelhecimento têm sido estu<strong>da</strong>dos. O processo <strong>de</strong>envelhecimento humano é gradual, universal eirreversível, mas provoca discussões em torno <strong>de</strong> como epor que envelhecemos, buscando premissas <strong>de</strong> quererviver mais, com quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional(1). Nesse sentido, a análise <strong>da</strong>s condições funcionais emetabólicas é <strong>de</strong> suma importância para a promoção <strong>da</strong>saú<strong>de</strong> e prevenção <strong>de</strong> doenças nesta população. Opresente estudo teve como objetivo analisar o perfil <strong>da</strong>saptidões físicas relaciona<strong>da</strong>s à saú<strong>de</strong> e metabólico <strong>de</strong>participantes <strong>da</strong> aca<strong>de</strong>mia <strong>da</strong> terceira i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Mafra, SC.Materiais e MétodosA população foi composta por 150 indivíduos, adotadocomo critério <strong>de</strong> inclusão indivíduos com i<strong>da</strong><strong>de</strong> superior a50 anos e que realizaram todos os testes com êxito,obtendo assim, uma amostra <strong>de</strong> 86, sendo 72,4% dogênero feminino e 27,6% do masculino, com média <strong>de</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 60,15 anos. Os instrumentos utilizados foram:medi<strong>da</strong>s antropométricas (estatura, massa corporal eperímetro <strong>de</strong> cintura), Índice <strong>de</strong> Massa Corporal,percentual <strong>de</strong> gordura obtido através bioimpedância <strong>da</strong>Marca HBF 306. Para avaliar a flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> foi utilizado oTeste <strong>de</strong> Sentar e Alcançar e o teste <strong>de</strong> ombro. O teste <strong>de</strong>força foi realizado por meio <strong>de</strong> um dinamômetro <strong>de</strong>preensão manual. Para o teste <strong>de</strong> aptidãocardiorrespiratória foi utilizado o teste <strong>de</strong> meia-milha. Paraas variáveis metabólicas foram realizados exames <strong>de</strong>sangue a fim <strong>de</strong> se obter os valores <strong>de</strong> glicemia,triglicerí<strong>de</strong>os e colesterol em laboratório <strong>de</strong> análisesclínicas. A análise <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foi realiza<strong>da</strong> por meio <strong>de</strong>estatística <strong>de</strong>scritiva e análise <strong>de</strong> frequência.Resultados e DiscussõesA tabela 1 apresenta os valores <strong>de</strong>scritivos <strong>da</strong> bateria <strong>de</strong>testes. Ao avaliar, <strong>de</strong> acordo com os pontos <strong>de</strong> corterelacionados por teste, verificou-se no Índice <strong>de</strong> MassaCorporal que 43,6% foram classificados como“obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>”. Em relação ao perímetro <strong>de</strong> cintura,observou-se que 56,3% foram classificados como “altorisco”. Ao verificar o percentual <strong>de</strong> gordura observou-seque 93,1% estão classificados como “muito alto”.Mu<strong>da</strong>nças na composição corporal ocorrem diante doenvelhecimento (2), porém neste estudo i<strong>de</strong>ntificaram-sealtos padrões dos métodos para análise do fracionamentoe distribuição corporal. A força é uma aptidão física <strong>de</strong>suma importância para o envelhecimento, neste estudo52,9% se classificam como “regular”. Ao analisar osresultados obtidos no teste <strong>de</strong> flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> quadrilobservou-se que 42,5% do grupo foram classificadoscomo “excelente”, porem, ao analisar os resultadosobtidos nos testes <strong>de</strong> flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ombro observou-seque 82,8% do grupo estão classificados como “condição<strong>de</strong> risco” para os ombros direito e esquerdo. Estadificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento articular nos membrossuperiores po<strong>de</strong>m dificultar algumas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s diárias.Segundo os resultados obtidos no teste <strong>de</strong> resistênciaaeróbia, 49,4% do grupo pesquisado foi classificado como“muito fraco”. Através dos exames <strong>de</strong> glicemia foi possívelobservar que 71,3% dos idosos foram classificados como“normais” e 8% como “diabetes”. Ao analisar os exames<strong>de</strong> triglicerí<strong>de</strong>os e colesterol total, verificou-se que 49,4%dos indivíduos avaliados pelo exame <strong>de</strong> triglicerí<strong>de</strong>os seclassificam como “<strong>de</strong>sejável”, mesma classificação <strong>de</strong>59,8% dos indivíduos que realizaram o exame <strong>de</strong>colesterol total. Vários fatores <strong>de</strong> risco para o<strong>de</strong>senvolvimento aterogênico têm sido <strong>de</strong>scritos, entreeles aumento dos níveis <strong>de</strong> triglicerí<strong>de</strong>os e <strong>de</strong> colesteroltotal.Tab. 1. Valores <strong>de</strong>scritivos <strong>da</strong> bateria <strong>de</strong> testes dos participantes<strong>da</strong> Aca<strong>de</strong>mia <strong>da</strong> Terceira I<strong>da</strong><strong>de</strong>.Variáveis Media Desvio PadrãoMassa corporal (kg) 71,31 12,88Altura (cm) 158 6,31IMC (kg/m²) 28,59 5,12% G 38,87 6,31PC (cm) 38,87 6,31Força (Kgf) 34,3 9,56Flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> quadril (cm) 21,2 8,7Flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ombro direito (cm) -8 10,4Flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ombro esquerdo (cm) -11,6 9,6GL (mg/dL) 101,1 26,4CT 197,6 41,4TG 173,5 91,5Consi<strong>de</strong>rações FinaisA amostra pesquisa<strong>da</strong> apresenta aptidões físicasrelacionas a saú<strong>de</strong> em níveis ina<strong>de</strong>quados, com exceção<strong>de</strong> flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> quadril, aumentando o risco do <strong>de</strong>clíniofuncional precoce. As variáveis metabólicas encontramem níveis satisfatórios quanto às classificaçõesinternacionais exceto o colesterol.Referências1. HAYFLICK, L. (1997). Como e por que envelhecemos.Rio <strong>de</strong> Janeiro:Campus, ed.2..2. MATSUDO, S.M; BARROS NETO, T.L; MATSUDO,V.K.R. (2002). Perfil antropométrico <strong>de</strong> mulheresmaiores <strong>de</strong> 50 anos, fisicamente ativas, <strong>de</strong> acordocom a i<strong>da</strong><strong>de</strong> cronológica - evolução <strong>de</strong> um ano.Revista Brasileira <strong>de</strong> Ciência e Movimento. Brasília. v.10, n. 2, p.15-26.92
<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCPREVALÊNCIA DE DOR CRÔNICA EM INDIVÍDUOS PRATICANTES DE ATI<strong>VI</strong>DADE FÍSICAHumenhuk, G.¹*; Lima, M.C.A.M.²¹Graduan<strong>da</strong> em Fisioterapia pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Mafra. E-mail:gislaynehumenhuk@yahoo.com.br²Mestre, Orientadora do estudo e docente <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Mafra.Palavras-chave: Dor crônica, lombalgia, joelho, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física.IntroduçãoA dor é compreendi<strong>da</strong> como uma experiência multifatorial,on<strong>de</strong> a lesão tecidual, aspectos emocionais socioculturaise ambientais são parte <strong>de</strong>sta experiência ¹. Quando essador atinge duração superior a três meses, caracterizam-secomo dor crônica, afetando aspectos sociais eeconômicos <strong>da</strong> população ². Essa dor passa a ser ocentro <strong>da</strong>s atenções e com isso trás alteraçõesbiopsicossociais, o que enfatiza ain<strong>da</strong> mais a importância<strong>de</strong> saber sua prevalência, visando o planejamento <strong>de</strong>medi<strong>da</strong>s para seu controle e tratamento ¹. O alívio doquadro álgico <strong>de</strong>ve ser posto como uma preocupaçãoconstante, on<strong>de</strong> a mensuração e avaliação <strong>da</strong> dor <strong>de</strong>vemser realiza<strong>da</strong>s como uma assistência para uma pessoa,pois com os <strong>da</strong>dos obtidos po<strong>de</strong>-se promover um bomplanejamento <strong>de</strong> intervenções terapêuticas, visando ocontrole <strong>da</strong> dor. Nesta pesquisa, foi analisa<strong>da</strong> aprevalência <strong>de</strong> dor crônica em praticantes <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>física.Materiais e MétodosA pesquisa é <strong>de</strong> caráter <strong>de</strong>scritivo com abor<strong>da</strong>gemprospectiva qualiquantitativa. Foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> naaca<strong>de</strong>mia Água Viva, localiza<strong>da</strong> na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> RioNegro/PR, contando com uma amostra <strong>de</strong> 93 indivíduos,<strong>de</strong> ambos os sexos, participantes do programa HidroMafra. Estes indivíduos são hipertensos controlados eliberados para a realização <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física e participamdo Programa Hiperdia <strong>da</strong> secretaria municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><strong>de</strong> Mafra.A coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foi realiza<strong>da</strong> em três etapas: avaliação<strong>da</strong> cognição através do Mini Exame do Estado Mental(MEEM); questionário com perguntas relaciona<strong>da</strong>s aosseus <strong>da</strong>dos gerais, pessoais e sua dor; avaliação <strong>da</strong> doratravés <strong>de</strong> uma a<strong>da</strong>ptação do questionário <strong>de</strong> dor <strong>de</strong>McGill e pela Escala Visual Analógica <strong>da</strong> Dor (EVA).Resultados e DiscussõesA amostra foi forma<strong>da</strong> por 87% indivíduos do sexofeminino e 13% do sexo masculino. A média geral <strong>de</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong> encontra<strong>da</strong> foi <strong>de</strong> 62,47 anos (DP 10,10). Entre osparticipantes, foi observado que 93% apresentam suasdores por mais <strong>de</strong> três meses (dor crônica).Tabela 1. Distribuição <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos em relação à duração <strong>da</strong> dorDentre os <strong>da</strong>dos obtidos sobre o local atingido pela dorcrônica, foi observado maior prevalência em colunalombar com 35%, e em joelhos com 34%, do que emoutros locais do corpo que somados obtiveram 31%.De acordo com a prática <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física, 69% dosindivíduos realizam ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física somente uma vez porsemana, além <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s domiciliares(irregularmente ativos B); 28% realizam ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> físicaaté duas vezes na semana, além <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sdomiciliares (irregularmente ativos A); 3% realizamativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física até 4 vezes por semana, além <strong>de</strong> suasativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s domiciliares (ativos). Entre os participantes,64% disseram que suas dores limitam suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> diária (AVD’s).Segundo Sá et al (2009) ³, em seu estudo foi observadopresença <strong>de</strong> dor crônica em 41,4% <strong>da</strong> população total,tendo a região lombar como localização corporal <strong>de</strong> dorcrônica mais predominante com 16,3%, logo segui<strong>da</strong> pordor nos joelhos com 11,2%, estando relacionado com os<strong>da</strong>dos obtidos em nosso trabalho.ConclusõesA pesquisa revelou que há maior prevalência <strong>de</strong> dorcrônica em região <strong>de</strong> joelhos e coluna lombar empraticantes <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física do que em outros locais docorpo e que essas dores causam limitações pararealização <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> diária <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> indivíduo.ReferênciasParticipantesNão referiram dorReferiram dor com duração menor que3 meses (dor agu<strong>da</strong>)Referiram dor com duração maior que3 meses (dor crônica)TotalFrequêncian %20 225 568 7393 1001. DELLAROZA, Mara Solange Gomes; PIMENTA,Cibele Andruciolli <strong>de</strong> Mattos; MATSUO, Tiemi.Prevalência e caracterização <strong>da</strong> dor crônica em idososnão institucionalizados. Ca<strong>de</strong>rneta <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública,n.5, p. 1151-1160. 2007.2. ALMEIDA, Isabela Costa Guerra Barreto et al.Prevalência <strong>de</strong> dor lombar crônica na população <strong>da</strong>ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador. Revista Brasileira <strong>de</strong> Ortopedia,n.3, p. 96-102. 2008.3. SÁ, Katia et al. Prevalência <strong>de</strong> dor crônica e fatoresassociados na população <strong>de</strong> Salvador, Bahia. Revista<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, n.4, p. 622-630. 2009.93