<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCLUVA DE CONTROLE RF E COMPUTAÇÃO PERVASIVADe Biasi, H.¹; Santos, R.²; Suzuki, N.³¹Graduando em Engenharia <strong>de</strong> Controle e Automação pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Curitibanos,Bolsista Art.171. E-mail: engenheiro.rudy@hotmail.com²Pesquisador e professor do curso <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Controle e Automação <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado,Campus Curitibanos. E-mail: herculano.<strong>de</strong>biasi@gmail.com³Pesquisador e professor do curso <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Controle e Automação <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado,Campus Curitibanos. E-mail: nkazuo@gmail.comPalavras-chave: computação pervasiva, IHC (Interação Homem-Computador), plataforma ArduinoIntroduçãoEste projeto tem como objetivo criar uma luva <strong>de</strong> controleque funcione através <strong>de</strong> comunicação RF (radiofrequência).A luva conta com vários sensores, incluindoum acelerômetro e um sensor flex, os quais permitem aanálise <strong>de</strong> sua forma (<strong>de</strong>dos abertos ou fechados) eorientação. O conceito <strong>de</strong> computação pervasiva éaplicado, e consiste na integração <strong>de</strong> tecnologiascomputacionais com objetos do cotidiano, o que leva anovas formas <strong>de</strong> interação homem-computador (IHC),como <strong>de</strong>scrito em Barbosa (1).Materiais e MétodosPara o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> pesquisa foram utilizadoscomponentes Arduino LilyPad, originalmente projetados econstruídos no Media Lab do MIT (2). Os componentesLilyPad po<strong>de</strong>m ser costurados diretamente sobre tecido econectados a fontes <strong>de</strong> alimentação, sensores eatuadores com linha condutiva. Para a comunicação entrea luva e o sistema <strong>de</strong> teste foram empregados módulosXBee. Esses componentes permitem comunicação semfioatravés <strong>de</strong> protocolos como ZigBee e IEEE 802.15.4 adistâncias até 2 km (3). Todos esses componentes sãofacilmente integrados à plataforma Arduino. Arduino éuma plataforma open hardware que permite a rápi<strong>da</strong>prototipação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> automação integrandosoftware e hardware.Na (Fig. 1) po<strong>de</strong>m ser vistos o sensor flex, no <strong>de</strong>doanular, o shield LilyPad XBee com um XBee sobre ele(marcado com o número 1), um acelerômetro ao centro, oArduino Lilypad (na base do <strong>de</strong>do indicador), um móduloLilyPad que fornece a alimentação <strong>de</strong> energia, e umabateria <strong>de</strong> polímero <strong>de</strong> lítio. O acelerômetro não foiutilizado no experimento mostrado, que consiste no uso<strong>de</strong> um sensor flex, que, ao ser curvado, tem seu valor <strong>de</strong>resistência lido pelo microcontrolador Arduino LilyPad.Este, por sua vez, envia o valor numérico ao móduloXBee transmissor, que transmite a informação via RF.totalmente estendi<strong>da</strong>, nenhum LED é ligado, quando amão está totalmente fecha<strong>da</strong>, todos os LEDs são acesos.O número <strong>de</strong> LEDs ligados <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do grau <strong>de</strong> curvatura<strong>da</strong> mão, sendo proporcional aos dois extremos já citados.Fig. 2. Sistema <strong>de</strong> teste montado sobre uma protoboardResultados e DiscussõesO <strong>de</strong>senvolvimento inicial apresentou algumasdificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s relaciona<strong>da</strong>s à configuração dos módulosXBee e funcionamento do componentes LilyPad. Nostestes realizados, foi possível a comunicação entre a luvae o sistema <strong>de</strong> teste a até 15 metros <strong>de</strong> distância.Distâncias maiores po<strong>de</strong>m ser obti<strong>da</strong>s trocando-se oscircuitos <strong>de</strong> comunicação por outros <strong>de</strong> maior potência. Osistema se comportou <strong>de</strong> forma estável, sendo que asensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do sensor flex po<strong>de</strong> ser configura<strong>da</strong> viaprogramação.ConclusõesO protótipo <strong>de</strong>senvolvido é um ótimo exemplo <strong>de</strong>aplicação prática <strong>de</strong> integração entre sistemasembarcados, módulos <strong>de</strong> comunicação RF XBee, e <strong>de</strong>novas formas <strong>de</strong> IHC utilizando o conceito <strong>de</strong> computaçãopervasiva. Este estudo inicial está possibilitando agora aintegração <strong>da</strong> luva com o manipulador robótico tambémem <strong>de</strong>senvolvimento na UnC, Campus <strong>de</strong> Curitibanos. Naversão atual, a luva já controla a abertura e fechamento<strong>da</strong> garra robótica. O próximo passo agora é a utilização<strong>de</strong> sensores como acelerômetros e giroscópios paraanalisar o posicionamento e inclinação <strong>da</strong> luva.Fig. 1. Luva monta<strong>da</strong>A informação envia<strong>da</strong> pela luva é recebi<strong>da</strong> pelo móduloXBee do sistema <strong>de</strong> teste mostrado na (Fig. 2), que arepassa ao Arduino ligado a ele, acionando então osLEDs presentes na protoboard. Quando a mão está40Referências1. BARBOSA, S.D.J.; SILVA, B.S. Interação Humano-Computador. Série SBC, Editora Campus-Elsevier,2010.2. BUECHLEY, L. [2006]. A construction kit for electronictextiles. In Proceedings of the IEEE InternationalSymposium on Wearable Computers (ISWC),3. FALUDI, R. Building Wireless Sensor Networks.O’Reilly, 2011.
<strong>JINC</strong> – 6ª Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>Embrapa</strong>SIPEX – II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>da</strong> UnC25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012 – Concórdia/SCRE<strong>VI</strong>TALIZAÇÃO DO HERBÁRIO DA UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - UnCCAMPUS CONCÓRDIAFeruck, M. M.*Graduando (a) em Ciências Biológicas pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado, Campus Concórdia, bolsista do artigo 171-FUMDES. E-mail: maari_i@hotmail.comPalavras-chave: Herbário, revitalização, exsicatas.IntroduçãoO estado <strong>de</strong> Santa Catarina, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> suaocupação é um ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro centro <strong>de</strong> exploração etambém <strong>de</strong> exportação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras, pela sua ricabiodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. (REITZ; REIS; KLEIN, 1978).Preocupados com essa situação, pesquisadores eacadêmicos <strong>da</strong> área ambiental <strong>de</strong>senvolveram umamaneira <strong>de</strong> manter pelo menos amostras <strong>de</strong><strong>de</strong>terminados vegetais (ou fungos) através <strong>de</strong> exsicatas,constituindo assim, os chamados “herbários”.O herbário refere-se a uma coleção <strong>de</strong> plantas secas eprensa<strong>da</strong>s, ou seja, <strong>de</strong>sidrata<strong>da</strong>s, prepara<strong>da</strong>s,registra<strong>da</strong>s e organiza<strong>da</strong>s cientificamente para estudos ereferências <strong>da</strong> flora <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> região.Os herbários são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância porquearmazenam informações quanto às espécimes <strong>da</strong> flora,nativas ou exóticas, preserva<strong>da</strong>s e armazena<strong>da</strong>s em localapropriado.As amostras <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong>sidrata<strong>da</strong>s e manti<strong>da</strong>s nosherbários são conheci<strong>da</strong>s como “exsicatas”.As exsicatas contém o nome do coletor, característicasdo local <strong>da</strong> coleta, características <strong>da</strong> planta no ambienteem que foi coleta<strong>da</strong>, i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong> espécie(classificações <strong>de</strong> gênero, família e ou espécie), e a <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> coleta.O herbário <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Contestado possui umavarie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> exsicatas, bem como fungos, sementes efrutos coletados durante muitos anos por professores ealunos, principalmente do curso <strong>de</strong> Ciências Biológicas.Materiais e MétodosPara revitalização do herbário <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> doContestado foi necessário primeiramente fazer olevantamento <strong>da</strong>s amostras <strong>de</strong> exsicatas, fungos esementes. A metodologia utiliza<strong>da</strong> foi inicialmente aclassificação <strong>da</strong>s amostras em amostras com <strong>da</strong>nos esem <strong>da</strong>nos (realizado no período <strong>de</strong> junho a agosto <strong>de</strong>2012), revisão <strong>da</strong>s famílias e gêneros (setembro a<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2012), registro em livros (fevereiro a julho<strong>de</strong> 2013), digitalização <strong>da</strong>s amostras (agosto a <strong>de</strong>zembro<strong>de</strong> 2013).Para a execução do projeto foram necessárias folhas <strong>de</strong>cartolina (aproxima<strong>da</strong>mente 500 folhas); livro <strong>de</strong> registros(4 livros: exsicatas, fungos, sementes e frutos); álcool (10litros - para conservação <strong>de</strong> frutos – carpoteca); linha eagulha (para costurar as exsicatas na cartolina).Resultados e DiscussõesO resultado visado com esse projeto é a reorganização, arevitalização do herbário <strong>da</strong> UnC. Assim, preten<strong>de</strong>-sepadronizar to<strong>da</strong>s as exsicatas e to<strong>da</strong>s as amostras <strong>de</strong>sementes e fungos, bem como organizar todo espaço doherbário.Foram até o momento recupera<strong>da</strong>s em média 1650exsicatas, sendo 1080 <strong>de</strong> angiospermas, 450 <strong>de</strong>gimnospermas, 70 <strong>de</strong> pteridófitas e 50 <strong>de</strong> briófitas. Alémdisso, também foram cataloga<strong>da</strong>s aproxima<strong>da</strong>mente 300amostras <strong>de</strong> sementes, 70 amostras <strong>de</strong> fungos.Aproxima<strong>da</strong>mente <strong>de</strong> 1400 amostras <strong>de</strong> exsicatas tiveramque ser troca<strong>da</strong>s e padroniza<strong>da</strong>s as cartolinas. To<strong>da</strong>s asamostras do herbário terão uma ficha padrão. O resultadovisado com esse projeto é a reorganização, arevitalização do herbário <strong>da</strong> UnC. Assim, preten<strong>de</strong>-sepadronizar to<strong>da</strong>s as exsicatas e to<strong>da</strong>s as amostras <strong>de</strong>sementes e fungos, bem como organizar todo espaço doherbário.ConclusãoO herbário tem uma importância fun<strong>da</strong>mental para osacadêmicos e também para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em geral,porque permite o estudo <strong>de</strong> espécies vegetais regionaisque em muitos casos estão em perigo <strong>de</strong> extinção ou quefuturamente possam vir a se extinguir.No geral, preten<strong>de</strong>-se padronizar to<strong>da</strong>s as amostrasexistentes no herbário, montar um livro com to<strong>da</strong>s asinformações <strong>da</strong>s amostras e disponibilizar todos os <strong>da</strong>dosdo herbário on-line.Referências1. FAGUNDES, J.A.; GONZALEZ, C. E. F. Programa <strong>de</strong>Desenvolvimento Educacional – PDE - <strong>da</strong>Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>da</strong> Educacao – SEED.3Departamento Aca<strong>de</strong>mico <strong>de</strong> Quimica e Biologia.4Mestrado (2006) em Tecnologia – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>Tecnologica Fe<strong>de</strong>ral do Parana – UTFPR.2. GHENO, Eunice; Relatório <strong>de</strong> estágio curricularbacharelado:Concórdia, 2004.3. PACHECO, C. A. Jardim Botânico do Rio <strong>de</strong> Janeiro:memória e arquivo. In: MARTINS, R. A. et al. (Ed.).2004.4. REITZ, Raulino; REIS, A<strong>de</strong>mir; KLEIN, Roberto M.;Projeto ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Santa Catarina: Itajaí: 1978.5. RUSSOMANO, M.R, KRUPPA,P,C, Centro <strong>de</strong>Pesquisa e Desenvolvimento em Sani<strong>da</strong><strong>de</strong> Vegetal, nº84, 2008.6. SILVA, N. M. F.; CARVALHO, L. D. F.; BAUMGRATZ,J. F. A. (Org.). O Herbário do Jardim Botânico doRio <strong>de</strong> Janeiro: um expoente na história <strong>da</strong> florabrasileira. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Instituto <strong>de</strong> PesquisasJardim Botânico, 2001. 139 p.41