.<strong>11</strong> Relatório& Contas2. SÍNTESE DO DESEMPENHOO exercício <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> encerrou com um Resultado Líquido positivo <strong>de</strong> 5.603 mil Euros e um ResultadoOperacional <strong>de</strong> 5.450 mil Euros.No passado recente, os Resultados Líquidos e os Operacionais, apresentavam, em condições normais,<strong>de</strong>sempenhos negativos.A alteração ocorrida é consequência direta da adoção da interpretação IFRIC 12 em 2010 e, ainda, pelaconsi<strong>de</strong>ração da extensão do Contrato <strong>de</strong> Concessão (por mais 20 anos).Embora com um ligeiro crescimento da ativida<strong>de</strong> em 20<strong>11</strong>, recorda-se que, tais Resultados são obtidosem contexto económico-financeiro extremamente difícil, resultam, da alteração <strong>de</strong> um certo paradigmado tráfego (forte contração das rotas com o Continente, principal mercado), da manutenção das tarifasaeroportuárias, inalteradas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005, e da continuação <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> gestão atinentes à contenção <strong>de</strong>custos.A nível da ativida<strong>de</strong>, o acréscimo <strong>de</strong> 3,5% no tráfego <strong>de</strong> Passageiros e um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> (3,6%) nosMovimentos, induziram que os Proveitos Aviação se mantiveram ligeiramente acima do ano anterior 0,5%.A liberalização da rota entre o Continente e a Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira que, no passado recente, haviapossibilitado um incremento significativo <strong>de</strong> tráfego nesta rota em 2009 e 2010, foi, todavia, insuficientepara compensar as perdas nos principais mercados <strong>de</strong> captação turística (Reino Unido e Alemanha).Porém, em 20<strong>11</strong> não só as rotas com o Continente apresentaram significativas reduções do tráfego como,igualmente, se registaram diminuições nos mercados da Dinamarca e Venezuela.Pela positiva, merecem <strong>de</strong>staque, o crescimento do tráfego nos mercados do Reino Unido, França, Holandae Espanha.A nível das companhias aéreas, o Grupo SATA registou uma quebra muito assinalável, com cerca <strong>de</strong> menos67.000 passageiros transportados, enquanto que companhias como a EasyJet, Thomsonfly e TransaviaFrance, transportaram, no conjunto, mais cerca <strong>de</strong> 67.000 passageiros.Assim, a evolução da ativida<strong>de</strong> aviação caracteriza-se, em termos gerais:a) Os Passageiros aumentaram 3,5% em termos globais, sendo que, os acréscimos por aeroporto, foram:3,5% no Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira e 3,1% no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo.b) O Movimento <strong>de</strong> Aeronaves, teve um ligeiro <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> (3,6%), distribuído pelo Aeroporto daMa<strong>de</strong>ira com (3,4%) e no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo com (5,2%), face ao ano anterior.c) A Carga Operada teve um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> (16,6%) nos <strong>Aeroportos</strong> da RAM: diminuiu (16,1%) noAeroporto da Ma<strong>de</strong>ira e (33,3%) no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo. Também a situação do Correio teve56
.<strong>11</strong> Relatório& Contasum <strong>de</strong>sempenho negativo com (7,6%), em relação ao ano anterior, o que é aceite como indicador <strong>de</strong><strong>de</strong>saceleração económico.Em consequência do <strong>de</strong>sempenho do Tráfego, os Proveitos Aviação tiveram, em 20<strong>11</strong>, face a 2010, umligeiro crescimento <strong>de</strong> 0,5%, com <strong>de</strong>sempenhos positivos apenas nos passageiros.As ativida<strong>de</strong>s relativas à Não Aviação, nas componentes: Retalho, Imobiliária, Publicida<strong>de</strong>, Rent-a-Car eParques <strong>de</strong> Estacionamento tiveram, em termos globais, um acréscimo nos Proveitos <strong>de</strong> 5,6%.Este acréscimo ficou a <strong>de</strong>ver-se à evolução positiva do Retalho, dos Rent-a-Car e da Publicida<strong>de</strong>; as receitas<strong>de</strong> Imobiliário mantiveram-se estacionárias e as restantes tiveram <strong>de</strong>sempenhos negativos.Por outro lado, as componentes Segurança e PMR, passaram a representar em 20<strong>11</strong>, no cômputo doVolume <strong>de</strong> Negócios (sem incluir a rubrica “Contrato <strong>de</strong> Construção” associada à IFRIC 12), uma parcela <strong>de</strong>10,3%. Trata-se <strong>de</strong> um proveito não “core” <strong>de</strong>stinado à cobertura <strong>de</strong> custos associados a estas ativida<strong>de</strong>s,não contribuindo, <strong>de</strong> um modo geral, para a obtenção <strong>de</strong> resultados.É, ainda, <strong>de</strong> salientar que em 2010, 70% do volume <strong>de</strong> negócios da Empresa está concentrada em 10clientes: 7 companhias aéreas, 2 handlers e as Lojas Francas <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>.A nível da <strong>de</strong>spesa, a <strong>ANA</strong>M, SA <strong>de</strong>u continuida<strong>de</strong> a uma política <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> custos e à restriçãoaos investimentos relacionados com infraestruturas, mas <strong>de</strong>u cumprimento ao plano <strong>de</strong> investimentos <strong>de</strong>manutenção, exploração e correntes orçamentados, totalizando os Investimentos realizados, em 20<strong>11</strong>,1.559 mil Euros.Julga-se ser <strong>de</strong> referir que, os Investimentos assinalados, têm vindo a ser integralmente suportados com meiospróprios, salvo os do Projeto SITI – Sistema Integrado <strong>de</strong> Telecomunicações e Informação, atualmente emcurso e com um investimento elegível <strong>de</strong> 1.741 mil Euros, se espera obter, nos termos do contrato elaboradocom o IDR da Ma<strong>de</strong>ira, uma comparticipação <strong>de</strong> 80%, através dos Fundos Comunitários (FEDER).O Programa <strong>de</strong> Otimização do Efetivo, que teve o seu início em 2005, colheu, até 20<strong>11</strong>, a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> 91efetivos, contribuindo para uma redução líquida do quadro <strong>de</strong> pessoal em 76 efetivos. No período emcausa, o os efetivos passaram <strong>de</strong> 393 para apenas 317.A contrapartida das saídas verificadas, através <strong>de</strong> rescisões por mútuo acordo, traduziu-se, até à data, numinvestimento <strong>de</strong> 9.252 mil Euros, cujo período médio <strong>de</strong> recuperação se estima em 3/4 anos.A dívida da <strong>ANA</strong>M, SA, <strong>de</strong> 203,5 milhões <strong>de</strong> Euros, foi, em 20<strong>11</strong>, reduzida em 3,7 milhões <strong>de</strong> Euros e estárepresentada por três empréstimos bancários e um empréstimo obrigacionista. Presentemente, a <strong>ANA</strong>M,SA encontra-se a amortizar o empréstimo do BEI, com prestações anuais <strong>de</strong> 3,7 milhões <strong>de</strong> Euros mas terá,já em 2014, que proce<strong>de</strong>r à recompra do empréstimo obrigacionista <strong>de</strong> 50 milhões <strong>de</strong> Euros, po<strong>de</strong>ndo,entretanto, haver necessida<strong>de</strong> da sua antecipação, face ao <strong>de</strong>senvolvimento da privatização da <strong>ANA</strong>, SA,que prestou, para a obtenção <strong>de</strong>ste empréstimo, o respetivo aval. No contrato <strong>de</strong> empréstimo está previstoo reembolso antecipado se existir alteração acionista na <strong>ANA</strong>, SA.57