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CARLOS EDUARDO FERRÃO DE AZEVEDO - UFRJ

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51sociedade necessita de pessoas capazes de tomar decisões, de criar oportunidadese de resolver problemas de forma inteligente e eficaz (BRASIL, 1997).A autonomia é uma capacidade que as escolas devem buscar desenvolver noaluno e deve orientar as práticas pedagógicas. O aluno precisa estar inserido em umprocesso que valoriza a tomada de decisões baseadas em pesquisa e reflexãosobre os resultados encontrados, posicionando-se e mantendo uma relação críticacom o conhecimento.Nesse sentido, é importante relembrar as ideias de Paulo Freire e abandonar,definitivamente, a prática da educação bancária, que consiste em “depositar” noaluno camadas individuais de conhecimento, como se, para cada disciplina,houvesse no cérebro do aluno um compartimento específico para cada área doconhecimento.O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua práticadocente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, suainsubmissão. Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com oseducandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dosobjetos cognoscíveis. E esta rigorosidade metódica não tem nada a ver como discurso “bancário” transferidor do perfil do objeto ou do conteúdo. Éexatamente neste sentido que ensinar não se esgota no “tratamento” doobjeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produçãodas condições em que aprender criticamente é possível. E essas condiçõesimplicam ou exigem a presença de educadores e de educandos criadores,instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes.(FREIRE, 1996, p.31)A interdisciplinaridade tem sido apontada como a solução para esseproblema, uma vez que possibilita o trabalho com diferentes áreas do conhecimento,levando à plena formação do aluno. Nessa perspectiva, os PCN foram estruturadosem áreas e temas transversais, permitindo adequações às singularidades de cadalocal.As áreas de conhecimento constituem importantes marcos estruturados deleitura e interpretação da realidade, essenciais para garantir a possibilidadede participação do cidadão na sociedade de uma forma autônoma. Ou seja,as diferentes áreas, os conteúdos selecionados em cada uma delas e otratamento transversal de questões sociais constituem uma representaçãoampla e plural dos campos de conhecimento e de cultura de nosso tempo,cuja aquisição contribui para o desenvolvimento das atividades expressasnos objetivos gerais (BRASIL, 1997, p. 20).

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