54[...] a escola brasileira apenas se expandiu como se fosse dotada depropriedades elásticas ilimitadas, sem sofrer qualquer transformação naqualidade da infraestrutura, currículos e modelos pedagógicos e de seucorpo docente que efetivamente pudessem melhorar a qualidade do ensinoaprendizadoem sala de aula (ELIA, 2008).Em que pese às carências apontadas anteriormente, o cenário atual do usode computadores com acesso à Web nas escolas brasileiras é crescente, pois, acada dia, novas iniciativas e projetos são idealizados e aplicados, contribuindo, cadavez mais, para a evolução na comunicação e interação por meio de aplicativosdiretamente ligados a internet.Hoje, em 2011, o cenário de disseminação da rede (internet) é bastanteotimista, pois pesquisas realizadas recentemente indicam que 70% das escolaspúblicas urbanas do Brasil já estão conectadas à Internet em banda larga (MEC,2009). O Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) foi desenvolvido peloMinistério das Comunicações e vem sendo realizado em parceria com o Ministérioda Educação e as empresas operadoras de telefonia fixa. A vigência do programavai até 2025, com compromisso de ampliação periódica da velocidade, já quequalidade de transmissão é um dos principais fatores para a boa navegação.Com esse aumento periódico, será possível manter a qualidade no serviço,mas é de nosso conhecimento que vários fatores podem influenciar na velocidadede navegação, um deles é a quantidade de equipamentos conectados na mesmarede simultaneamente. Outros aspectos também podem afetar o uso da tecnologia,mas não têm ligação direta com a qualidade de banda, como o domínio datecnologia - ambientação do aplicativo por parte de alunos e professores; eparadigmas do modelo tradicional usado no processo de ensino-aprendizagem.O simples fato de termos esses recursos à disposição não significanecessariamente a ampliação da democratização do acesso às informações. Aomesmo tempo em que a tecnologia aproxima diferentes culturas e amplia aspossibilidades de comunicação, ela também centraliza a produção do conhecimento,pois o acesso a ela ainda é restrito em muito lugares. A informação, por si só, não ésinônimo de conhecimento, pois a forma como cada indivíduo processa ainformação é que determina o tipo de conhecimento que será gerado. Acrescentase,que a quantidade de informações circulantes nos meios de comunicação éinfindável, mas nossa capacidade de assimilar tantos conteúdos continua a mesma.
55Pesquisas recentes com executivos em vários países apontam o aumentode ansiedade, estresse, dificuldade para tomar decisões e diminuição dacapacidade analítica, como sintomas do que chamam de “síndrome dafadiga da informação”, que nada mais é do que a oferta excessiva deinformações, gerando o cansaço ou a ineficiência da comunicação(BRASIL,1997, p.44).Além disso, precisamos levar em consideração a qualidade das informaçõesveiculadas, que atendem a todo tipo de interesses e finalidades e que nem sempresão provenientes de fontes seguras ou apresentam qualidade razoável.Sabemos que não existe igualdade no acesso à tecnologia, apesar de omundo estar interconectado. Em nosso país, problemas como a concentração derenda e a desigualdade social reproduzem a discrepância no que se refere ao usode tecnologia para as mais diversas finalidades, seja na agricultura ou na indústria.Assim, o domínio da tecnologia só tem algum significado se estiver presente nasrelações entre o homem e a sociedade.Historicamente, o domínio da tecnologia e o desenvolvimento que ela propiciasempre mantiveram relações estreitas com o poder. Atualmente, as novastecnologias da informação se configuram como elemento decisivo para odesenvolvimento de qualquer país, sendo necessário, a todo custo, produzi-las ouimportá-las, para não se tornar dependente ou ser excluído dos processosdecisórios de interesse mundial. Da mesma forma, os indivíduos que não possuemacesso a esses meios não têm condições de participar ativamente no mundo atual,gerando ainda mais desigualdade, pois, embora ainda estejamos bem longe desermos uma sociedade tecnológica, vivemos um processo veloz de desenvolvimentotecnológico, que acarreta mudanças significativas para o homem e a sociedade,principalmente nas formas de aprender e trabalhar (BRASIL, 1997).As alterações na forma de executar diversas tarefas, que agora contam com oapoio da tecnologia para torná-las mais ágeis e produtivas, bem como a automaçãode diversos serviços, têm gerado desemprego e tornado obsoletas algumasposições de trabalho, o que mudou drasticamente o perfil do trabalhador nesteséculo. Agora, sua empregabilidade, em muitos casos, depende da qualificaçãoprofissional, da atualização, da demonstração de habilidades, competências ecapacidade de lidar com as novas tecnologias. O mercado de trabalho tende abuscar profissionais com “conhecimentos atualizados, iniciativa, flexibilidade mental,
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