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miolo sho2009_indices v8 - Departamento de Produção e Sistemas ...

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Colóquio internacional sobre segurança e higiene ocupacionaisSho2009extremamente inflamáveis, facilmente inflamáveis, inflamáveis, muito tóxicas, tóxicas, nocivas,corrosivas, sensibilizantes, irritantes, tóxicas para a reprodução, perigosas para o ambiente,explosivas, comburentes, mutagénicas e cancerígenas, colocando em perigo o homem e oambiente [4]. A manipulação e o tratamento dos tecidos e fluidos orgânicos, a utilização e adisposição organizacional dos equipamentos, pressupõem factores <strong>de</strong> risco ocupacional quemerecem especial atenção [5].Em laboratórios <strong>de</strong> anatomia patológica, as substâncias químicas mais utilizadas são o xileno,o formal<strong>de</strong>ído, os ácidos e o etanol, entre outras substâncias tóxicas que facilmentecontaminam o ar ambiente. Estas substâncias po<strong>de</strong>m penetrar no organismo humano por viarespiratória e cutânea [5].O xileno e o formal<strong>de</strong>ído são uma componente importante e quase ubiquitária da rotinalaboratorial, sendo frequentemente percepcionada pelos técnicos como uma fonte <strong>de</strong>problemas para a saú<strong>de</strong>, quer agudos, quer crónicos [5]. Aproximadamente 2.000.000trabalhadores estão regularmente expostos a substâncias neurotóxicas, como o xileno [6].Comparados com muitos riscos com que a população se <strong>de</strong>para diariamente, os riscosquímicos encontram-se muitas vezes associados a neoplasias, uma consequência grave para asaú<strong>de</strong> [5]. Facto pon<strong>de</strong>rado pela International Agency for Research on Câncer (IARC) e quepropiciou a alteração da classificação do formal<strong>de</strong>ído do grupo 2A para o grupo 1 – substânciacarcinogénica para humanos [7].Em 2004, Brown reforça o pensamento <strong>de</strong> Dickel et al., mencionando que meta<strong>de</strong> das<strong>de</strong>rmatites por contacto ocupacionais (DCO) observadas surgem nos primeiros dois anos <strong>de</strong>trabalho, aquando se negligenciam os potenciais perigos para a saú<strong>de</strong>, o que po<strong>de</strong>rá conduzira indulgência no local <strong>de</strong> trabalho. No mesmo estudo, ao referir Mathias, Brown comenta queno <strong>de</strong>senrolar da activida<strong>de</strong> laboral existe um risco aumentado <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver sinais esintomas adiantados <strong>de</strong> DCO e estes <strong>de</strong>vem surgir o mais tardiamente possível. Deve recorrerseà utilização <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> protecção individual e higiene ambiental [8].As patologias cutâneas ou respiratórias alérgicas têm sido consi<strong>de</strong>radas como um dosprincipais problemas ocupacionais entre os trabalhadores da área da saú<strong>de</strong> [9-11].As substâncias químicas são assim factores <strong>de</strong> risco, e segundo o DL n.º 441/91 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong>Novembro, em todas as activida<strong>de</strong>s laborais os perigos <strong>de</strong>vem ser i<strong>de</strong>ntificados e os riscosavaliados. Refere ainda que os trabalhadores <strong>de</strong>vem ter ao seu dispor meios <strong>de</strong> protecção e <strong>de</strong>prevenção, bem como informação sobre a sua aplicabilida<strong>de</strong>, relativamente ao posto <strong>de</strong>trabalho ou função, quer no serviço em geral [12, 13].Em 2004, Bressan et al. entrevistaram 68 funcionários <strong>de</strong> laboratório, sobre o manuseamento<strong>de</strong> xileno, e os dados revelaram uma ausência <strong>de</strong> padronização e controlo no uso <strong>de</strong>equipamentos <strong>de</strong> protecção individual e colectivos, como hottes e sistemas <strong>de</strong> exaustão geral[14]. Todos os trabalhadores, para além <strong>de</strong> uma formação sobre o modo como se <strong>de</strong>vemproteger, <strong>de</strong>vem igualmente receber informação <strong>de</strong> como utilizar e cuidar dos equipamentos <strong>de</strong>protecção individual [15].Em termos <strong>de</strong> hierarquia <strong>de</strong> prevenção, em primeiro lugar <strong>de</strong>vem adoptar-se medidas <strong>de</strong>protecção colectiva e recorrer a medidas <strong>de</strong> protecção individual apenas se estritamenteinevitável [5].A Directiva 89/656/CEE e o DL n.º 348/93, <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Outubro prevêem a obrigação da entida<strong>de</strong>patronal em fornecer gratuitamente aos trabalhadores um equipamento <strong>de</strong> protecção individual(EPI) a<strong>de</strong>quado aos riscos a prevenir, que não seja, ele próprio, gerador <strong>de</strong> novos riscos [16,17]. No entanto, entre os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a principal fonte <strong>de</strong> exposição alérgica temsido o uso <strong>de</strong> luvas <strong>de</strong> látex com pó [18-20]. Estes documentos legais visam também que osEPI´s <strong>de</strong>vem ter em consi<strong>de</strong>ração parâmetros pessoais associados ao utilizador e à naturezado seu trabalho [16, 17]. Por exemplo, se forem fornecidos vários EPI´s a um técnico <strong>de</strong>anatomia patológica, estes <strong>de</strong>vem ser compatíveis entre si (e.g. utilização <strong>de</strong> uma máscarapanorâmica com filtros para vapores orgânicos (com ponto <strong>de</strong> ebulição superior a 65ºC eformal<strong>de</strong>ído) em substituição <strong>de</strong> um máscara respiratória e óculos <strong>de</strong> protecção) [21].Um estudo revelou que três gran<strong>de</strong>s unida<strong>de</strong>s hospitalares do distrito do Porto, não integravamnos seus quadros um Técnico Superior <strong>de</strong> Higiene e Segurança no Trabalho [5]. Cadalaboratório, grupo <strong>de</strong> laboratórios, sector, ou outro local on<strong>de</strong> sejam realizadas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>manipulação <strong>de</strong> químicos, ou haja riscos <strong>de</strong> transvase, armazenamento ou manipulação <strong>de</strong>produtos químicos, <strong>de</strong>ve ter uma pessoa ou comissão responsável pela supervisão da área <strong>de</strong>segurança [7].396

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