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miolo sho2009_indices v8 - Departamento de Produção e Sistemas ...

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Colóquio internacional sobre segurança e higiene ocupacionaisSho2009<strong>de</strong> aperfeiçoamento da segurança ocupacional o que pressupõe indicadores pró-activos quefavoreçam informação credível e estruturada.O risco, assume neste domínio um padrão dicotómico quanto às representações individuais.Por um lado o efeito proactivo <strong>de</strong> uma “boa” percepção do risco, pela qual se analisa, avalia econtrola <strong>de</strong> forma eficaz traduzindo assim a dinâmica estocástica presente na acção quotidianado trabalho “aparentemente seguro”. Pelo lado oposto verificamos que em momento algum arealida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser tomada por “completamente segura” verificando-se nesta acção umaexposição ao risco. Mesmo nos sistemas organizacionais orientados para a prevenção dosriscos profissionais o acto <strong>de</strong> correr riscos surge (em alguns casos) como estando associado auma baixa percepção do risco e que traduz, <strong>de</strong> forma igual, uma situação dinâmica sendo que<strong>de</strong>sta feita conduz invariavelmente a uma situação <strong>de</strong> perigo, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adora <strong>de</strong> novadinâmica, esta agora, incontrolável. Assim a subjectivida<strong>de</strong> da análise persiste no plano daspercepções individuais e está presente na avaliação <strong>de</strong> risco, sendo que a “avaliação” por<strong>de</strong>finição é subjectiva. Apesar disso, a percepção do risco bem como outros factorespsicossociais é <strong>de</strong>terminante no nosso comportamento po<strong>de</strong>ndo advir daí maior ou menorexposição ao risco [5].Contudo, não é espectável que todos os indivíduos reajam <strong>de</strong> forma idêntica ao risco.Sintetizando este conceito po<strong>de</strong>mos dizer que existem diferenças interpessoais, incluindo asdiferenças <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente da ida<strong>de</strong> e das diferentes experiências <strong>de</strong> vida, asquais se presume po<strong>de</strong>rem influenciar a susceptibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exposição ao risco (autoexposição) ou a apetência <strong>de</strong> cada indivíduo em proteger-se do mesmo [1].Este facto reflecte-se na prática na cultura <strong>de</strong> segurança em dois planos e <strong>de</strong> forma integrada.No plano dos factores materiais do trabalho nomeadamente através da forma como se criam(ou não) as condições <strong>de</strong> segurança e saú<strong>de</strong> no trabalho e se conduz a “hierarquia dasmedidas preventivas” no controlo do processo produtivo [6]. No plano organizacional pelainfluência premente no clima <strong>de</strong> segurança e na atitu<strong>de</strong> comportamental dos indivíduos. Destesdois planos verificam-se <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> representações que têm consequências drásticas para ostrabalhadores e para as empresas pelo que o presente estudo preten<strong>de</strong> medir alguns <strong>de</strong>sses<strong>de</strong>svios e evi<strong>de</strong>nciar os factores ou elementos que mais influenciam na percepção dostrabalhadores.MÉTODOS E TÉCNICASEstudo (Ergonómico) do Trabalho versus Avaliação <strong>de</strong> RiscoO estudo ergonómico do trabalho é uma das formas mais valiosas na análise e avaliação <strong>de</strong>problemáticas ocupacionais, é fundamentalmente uma metodologia <strong>de</strong> análise do contexto real<strong>de</strong> trabalho, tendo em vista o diagnóstico baseado numa perspectiva <strong>de</strong> natureza ergonómica etendo em vista a optimização da activida<strong>de</strong> real. Trata-se <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> análise eavaliação mas, sobretudo, <strong>de</strong> correcção dos <strong>de</strong>svios existentes entre o trabalho prescrito e otrabalho real [2]. Numa análise mais metodológica po<strong>de</strong>rá dizer-se que o estudo do trabalhoconstitui, uma abordagem pró-activa e paradoxal pela sua vasta linha da acção, permitindoestabelecer diferentes leituras e benefício consoante utilizado enquanto objectivo ou objecto daanálise. Em simultâneo traduz um processo sistémico <strong>de</strong> melhoria numa perspectiva sóciotécnica,com base na integração dos trabalhadores na análise da sua activida<strong>de</strong> real e naavaliação do risco alicerçado em mecanismos integradores privilegiando a reflexão sobre osfactores influenciadores do comportamento humano potenciando <strong>de</strong>sta forma a autonomia dosseus intervenientes. Existem várias técnicas para a aplicação <strong>de</strong>sta metodologia, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndodo contexto real <strong>de</strong> trabalho on<strong>de</strong> se vai efectuar análise. Contudo, todas elas têm algo emcomum a reflexão sobre o contexto real <strong>de</strong> trabalho (elemento fundamental que estabeleceligação entre a técnica e a metodologia), sendo que daí se verifica que a recolha e análise <strong>de</strong>dados relativos ao terreno e à realida<strong>de</strong> concreta dos trabalhadores, bem como afundamentação e diagnóstico prévio que servirão como referencial para as posterioresanálises. Note-se, isto não implica que o diagnóstico inicial não possa ser alterado sempre queassim se justifique [2].Assim, numa primeira fase do estudo e pelo anteriormente referido, estabeleceu-se um espaçotemporal <strong>de</strong> observação minuciosa da activida<strong>de</strong> real paralela à acção laboral no âmbito daprevenção <strong>de</strong> riscos profissionais, constituiu-se assim, uma aproximação aos trabalhadores,402

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