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Volume 3 - Jonas Mekas - Via: Ed. Alápis

Jonas Mekas

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Newsreel. O mesmo ocorreu com os festivais de cinema: ficamos fora<br />

deles. Quer dizer, até agora. Porque agora as coisas são diferentes. O<br />

ar está cheio de desespero e vileza. Quem está criando este desespero?<br />

Será que tenho uma resposta para ele? Temo que as coisas estejam<br />

fora de controle. Mas me parece que é assim que elas sempre estiveram<br />

quando as enxergamos do ponto de vista do verme...<br />

1969<br />

22 de maio<br />

Sobre os cine-estruturais<br />

Durante os últimos dois anos (aproximadamente) surgiu todo<br />

um grupo de cineastas que parece ter uma série de coisas em comum.<br />

Quais são as qualidades que agrupam, ao menos para mim, as obras de<br />

Michael Snow, Paul Sharits, Ken Jacobs, Ernie Gehr, Hollis Frampton,<br />

Joyce Wieland, George Landow, e o trabalho recente de Robert Breer?<br />

Cada um particularmente está preocupado com a manipulação consciente<br />

do movimento e da luz. O movimento e a luz são a essência de<br />

seu trabalho. Sitney os chamou de estruturais. Ele acha que a estrutura<br />

nas obras deles é o ponto essencial. Eles estão ligados ao movimento<br />

da arte minimalista, de um jeito ou de outro. De fato, eles devem ser<br />

os únicos verdadeiros minimalistas.<br />

Em todo caso, eu os acho o grupo mais dinâmico e mais produtivo<br />

de artistas trabalhando em cinema hoje, e o que traz as contribuições<br />

mais interessantes e mais originais.<br />

Na última quarta-feira, o Whitney Museum premiou dois novos<br />

trabalhos de Michael Snow, One Second in Montreal [1969] e < ><br />

[1969] (é um título gráfico; não possui título fonético 9 ). É difícil di-<br />

115<br />

9 Após a publicação deste artigo, Snow e os críticos passaram a pronunciar Back and Forth como<br />

título, o que traduzido literalmente para o português resultaria em Para trás para frente. Uma alusão<br />

aos movimentos de câmera no filme. [N.T.]

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