09.04.2017 Views

curso-28991-aula-00-v1

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>00</strong><strong>00</strong><strong>00</strong><strong>00</strong><strong>00</strong>0<br />

Direito Eleitoral TRE-RJ 2017<br />

AJAA e TJAA<br />

Aula <strong>00</strong> - Prof. Ricardo Torques<br />

É VEDADO À MEDIDA PROVISÓRIA DISPOR SOBRE<br />

DIREITOS POLÍTICOS, PARTIDOS POLÍTICOS E<br />

DIREITO ELEITORAL.<br />

3.6 - Consultas<br />

As consultas não são fontes formais ou diretas do Direito Eleitoral, mas tão<br />

somente fontes interpretativas e de caráter material. Vejamos o porquê!<br />

As consultas consistem na atribuição conferida aos TREs e ao TSE para<br />

responder questionamentos feitos por autoridades competentes, desde<br />

que não se refira a um caso concreto propriamente, pois seria uma forma<br />

irregular de antecipar o julgamento de determinado processo judicial eleitoral.<br />

Assim, a consulta constitui uma forma de orientar as partes envolvidas no<br />

processo eleitoral, com a finalidade de evitar processos judiciais. Dessa forma,<br />

após as consultas, os interessados sentem-se seguros dos atos praticados<br />

durante todo o processo das eleições, sem necessidade de recorrer às ações<br />

judiciais.<br />

A consulta não possui caráter vinculante, muito menos erga omnes.<br />

E o que isso significa?<br />

Uma decisão judicial, após o trânsito em julgado, possui efeito vinculante entre<br />

as partes. Isso significa dizer que a decisão judicial proferida vincula a parte de<br />

modo que ela não poderá deixar de observar a decisão. O caráter erga omnes,<br />

por sua vez, indica que a lei, ou ato jurídico, atinge a todos. Tais efeitos não se<br />

aplicam à consulta, que constitui apenas um posicionamento da Justiça Eleitoral<br />

sobre determinada matéria que tem gerado dúvida na comunidade, sem vincular<br />

ninguém e sem se aplicar a todos indistintamente.<br />

Assim, é possível que o TRE ou o TSE decidam, no exercício da função<br />

jurisdicional, de modo diverso do entendimento exarado em consulta.<br />

A competência para responder às consultas é atribuída ao TRE e ao TSE. Quanto<br />

a este, vejamos o que dispõe o art. 23, XII, do Código Eleitoral:<br />

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, (...)<br />

XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por<br />

autoridade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político; (...)<br />

Já em relação ao TER, a competência vem disciplinada no art.<br />

Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais: (...)<br />

VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por<br />

autoridade pública ou partido político; (...)<br />

Notaram alguma diferença entre os dispositivos?<br />

Há uma diferença bastante relevante que, comumente, é objeto de prova. No<br />

âmbito do TSE, as consultas serão formuladas por autoridade de jurisdição<br />

federal ou órgão nacional de partido político. Já no âmbito dos TRE; as consultas<br />

poderão ser formuladas por autoridade pública ou por partido político.<br />

Prof. Ricardo Torques www.estrategiacon<strong>curso</strong>s.com.br 20 de 126<br />

<strong>00</strong><strong>00</strong><strong>00</strong><strong>00</strong><strong>00</strong>0 - DEMO

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!