Revista ABA Novembro 2017
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enisaksoy/iStock<br />
A conta do digital hub foi entregue para a iProspect<br />
(que pertence à Dentsu Aegis Network), responsável<br />
hoje por todo o planejamento de mídia digital<br />
das marcas da P&G. Segundo a executiva, o modelo<br />
tem funcionado muito bem, tanto que está sendo exportado<br />
para outros mercados da P&G. “Isso não quer<br />
dizer que as nossas agências de ATL (Publicis, Grey e<br />
Wieden+Kennedy) não olham mais para o digital. Elas<br />
criam para as marcas com campanhas 360º, mas a<br />
compra de mídia digital é feita pela iProspect, em colaboração<br />
com as agências de ATL. O papel da iProspect<br />
é fazer o melhor em termos de custo e benefício para<br />
a P&G”, ressalta Poliana. O investimento publicitário da<br />
P&G no mercado brasileiro foi de R$ 843 milhões de janeiro<br />
a junho de <strong>2017</strong>, segundo o ranking da Kantar<br />
Ibope Media.<br />
José Cirilo: J&J aposta em<br />
expertises diferentes<br />
A Johnson & Johnson, outro grande anunciante,<br />
também dividiu a sua conta online e offline há cerca<br />
de três anos. “No offline, trabalhamos com duas agências,<br />
a DM9 e a J. Walter Thompson. No digital, temos<br />
três agências parceiras: a DM9, a Sunset e a AG2. Essa<br />
divisão pretende equilibrar a distribuição das marcas<br />
entre as agências, pois entendemos que centralizá-las<br />
em apenas uma seria um risco do ponto de vista de<br />
planejamento e capacidade criativa. Além disso, acreditamos<br />
que a concorrência é boa em todos os momentos,<br />
inclusive na parte criativa”, afirma José Cirilo,<br />
diretor de marketing da Johnson & Johnson Consumo<br />
do Brasil. Para o executivo, as formas de se comunicar<br />
com o consumidor no ambiente online e offline são diferentes.<br />
Cirilo acredita que as agências possuam expertises<br />
diferentes. “Ainda existem aquelas com expertise em<br />
TV e, outras, com expertise em digital. Mesmo as agências<br />
digitais que estão se destacando no mercado não<br />
têm necessariamente expertise para fazer uma criação<br />
para TV”, avalia Cirilo. Na opinião do diretor, a gestão da<br />
comunicação integrada deve ser feita pelo marketing<br />
da empresa e não pelas agências. Na Johnson & Johnson,<br />
é feita uma reunião mensal de governança com<br />
a presença de todas as agências parceiras para apresentar<br />
e avaliar o que cada uma está criando e como<br />
elas podem se ajudar e contribuir com o todo. “O trabalho<br />
integrado deve sair de uma liderança”, afirma Cirilo.<br />
Além da reunião mensal, a Johnson & Johnson tem um<br />
comitê de mídia operacional para o planejamento e a<br />
execução de mídia. “Essa foi uma grande mudança para<br />
a empresa e para o mercado, pois a mídia começa a<br />
ser discutida já a partir do processo criativo”, explica ele.<br />
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