Revista ABA Novembro 2017
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aba Mídia<br />
Bia Granja: “Entre os jovens de 15 a<br />
25 anos, 66% usam algum tipo de<br />
bloqueador de anúncios, mas 68%<br />
seguem as marcas nas mídias sociais”<br />
166 conhecíamos eles apenas como blogueiros e a ascensão<br />
ganhou muita força a partir de 2010, com a chegada<br />
deles ao YouTube. Agora há influência geracional<br />
com nomes como Kéfera e Whindersson Nunes. Os<br />
influenciadores geram engajamento e entregam valor<br />
em toda a cadeia. Entre os jovens de 15 a 25 anos, 66%<br />
usam algum tipo de bloqueador de anúncios, mas<br />
68% seguem as marcas nas mídias sociais. Isso significa<br />
que os jovens querem interação e relacionamento<br />
com as marcas e os influenciadores constituem um<br />
bom caminho”.<br />
Bia acrescentou: “Audiência não pode ser parâmetro<br />
porque ela pode ter muita força em nichos específicos.<br />
O ideal é que cada objetivo de negócio se<br />
desdobre em uma comunicação com métricas e KPIs<br />
definidos em cada caso. As marcas precisam assumir<br />
o custo de ignorar, pois ainda não se sabe mensurar<br />
tudo nesta vertente”.<br />
Com participação decisiva para a viabilização da<br />
MTV no país, especialmente por trazer novos nomes<br />
para o meio TV, que terminaram sendo, por assim dizer,<br />
os influenciadores do seu tempo, o CEO da Zoomin.TV,<br />
Paulo Leal, contextualizou com dados históricos, como,<br />
por exemplo, a influência do cinema<br />
na produção de conteúdo<br />
para TV e YouTube.<br />
“Há várias transformações<br />
nos meios e dispositivos de<br />
consumo de mídia nas últimas<br />
cinco décadas. A tela grande<br />
influencia nossos hábitos e<br />
os meios se somam e não se<br />
eliminam. Com todas as transformações,<br />
a influência começou<br />
a ganhar relevância exponencial<br />
quando as pessoas<br />
passaram a produzir conteúdo<br />
e as próprias redes de audiência,<br />
engajando seguidores,<br />
até mesmo, em nichos de extrema<br />
segmentação. Há muitas oportunidades para<br />
conteúdo nativo e envolvente. A publicidade pode ser<br />
paga, mas colaborativa, com alto poder para venda de<br />
produtos e serviços. É muito importante deixar de interromper<br />
para oferecer o que as pessoas gostam e<br />
querem, pois a audiência é voluntária e solidária”, destacou<br />
Leal.<br />
deBAte<br />
Érica Campbell, Diretora de Mídia e CRM da L’Oréal,<br />
e Conselheira e Presidente do Comitê de Mídia da<br />
<strong>ABA</strong>, foi a âncora do debate do painel sobre o poder<br />
dos influenciadores digitais. Ela fez questionamentos<br />
relevantes sobre métricas e como se dá o processo de<br />
trabalho com os influenciadores digitais.<br />
“Penso que o melhor caminho é mensurar de acordo<br />
com os vários formatos da forma desejada”, observou<br />
Leal. “Acredito muito nos comentários da audiência<br />
como métrica para os trabalhos que realizamos em<br />
cocriação. Trata-se da principal base para conhecer<br />
a profundidade e a interação que a ação gerou.<br />
O processo pode ser bastante fértil, mas deve ser facilitado<br />
por fatores como a integração da área de social,<br />
com foco na proposição de conversas em vez da atuação<br />
reativa. É necessário adaptar a linguagem e criar<br />
segmentações para o conteúdo também pode ajudar,<br />
pois cada negócio tem DNA diferente e reage de forma<br />
singular no meio digital. Ao estabelecer esse fluxo,