Revista ABA Novembro 2017
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ena <strong>2017</strong><br />
Propaganda digital amplia espaço<br />
56<br />
Com moderação da executiva Natacha Volpini,<br />
Head of Digital & Content da Heineken e VP do Comitê<br />
de Mídia da <strong>ABA</strong>, Alejandro Fosk, Vice-Presidente Sênior<br />
da comScore na América Latina, explicou no terceiro<br />
painel do ENA <strong>2017</strong> que há novos instrumentos para a<br />
mensuração de campanhas digitais. Porém, ele recomenda<br />
às agências, anunciantes e veículos de comunicação<br />
não estarem com olhos fechados para algumas<br />
questões.<br />
“Há mais complexidade”, disse Fosk. Ele quer<br />
dizer que no ambiente tradicional de comunicação<br />
o controle era mais simples, mas exigia planejamento<br />
extremado e compra de mídia e muita<br />
negociação para otimizar investimentos. Então o<br />
digital tornou as coisas mais difíceis para agências,<br />
anunciantes e canais de mídia? “O momento atual<br />
traz mais facilidades”, acrescenta.<br />
O digital trouxe a possibilidade de as marcas<br />
correrem alguns riscos, o que pode parecer perda<br />
de controle. Mas permite revisão automática<br />
do planejamento,<br />
além de a cauda longa possibilitar<br />
um alcance maior<br />
das mensagens e dos direcionamentos<br />
mais exatos da<br />
mídia programática.<br />
“Antes havia mais desperdício,<br />
hoje o mercado é<br />
muito eficiente. Contudo,<br />
perdemos o controle, a capacidade<br />
de saber exatamente<br />
onde a propaganda é vista e<br />
às vezes sentimos culpa nisso<br />
e, ao mesmo tempo, confiança<br />
no setor pelo mesmo<br />
motivo. O importante é ligar<br />
os pontos e iluminar a jornada<br />
digital como um todo,<br />
usando insights e conhecimento, para<br />
que os anunciantes tenham melhores<br />
resultados nas suas campanhas. A jornada precisa<br />
começar com boa inteligência. Nesse caso, é recomendável<br />
realizar pesquisas antes de a campanha<br />
ser veiculada para entender quem a marca quer<br />
alcançar e quais ferramentas serão utilizadas para<br />
atingir bons resultados”.<br />
Fosk explicou, ainda, que o uso da ativação une<br />
o conteúdo às audiências, elevando os índices<br />
de relevância. “Mas pode ser um perigo colocar<br />
um conteúdo junto com a marca. Não é apenas<br />
a preocupação de uma campanha estar em um<br />
site pornográfico ou racista, mas também ver se<br />
uma peça publicitária para vender passagens aéreas<br />
não está ao lado de uma notícia de acidente<br />
aéreo. Ligar a publicidade ao conteúdo editorial é<br />
importante, mas com cuidado”, ele recomendou.<br />
Ele finalizou sua intervenção falando do uso<br />
correto da otimização. “Há aspectos que podem<br />
dar errado. Pode-se planejar a campanha perfeita,<br />
saber os sites em que<br />
será veiculada, fazer ativação<br />
e não ter impacto algum.<br />
Mensurar tráfegos não humanos<br />
é um problema sério.<br />
A fraude se torna mais<br />
sofisticada e precisamos ter<br />
ferramentas para analisar se<br />
há tráfego humano ou não.<br />
No digital há mais meios de<br />
mensuração do que a mídia<br />
tradicional. Talvez quando<br />
o anúncio passe na TV não<br />
tenha ninguém na sala assistindo.<br />
Temos meios de<br />
mensuração no digital e<br />
mostramos resultados, mas<br />
isso põe o anúncio digital na<br />
berlinda. Ao mesmo tempo,<br />
temos de acompanhar o público<br />
para ver até que ponto<br />
se interessa e se envolve”.