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Revista ABA Novembro 2017

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52<br />

ena <strong>2017</strong><br />

Marcas precisam<br />

ter propósito<br />

O marketing de causa avança. O consumidor faz<br />

questão de enxergar propósitos bem estruturados na<br />

formulação mercadológica das marcas. Para ser uma<br />

lovemark no mind set do cliente e ser reconhecida por<br />

ele como agente propositiva, como explicou Daniele<br />

Tranchini, global CEO da La Fabbrica no painel “Marcas<br />

e propósito: muito além do marketing”, não é mais uma<br />

questão opcional para as empresas. Esse sentimento é<br />

um novo elemento para estar no DNA da empresa.<br />

“Não é só o marketing que deve buscar propósito;<br />

é uma missão de toda a empresa”, recomendou<br />

Tranchini, citando a Apple de Steve Jobs como exemplo.<br />

“Ele quis mudar o mundo e não apenas comercializar<br />

computadores. O seu jeito foi um marco no mundo<br />

corporativo, porque Jobs deixou esse propósito bem<br />

definido no seu discurso. O marketing de causa, porém,<br />

é apenas a ponta do iceberg”, explicou.<br />

O polêmico Donald Trump foi relacionado por<br />

Tranchini, não como exemplo para definir um padrão,<br />

mas porque ele é fiel ao seu modelo. “Mesmo quem<br />

é contra o seu jeito, sabe o que permeia sua intenção.<br />

No caso do marketing, é necessário saber criar paixão e<br />

compromisso; cada vez mais as pessoas escolhem produtos<br />

pela razão. Quem insistir em vender sabores<br />

e programas de milhagem, vai se deparar com<br />

a necessidade de as pessoas terem a certeza<br />

de que há um propósito real por<br />

trás das propostas”.<br />

Tranchini avalia que a paixão é o nutriente básico<br />

para abraçar uma causa. Por que, nas suas palavras,<br />

gera comprometimento, além de criar pontes com as<br />

pessoas. “Humanos se conectam a propósitos e não a<br />

produtos”, ele sintetizou. O novo contexto tem como<br />

ator principal a geração Millennial, que agrega seu<br />

estilo de consumo à sociedade, mas que não é refratária<br />

ao consumo e está aberta a produtos Premium.<br />

A questão do propósito, segundo Tranchini, é tão vital<br />

que 15% dos trabalhos finalistas no festival Cannes<br />

Lions deste ano são diretamente ligados ao propósito<br />

das organizações. Tendência que, em sua opinião, vai<br />

ganhar cada vez mais musculatura.<br />

“Os millennials são filhos da transição, têm opinião,<br />

são mais instruídos e querem ganhar dinheiro, mas estão<br />

revendo sua relação com as marcas. E quando não<br />

concordam, simplesmente compartilham esse pensamento<br />

nas redes sociais. A vantagem é que entre 75%<br />

e 91% dessa geração gosta de dizer que viu algo positivo.<br />

Uma boa reputação gera vendas e lucro, resiliência,<br />

além de dar mais voz às abordagens institucionais. Os<br />

millennials não querem que lhe digam como devem<br />

proceder; eles exigem provas”, disse Tranchini, lembrando<br />

que sete marcas aceitas pelos millennials, entre<br />

as quais o Google, Microsoft e Facebook, concentram<br />

faturamento anual de US$ 3,3 trilhões, “maior do<br />

que o PIB dos países africanos”.

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