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Tratamento de Minérios

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CETEM <strong>Tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Minérios</strong> – 5ª Edição 91<br />

Estas duas Tabelas <strong>de</strong>ixam claro o contraste entre os novos líquidos em base<br />

aquosa, que são muito pouco tóxicos (consi<strong>de</strong>rando-se manuseio responsável), mas com<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s relativamente mais baixas e com um problema operacional sério por causa<br />

<strong>de</strong> sua alta viscosida<strong>de</strong>, e líquidos orgânicos <strong>de</strong> operação bem mais simples e eficiente,<br />

mas que po<strong>de</strong>m ser muito tóxicos, e exigem capela e equipamento <strong>de</strong> proteção<br />

individual bem dimensionados. Como espera-se que um laboratório <strong>de</strong> caraterização<br />

disponha <strong>de</strong> pessoal preparado e infra-estrutura <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> trabalho razoável, o<br />

io<strong>de</strong>to <strong>de</strong> metileno ainda é a opção preferida na maioria dos casos, pois atinge a maior<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, tem viscosida<strong>de</strong> baixa, excelente molhabilida<strong>de</strong> das partículas, e é<br />

relativamente menos tóxico do que o bromofórmio e o TBE. Em termos <strong>de</strong> preço, é mais<br />

caro do que ambos (custa aproximadamente o dobro), mas é bem mais barato que os<br />

líquidos novos em base aquosa. Como geralmente se separa quartzo (eventualmente<br />

feldspato), com <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> entre 2,5 e 2,7, o bromofórmio, <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> 2,81 a 2,90 e<br />

custando a meta<strong>de</strong> do io<strong>de</strong>to, po<strong>de</strong> ser uma boa opção.<br />

Os líquidos <strong>de</strong>nsos apresentam duas limitações, a operação em batelada<br />

(e pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amostra, a não ser que se disponha <strong>de</strong> um volume muito<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> líquidos) e a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, que não ultrapassa os 3,32 do io<strong>de</strong>to <strong>de</strong> metileno<br />

(sem consi<strong>de</strong>rar a solução <strong>de</strong> Clérici, <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> 4,3, extremamente cara e tóxica).<br />

Uma nova opção no mercado é a suspensão coloidal <strong>de</strong> carbeto <strong>de</strong> tungstênio (WC)<br />

micronizado em politungstato <strong>de</strong> sódio, que atinge <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> até 4,6 kg/L.<br />

Na prática, no entanto, esta suspensão não apresenta o efeito propalado, pois a sua<br />

<strong>de</strong>cantação forma um gradiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s sobre o qual não se tem controle, e<br />

porque a suspensão torna-se turva e escura, dificultando a <strong>de</strong>finição do ponto <strong>de</strong> corte<br />

no funil, problema potenciado pela alta viscosida<strong>de</strong> da suspensão e portanto lenta<br />

separação.<br />

A separação no funil, principalmente utilizando-se os líquidos orgânicos, é<br />

eficiente para quase todas as amostras, <strong>de</strong>ntro das limitações já comentadas. Se há um<br />

gran<strong>de</strong> predomínio <strong>de</strong> partículas mais leves ou mais pesadas, uma pré-separação num<br />

becher ou outro frasco <strong>de</strong> boca larga, com recolhimento do flutuado com uma peneira<br />

com haste, po<strong>de</strong> melhorar o <strong>de</strong>sempenho. Para utilização dos líquidos <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong><br />

mais elevada, ou ainda para separar, <strong>de</strong> maneira mais eficiente, partículas finas, que<br />

ten<strong>de</strong>m a aglomerar, po<strong>de</strong> ser utilizada uma centrífuga, que acelera bastante o<br />

processo e aumenta a sua eficiência. Uma maneira prática <strong>de</strong> operacionalizar a<br />

separação em centrífuga é adaptando-se tubos <strong>de</strong> ensaio (com tampa) num vidreiro, <strong>de</strong><br />

maneira que eles fiquem com uma “cintura” aproximadamente na sua meta<strong>de</strong>,<br />

permitindo que a porção superior com o material flutuado possa ser entornada e lavada<br />

mantendo-se a porção inferior isolada por meio <strong>de</strong> uma rolha (cônica, <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou<br />

borracha) com haste. A limitação, neste caso, é com o volume <strong>de</strong> líquido e<br />

consequentemente <strong>de</strong> amostra passível <strong>de</strong> ser separada em cada tubo.

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