09.12.2017 Views

Tratamento de Minérios

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

740 Aglomeração – Parte II: Pelotização CETEM<br />

cavida<strong>de</strong>s internas <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong> minério não preenchidas ou parcialmente<br />

preenchidas com fases escorificadas ou minério <strong>de</strong> ferro;<br />

cavida<strong>de</strong>s vazias provenientes do consumo <strong>de</strong> carvão; trincas.<br />

Yang e Standish (21) , em seus estudos, dividiram a estrutura das pelotas <strong>de</strong> minério<br />

<strong>de</strong> ferro em duas partes: (i) a parte mineral composta <strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferro e fases<br />

escorificadas e (ii) os poros. Esses estudos mostraram que há uma forte influência da<br />

composição química das pelotas na porosida<strong>de</strong> e propuseram alguns mecanismos para<br />

a formação dos poros:<br />

Durante o aquecimento das pelotas, no processo <strong>de</strong> queima, ocorre calcinação do<br />

calcário (CaCO 3 ), por meio da reação CaCO 3 → CaO + CO 2 , liberando dióxido <strong>de</strong> carbono<br />

(CO 2 ). A liberação <strong>de</strong> CO 2 possibilita a geração <strong>de</strong> trincas <strong>de</strong>vido à expansão volumétrica<br />

<strong>de</strong>ste gás. O monóxido <strong>de</strong> cálcio formado (CaO) reage com o mineral <strong>de</strong> ferro (Fe 2 O 3 ),<br />

formando compostos <strong>de</strong>nominados ferritos <strong>de</strong> cálcio (CF), <strong>de</strong> baixo ponto <strong>de</strong> fusão, os<br />

quais se mantêm líquidos nas temperaturas <strong>de</strong> queima, fluindo imediatamente pelos<br />

capilares provenientes do processo <strong>de</strong> pelotamento, <strong>de</strong>vido à tensão superficial e/ou<br />

forças <strong>de</strong> capilarida<strong>de</strong>, para a superfície do CaO, para as superfícies em torno das<br />

partículas <strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferro, para os vazios, para o interior das partículas <strong>de</strong> CaO, por<br />

meio <strong>de</strong> trincas, e para o interior das partículas <strong>de</strong> minério, por meio <strong>de</strong> poros abertos.<br />

Reações entre o minério <strong>de</strong> ferro e o CaO continuam ocorrendo entre os pontos <strong>de</strong><br />

contato diretamente ou por meio da fase líquida, que continua dissolvendo o CaO.<br />

Quanto mais líquido é formado, menores vão se tornando as partículas <strong>de</strong> CaO, até este<br />

ser completamente consumido e, em seu lugar, estarão formados poros.<br />

A fase líquida po<strong>de</strong>rá preencher totalmente ou parcialmente alguns vazios entre as<br />

partículas <strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferro.<br />

A queima <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong> carvão contidas nas pelotas libera gás e, com isso, <strong>de</strong>ixa<br />

espaços vazios.<br />

O tamanho e a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong> calcário e carvão exercem forte influência<br />

na estrutura dos poros.<br />

Assim, os poros formados pelo mecanismo <strong>de</strong> formação proposto por Yang e<br />

Standish (21,22) po<strong>de</strong>m ser classificados em cinco tipos:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!