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Tratamento de Minérios

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330 Separação em Meio Denso CETEM<br />

A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> separação po<strong>de</strong> ser rigorosamente controlada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>terminada faixa, e po<strong>de</strong> ser variada, com relativa rapi<strong>de</strong>z, durante a operação, caso<br />

seja necessário. Estas vantagens são muito importantes nas operações industriais.<br />

A <strong>de</strong>speito das vantagens anteriormente apontadas, esse processo torna-se, em<br />

princípio, um pouco dispendioso, pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instalações complementares <strong>de</strong><br />

recuperação e limpesa do meio <strong>de</strong>nso utilizado, e a sua recirculação no processo. No<br />

entanto, estes custos po<strong>de</strong>m ser atenuados ou, até mesmo, compensados com outras<br />

vantagens econômicas oferecidas pelo processo, como, por exemplo, a sua alta<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratar partículas grossas, às vezes<br />

acima <strong>de</strong> 6 polegadas, além da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> automação do circuito.<br />

HISTÓRICO (1,3,4)<br />

As primeiras tentativas <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> meio <strong>de</strong>nso datam <strong>de</strong> 1858, quando<br />

Bessemer patenteou a utilização <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> cloretos <strong>de</strong> ferro, bário, manganês ou<br />

cálcio, como meios <strong>de</strong> separação. Nessa época foi implantada uma usina na Alemanha,<br />

utilizando o cloreto <strong>de</strong> cálcio como meio <strong>de</strong>nso, visando à separação <strong>de</strong> carvões. Devido<br />

ao efeito <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> do meio, comprovou-se a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer separações<br />

para <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> acima <strong>de</strong> 1,35. Por outro lado, a recuperação do meio mostrou-se,<br />

também, proibitiva (3) .<br />

Nesse mesmo período em que se davam essas tentativas para utilização <strong>de</strong><br />

cloretos como meio <strong>de</strong>nso, engenheiros americanos <strong>de</strong>scobriram que uma suspensão<br />

<strong>de</strong> água e areia, movida por um fluxo ascen<strong>de</strong>nte, podia gerar um meio com <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> até 1,7. Este processo, <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> Chance Sand, chegou a ser usado em algumas<br />

usinas industriais <strong>de</strong> beneficiamento <strong>de</strong> carvão. Em 1911, a Du Pont patenteou um<br />

processo <strong>de</strong> separação, utilizando hidrocarbonetos clorados para obter meios <strong>de</strong>nsos <strong>de</strong><br />

maior <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> (4) . Com prosseguimento das pesquisas, em 1917 veio a primeira<br />

aplicação comercial, quando foi patenteado o processo Chance. A rigor não se tratava<br />

<strong>de</strong> uma separação em meio <strong>de</strong>nso e sim <strong>de</strong> um leito <strong>de</strong> areia hidraulicamente dilatado.<br />

As <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s obtidas, até então, com os meios <strong>de</strong>nsos, eram relativamente<br />

baixas e só permitiam a separação <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, como o carvão.<br />

Como a maioria <strong>de</strong>sses meios <strong>de</strong>nsos eram constituídos <strong>de</strong> cloretos, a sua utilização<br />

ficava prejudicada pelos problemas <strong>de</strong> corrosão e altos custos <strong>de</strong> sua recuperação. Isto<br />

levou os pesquisadores a pensarem em alternativas. Iniciou-se então a substituição<br />

<strong>de</strong>sses líquidos por suspensões constituídas <strong>de</strong> finos <strong>de</strong> alguns minerais (argilas e barita,<br />

gesso e pirita) em água. Em 1932, Vooys utilizou uma mistura <strong>de</strong> argila e barita, para<br />

lavagem <strong>de</strong> carvão. A utilização <strong>de</strong>sses minerais resolveu os problemas <strong>de</strong> corrosão, no<br />

entanto permitia a obtenção <strong>de</strong> suspensões com <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> no máximo 1,6. Como<br />

essas suspensões eram ina<strong>de</strong>quadas para separação <strong>de</strong> minerais <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>,

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