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Tratamento de Minérios

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CETEM <strong>Tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Minérios</strong> – 5ª Edição 451<br />

(i) <strong>de</strong>pressor <strong>de</strong> óxidos <strong>de</strong> ferro na flotação catiônica reversa (aminas como<br />

coletores) <strong>de</strong> minérios itabiríticos;<br />

(ii) <strong>de</strong>pressor <strong>de</strong> ganga (carbonatos e minerais portadores <strong>de</strong> ferro) na flotação<br />

direta <strong>de</strong> rochas fosfáticas com ácidos graxos, para produção <strong>de</strong><br />

concentrados <strong>de</strong> apatita;<br />

(iii) <strong>de</strong>pressor <strong>de</strong> ganga (hiperstênio - um silicato <strong>de</strong> ferro e magnésio) na<br />

flotação direta <strong>de</strong> minério sulfetado <strong>de</strong> cobre com tiocoletores.<br />

As duas primeiras aplicações são clássicas. O emprego <strong>de</strong> amido <strong>de</strong> milho na<br />

<strong>de</strong>pressão <strong>de</strong> ganga silicatada na flotação <strong>de</strong> sulfetos trata-se <strong>de</strong> uma inovação<br />

<strong>de</strong>senvolvida no Brasil, resultado <strong>de</strong> uma cooperação universida<strong>de</strong>/empresa, discutida<br />

no item “flotação <strong>de</strong> sulfetos – Caraíba”.<br />

O amido <strong>de</strong> milho é uma reserva energética vegetal formada, basicamente, pela<br />

con<strong>de</strong>nsação <strong>de</strong> moléculas <strong>de</strong> glicose geradas por do processo fotossintético, tendo<br />

como fórmula aproximada:<br />

(C 6 H 10 O 5 )n<br />

on<strong>de</strong> n, o número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s D-glicose que compõem o amido, é gran<strong>de</strong>. A<br />

maior parte dos amidos constitui-se, basicamente, <strong>de</strong> dois compostos <strong>de</strong> composição<br />

química semelhante (dada pela fórmula aproximada do amido) e estruturas <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia<br />

distintas:<br />

(i) amilose, um polímero linear no qual as unida<strong>de</strong>s D-glicose se unem por meio<br />

<strong>de</strong> ligações α-1,4 glicosídicas;<br />

(ii) amilopectina, um polímero ramificado no qual as ramificações se unem à<br />

ca<strong>de</strong>ia principal por meio <strong>de</strong> ligações do tipo α-1,6 glicosídicas.<br />

Esses compostos constituintes do amido são formados pelo processo <strong>de</strong><br />

polimerização por con<strong>de</strong>nsação que ocorre durante a fotossíntese. Entretanto, seja qual<br />

for o processo <strong>de</strong> polimerização, as macromoléculas formadas atingem diferentes<br />

tamanhos gerando, consequentemente, uma distribuição <strong>de</strong> u.m.a. O número n <strong>de</strong><br />

unida<strong>de</strong>s D-glicose para a amilose permanece na faixa <strong>de</strong> 200 a 1.000 e para a<br />

amilopectina supera 1.500.<br />

A proporção amilopectina/amilose na fração amilácea das diversas substâncias<br />

vegetais, ou mesmo no caso <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um mesmo vegetal, po<strong>de</strong> diferir bastante.<br />

No caso do amido <strong>de</strong> milho, a relação <strong>de</strong> 3/1 prevalece para as modalida<strong>de</strong>s comuns do<br />

milho amarelo. A composição da fração amilácea se aproxima <strong>de</strong> amilopectina pura no<br />

caso do milho ceroso.

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