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Tratamento de Minérios

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688 Aglomeração – Parte I: Briquetagem CETEM<br />

Por ser o mais utilizado, o processo <strong>de</strong> briquetagem em máquina <strong>de</strong> rolos será<br />

<strong>de</strong>talhado a seguir.<br />

O processo po<strong>de</strong> ser dividido em quatro etapas: preparação; mistura; compressão<br />

e tratamento térmico.<br />

Preparação<br />

Consiste na <strong>de</strong>terminação das características <strong>de</strong> compactação do material a ser<br />

briquetado e do tipo <strong>de</strong> equipamento que <strong>de</strong>ve ser utilizado, para facilitar a a<strong>de</strong>são das<br />

partículas finas.<br />

A <strong>de</strong>terminação das proprieda<strong>de</strong>s do material permite conhecer não só o valor<br />

máximo da pressão a ser aplicada, como também a taxa <strong>de</strong> compactação requerida pelo<br />

material. O conhecimento do coeficiente <strong>de</strong> atrito do material permite gerar uma<br />

previsão do comportamento do mesmo, no momento da saída dos rolos e, também, se<br />

a superfície dos briquetes úmidos po<strong>de</strong>rá ser ou não danificada durante a queda (6) .<br />

A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aglutinante ou <strong>de</strong> ligante necessária à produção <strong>de</strong> briquetes<br />

com boa resistência mecânica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, entre outros fatores, da qualida<strong>de</strong> do material<br />

a ser briquetado, do aglutinante utilizado, da superfície específica do material e da<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partículas finas ou grossas da mistura. Quanto menor for a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> partículas finas, menor será a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aglutinante necessária para gerar um<br />

briquete <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>. No caso da briquetagem <strong>de</strong> carvão, a mistura não po<strong>de</strong><br />

conter mais <strong>de</strong> 20% das partículas com tamanho menor do que 0,5 mm e não mais do<br />

que 5% <strong>de</strong> partículas com tamanho menor do que 90 µm.<br />

Outro fator importante é o teor <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> do material antes da adição do<br />

aglutinante. A umida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do material e do tipo <strong>de</strong> aglutinante utilizado,<br />

além <strong>de</strong> influenciar no valor da pressão a ser aplicada. Para estabilizar e otimizar a<br />

umida<strong>de</strong> nos briquetes é importante que sejam tomados cuidados especiais com o<br />

controle do processo. O ajuste da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água na mistura torna-se ainda mais<br />

importante quando se aglomera materiais termo-plásticos e também quando são<br />

utilizados aglutinantes solúveis em água. Para carvões minerais, o teor <strong>de</strong> umida<strong>de</strong><br />

normalmente utilizado é <strong>de</strong> 1,5-2% ± 0,5%, sendo que quanto maior for a umida<strong>de</strong>,<br />

menor será o po<strong>de</strong>r calorífico do briquete (2) .<br />

Na briquetagem <strong>de</strong> carvões não coqueificáveis ou semi-coque (materiais inertes),<br />

torna-se necessário o uso <strong>de</strong> carvões coqueificáveis na mistura. O carvão coqueificável,<br />

nesse processo, apresenta a função <strong>de</strong> aglutinante e necessita <strong>de</strong> um aquecimento a<br />

uma temperatura entre 100 e 350 o C, antes <strong>de</strong> ser misturado. O carvão não<br />

coqueificável é aquecido em torno <strong>de</strong> 600ºC, também, antes <strong>de</strong> sua mistura com o<br />

carvão coqueificável (7) . A proporção <strong>de</strong> carvões na mistura <strong>de</strong>ve ser ajustada, para que a<br />

temperatura da mistura situe-se na zona <strong>de</strong> amolecimento do carvão coqueificável,<br />

normalmente entre 420-540 o C (8) .

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