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Muitos corpos, uma só Alma

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Brian L. Weiss <strong>Muitos</strong> <strong>corpos</strong>, <strong>uma</strong> <strong>só</strong> <strong>Alma</strong><br />

sabedoria e paz espiritual descritas pelos ioguis e monges da Ásia que passaram a vida<br />

inteira dedicados a ela. Para mim e para si, a questão não é atingir a «perfeição»<br />

meditativa, mas sim retirar da prática o máximo que conseguir, usá-la como <strong>uma</strong> das muitas<br />

ferramentas na nossa evolução, para nos apontar o caminho da espiritualidade e para nos<br />

ajudar em termos terapêuticos.<br />

Antes de conhecer Catherine, a minha educação médica tinha seguido linhas ortodoxas e a<br />

minha formação psiquiátrica tinha sido tradicional e de acordo com as regras. Mas depois<br />

da minha experiência com ela, comecei a explorar terapias alternativas; foi durante esta<br />

demanda que aprendi o valor da meditação.<br />

Tal como a hipnose, que uso como ferramenta para fazer regressões a pacientes às suas<br />

vidas passadas, a meditação desenvolve a capacidade de abrir a mente às mais profundas,<br />

mais escondidas influências dos nossos <strong>corpos</strong> e almas, quer venham das vidas passadas,<br />

futuras ou presentes. Paradoxalmente, ao pensar em nada, ao limpar a mente, ficamos<br />

livres para recordar. As memórias das vidas passadas, presentes e futuras ajudam-nos a<br />

localizar as origens dos nossos tra<strong>uma</strong>s, e assim que nos são reveladas conseguimos<br />

reconhecer que os nossos medos provêm de outro lugar e já não são <strong>uma</strong> ameaça. Eu já<br />

tive memórias das minhas próprias vidas passadas durante a meditação profunda e assim<br />

consegui <strong>uma</strong> nova compreensão do meu comportamento, das minhas defesas e dos meus<br />

medos. Não me conheceria tão bem como me conheço hoje (e há ainda muito mais a<br />

aprender) se não tivesse meditado.<br />

Podemos também usar a meditação para resolver conflitos pessoais e relações difíceis ou<br />

para ajudar a sarar o coração. Mas, eventualmente, para todos nós, o objectivo principal da<br />

meditação é alcançar a paz e o equilíbrio interior através da espiritualidade.<br />

Os monges conseguem meditar durante horas. Você deve começar com vinte minutos.<br />

Sente-se confortavelmente ou deite-se se desejar, embora exista a possibilidade de<br />

adormecer. Feche os olhos; respire lentamente, regular e profundamente; localize<br />

quaisquer áreas de tensão no seu corpo (comigo é o pescoço e os ombros); e envie <strong>uma</strong><br />

mensagem ao seu corpo: Está tudo bem. Está tudo em paz. Relaxa.<br />

Deixe que os pensamentos dispersos e as preocupações quotidianas flutuem suavemente<br />

para fora da sua mente. Bloqueie as vozes de protesto do trabalho, família, obrigação e<br />

responsabilidade que geralmente o assaltam - <strong>uma</strong> a <strong>uma</strong> se for necessário. Mentalmente,<br />

observe-as a desaparecer. Viva este momento, este precioso e único momento de graça,<br />

luz e liberdade, rendendo-se a ele.<br />

Porque o presente é o único lugar onde pode encontrar felicidade, alegria, paz e liberdade,<br />

a prática psicoespiritual enfatiza a consciência do momento presente da maneira que<br />

acabei de descrever. A mente h<strong>uma</strong>na é <strong>uma</strong> obra-prima criativa; ao dar-lhe poder, ela<br />

pode transportar-nos às alturas da alegria. A atenção é a consciência desses pensamentos,<br />

emoções, sentimentos e percepções que estão a ocupar-nos agora e apenas agora. Ao<br />

eliminar a distracção do passado imediato e as preocupações com o futuro, o acto de<br />

meditar abre a porta à paz e saúde interiores.<br />

Ao transportar-nos da consciência quotidiana até à atenção ao momento presente - apenas<br />

este momento, este preciso instante -, e assim aos valores espirituais que elevam as<br />

nossas almas, a meditação liberta-nos para irmos onde quisermos. Pelo caminho podemos<br />

adquirir discernimento acerca de um tra<strong>uma</strong> presente, <strong>uma</strong> vida passada ou futura, ou <strong>uma</strong><br />

negação inconsciente da natureza dos nossos problemas. Esse é o valor terapêutico da<br />

meditação; o imperceptível torna-se perceptível. Mas ela pode simplesmente iluminar a<br />

realidade da beleza do momento e toda a maravilha que ele contém. A isto chama-se<br />

revelação, e é dessa forma que chegamos à derradeira realidade.<br />

Aqui está <strong>uma</strong> ilustração de atenção:<br />

Eu estava a ensinar <strong>uma</strong> paciente minha, Linda, a meditar. Um dia ela veio ter comigo muito<br />

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