15.04.2013 Views

Muitos corpos, uma só Alma

Muitos corpos, uma só Alma

Muitos corpos, uma só Alma

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Brian L. Weiss <strong>Muitos</strong> <strong>corpos</strong>, <strong>uma</strong> <strong>só</strong> <strong>Alma</strong><br />

também dos seus colegas de profissão. Também a sua vida familiar era feliz e florescente.<br />

Nesta vida, ela parecia* ter atingido o equilíbrio ideal entre influxo e refluxo. Era capaz de<br />

amar os outros tal como a si mesma.<br />

Chitra disse-me que reviu esta terceira vida de <strong>uma</strong> perspectiva mais elevada, o que<br />

significa que ela subira a um novo nível. Ela ainda estava hipnotizada quando disse isto,<br />

mas de repente parou.<br />

- Não sei como vai acabar esta vida. É intrigante. Vou ter de deixá-la. Agora! - Como<br />

sempre, ela não queria demorar-se em vidas passadas ou futuras.<br />

De repente, ela estava de volta ao presente, animada e estimulada pelas suas viagens.<br />

- Todas as vidas, passadas e presentes, estão ligadas - explicou ela -, tal como está esta<br />

vida e a vida passada que a minha mãe descreveu. O que tenho de fazer é equilibrar a<br />

compaixão, equilibrar o amor, que têm de ser recebidos tal como são dados. - A sua<br />

determinação era visível. - Os objectivos da minha vida nunca mais serão sacrificados -<br />

nem por causa de valores culturais, nem de circunstâncias individuais nem de culpa.<br />

Foi capaz de exprimir a sua raiva e ressentimento em relação à sua mãe e aos seus irmãos<br />

por a terem encurralado no papel de protectora - apesar dos tabus culturais que proibiam tal<br />

rebelião -e, ao fazê-lo, libertou-se.<br />

Regressámos à terceira das suas vidas futuras, e desta vez ela conseguiu ver o seu fim: a<br />

morte n<strong>uma</strong> idade avançada por causas naturais. Na sua recapitulação da vida, o<br />

significado que me escapou tornou-se claro para ela.<br />

- As três vidas futuras não eram sequenciais nem lineares - explicou ela. - São<br />

manifestações de futuros prováveis baseadas no que faço nesta vida.<br />

De certa forma, eram futuros paralelos que fluíam em simultâneo; aquele que ela parou<br />

subitamente iria florescer do conteúdo do que resta da sua vida actual. Na verdade, havia<br />

«<strong>uma</strong> multiplicidade de futuros possíveis», disse-me ela, «eu testemunhei todas as<br />

variações dos três. E não é apenas a minha tomada de consciência, mas sim os<br />

pensamentos e actos colectivos de toda a população h<strong>uma</strong>na que irão ter um papel na<br />

constituição daquele que acabará por ser o verdadeiro. Se acolhermos conscientemente a<br />

compaixão, a empatia, o amor, a paciência e o perdão, o mundo futuro será incrivelmente<br />

diferente do que se não o fizermos.»<br />

A sua linguagem tinha mudado marcadamente. Já não falava com frases curtas e cortadas.<br />

As suas palavras e ideias mais sofisticadas reflectiam <strong>uma</strong> ligação a um nível mais elevado<br />

de consciência. Esta jovem sábia tinha muito para me ensinar.<br />

«Nós temos muito mais poder para influenciar positivamente as nossas vidas futuras<br />

individuais, bem como o futuro que resta da nossa vida presente, do que temos para<br />

influenciar o futuro planetário ou colectivo», anotei quando ela se foi embora. «Mas os<br />

nossos futuros individuais expressam-se no futuro colectivo, e as acções de todos irão<br />

determinar a qual deles entre miríades de possíveis futuros iremos regressar. Se Chitra<br />

continuasse presa ao seu actual padrão familiar, talvez tivesse de experimentar um futuro<br />

como <strong>uma</strong> vítima de paralisia forçada a receber amor. Se ela se limitasse a desistir,<br />

terminando abruptamente a sua relação com a mãe, abandonando-a sem um compromisso<br />

razoável, talvez tivesse de voltar como a mãe da criança seriamente debilitada. Porque é<br />

assim que funciona: enfrentamos situações semelhantes <strong>uma</strong> e outra vez enquanto<br />

procuramos aprender o equilíbrio ideal entre o dar e o receber, entre o sacrifício e a<br />

compaixão por nós próprios - até atingirmos o estado de harmonia. Dado o que ela<br />

aprendera, e tendo reconhecido esse equilíbrio, Chitra iria regressar como a cirurgiã<br />

ortopédica/neurológica, mas podia nascer num mundo de mais ou menos violência, mais ou<br />

menos compaixão e afecto, dependendo da harmonia que os outros alcançassem. Se<br />

alguns de nós conseguirmos de alg<strong>uma</strong> forma elevar a consciência da raça h<strong>uma</strong>na - se<br />

conseguirmos comprometer-nos a mudar o futuro colectivo com a melhoria dos nossos<br />

59

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!