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Muitos corpos, uma só Alma

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Brian L. Weiss <strong>Muitos</strong> <strong>corpos</strong>, <strong>uma</strong> <strong>só</strong> <strong>Alma</strong><br />

5 - Hugh e Chitra: Compaixão<br />

EMPATIA E COMPAIXÃO são muitas vezes usadas como sinónimos, mas na verdade são dois<br />

elementos diferentes da psique h<strong>uma</strong>na. É verdade que quando compreende os<br />

sentimentos de outra pessoa como se fossem seus e é capaz de se colocar no seu lugar vai<br />

quase de certeza sentir compaixão por essa pessoa. Mas pode também sentir compaixão<br />

sem empatia. Pode sentir compaixão por alguém ou até mesmo por um insecto ou por um<br />

animal mesmo que não reconheça os sentimentos do outro em si.<br />

Nos ensinamentos budistas, é-se instruído para se ter compaixão por animais e insectos<br />

porque todas as criaturas vivas têm almas; na verdade, eles podem ter sido h<strong>uma</strong>nos nas<br />

suas vidas passadas e podem voltar a ser h<strong>uma</strong>nos. (Eu não encontro isto no meu trabalho,<br />

o que não significa que o conceito não seja verdadeiro. Pode acontecer simplesmente que<br />

os h<strong>uma</strong>nos não se lembrem das vidas como espécies diferentes.) Assim, pode sentir<br />

compaixão por um escaravelho ou um urso sem sentir empatia por ele, sem se colocar no<br />

lugar do insecto ou do animal.<br />

A compaixão vem do coração e é demonstrada pela bondade e benevolência em relação a<br />

todas as coisas vivas. Cristo foi supremamente compassivo; a todos os níveis, também o foi<br />

Mohandas Gandhi. Quando «o seu coração se abre a alguém», está a ser compassivo. Os<br />

«actos aleatórios de bondade» de que muitos falam - deixar alguém passar à sua frente<br />

n<strong>uma</strong> fila para pagar; ceder o seu lugar no metro a <strong>uma</strong> mulher grávida; dar comida aos<br />

sem-abrigo - são todos exemplos de comportamento compassivo, mas apenas se vierem de<br />

um impulso genuíno para se ser simpático e não por se estar a «fazer a coisa certa» ou por<br />

se esperar recompensas pelas boas acções.<br />

A compaixão é mais instintiva, a empatia mais intelectual; elas vêm de sítios diferentes. Se<br />

fizer o «Diálogo com a Doença», exercício descrito no capítulo 3, e trocar de lugar com,<br />

digamos, o seu pai violento, não tem necessariamente de sentir compaixão por ele. Pode<br />

aperceber-se: «Uau, o pai do meu pai fez-lhe a mesma coisa que ele me faz a mim. Ele<br />

pegou nas coisas cruéis que aprendera com o seu pai, com a sua cultura e com os seus<br />

pares, e transmitiu-as sem serem digeridas para mim. Eu sinto empatia pelo que ele sentia<br />

porque compreendo esses sentimentos, e vou interromper a transmissão de<br />

comportamento negativo devido ao que aprendi.»<br />

Este é um exercício intelectual. Contudo, idealmente, e até mesmo num caso tão extremo<br />

como o de um pai violento, à medida que sente empatia pelo seu pai, pode começar a sentir<br />

compaixão por ele. Isto pode ser difícil; ele pode continuar a ser tão cruel para si como era<br />

antes. Mas ele é um ser h<strong>uma</strong>no ferido como você, e esse reconhecimento pode permitirlhe<br />

<strong>uma</strong> reacção emocional tal como <strong>uma</strong> reacção intelectual. Se reagir, se conseguir ver<br />

para além das suas feridas, vai descobrir que à medida que a empatia e a compaixão se<br />

fundem, elas levam-no em direcção ao destino final de todas as lições no caminho para a<br />

imortalidade: amor espiritual, amor incondicional, amor que é puro e eterno.<br />

- Ouvi dizer que era famoso por tratar pessoas levando-as às suas vidas passadas. É<br />

verdade?<br />

Quem estava a telefonar era um homem chamado Hugh, e se eu era «famoso» no meu<br />

campo, também ele o era no seu. Ele era um médium cujo programa n<strong>uma</strong> televisão local<br />

atraía <strong>uma</strong> audiência de muitos milhares, a maioria deles desejando contactar entes<br />

queridos que tinham morrido. Eu não sou psíquico, a não ser ao nível em que todos nós<br />

somos por vezes psíquicos (o «palpite» que leva à decisão de negócio correcta; a<br />

«certeza» que nos faz escolher um caminho de vida em vez de outro), mas sei que a<br />

mediunidade existe. Admiro pessoas como John Edward e James Van Praagh, que<br />

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