15.04.2013 Views

Muitos corpos, uma só Alma

Muitos corpos, uma só Alma

Muitos corpos, uma só Alma

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Brian L. Weiss <strong>Muitos</strong> <strong>corpos</strong>, <strong>uma</strong> <strong>só</strong> <strong>Alma</strong><br />

7 – Emily, ]oyce, Roberta e Anne:<br />

Não-Violência<br />

UMA MULHER DE TRINTA ANOS CHAMADA Emily, que n<strong>uma</strong> vida anterior fazia parte de <strong>uma</strong> tribo<br />

nómada da América Central, morreu num deslizamento de lama nessa vida anterior,<br />

resultado de um terramoto em 1634. O seu marido frenético tentou desespe-radamente<br />

salvá-la, mas os seus esforços foram inúteis. Para ela foi o fim de <strong>uma</strong> vida de dificuldades.<br />

A tribo passava a maior parte do tempo à procura de água, e Emily, quando a fiz regredir à<br />

época anterior à sua morte, recordou o interminável trabalho físico. A violência da natureza<br />

era um dado adquirido na sua vida. Passava os dias em medo constante não <strong>só</strong> pela sua<br />

segurança, mas pela segurança dos outros setenta membros da tribo.<br />

Nesta vida actual, Emily tinha pavor de ser apanhada num tremor de terra, encurralada num<br />

elevador ou feita prisioneira. Num workshop, ela contou-me que o seu marido, a sua filha<br />

(que era a sua irmã na vida anterior - mais <strong>uma</strong> vez, aqueles que são vitais para nós<br />

aparecem frequentemente nas nossas vidas passadas) e a sua irmã da vida presente<br />

tinham sido membros da tribo antiga, e mais <strong>uma</strong> vez ela receou por eles tal como por si<br />

própria. Os acontecimentos de 11 de Setembro tra<strong>uma</strong>tizaram-na - não podia ter imaginado<br />

«tremor de terra» mais grave. Ela ficou muito, muito doente, mal sendo capaz de sair de<br />

casa.<br />

Outra mulher nesse workshop, chamada Joyce, ao ouvir a sua história desatou a chorar, e<br />

eu perguntei-lhe porque é que ela estava tão comovida. Ela teve sonhos pormenorizados e<br />

vívidos do 11 de Setembro, disse ela, <strong>só</strong> que aconteceram na noite de 10 de Setembro.<br />

Desde que chegara ao workshop, tinha sido atraída para Emily.<br />

Nunca a tinha visto, mas, sem saber porquê, tinha-a seguido durante dois dias sem falar<br />

com ela. Agora sabia porquê, e também sabia porque é que ela, tal como Emily, tinha tido<br />

medo de sair de casa. Ela era <strong>uma</strong> mulher de sucesso com <strong>uma</strong> rede mundial de relações<br />

públicas, mas desde o 11 de Setembro que não era capaz de ir às suas sucursais fora de<br />

Nova Iorque, e o seu negócio estava a ressentir-se. As duas mulheres abraçaram-se,<br />

encontrando consolo <strong>uma</strong> na outra.<br />

No caso de Emily, foi a violência da natureza que provocou um tra<strong>uma</strong> que persistiu durante<br />

muitos séculos. No caso de Joyce, a violência era causada pelo homem e podia<br />

permanecer com ela em vidas futuras a menos que a psicoterapia aliviasse o seu medo. As<br />

suas histórias ficaram comigo, porque eu abomino a violência: para mim, é <strong>uma</strong> das pragas<br />

mais terríveis do nosso planeta. Se a violência for natural - um furacão ou um tremor de<br />

terra - temos de aceitá-la e compreender que provavelmente ela acontece por <strong>uma</strong> razão.<br />

Mas a violência provocada pelas nossas próprias mãos e vontades, quer seja contra outros<br />

h<strong>uma</strong>nos ou contra o próprio planeta, coloca-nos individual e colectivamente em perigo. A<br />

gestão da raiva é um ponto de partida para a impedirmos. Como vimos no capítulo 2, sem<br />

as suas regressões, George podia facilmente ter magoado um dos seus colegas ou um<br />

membro da família, <strong>uma</strong> vez que alguns dos piores efeitos da violência podem ser<br />

encontrados na família, amigos e colegas da pessoa violenta. Tenho dezenas de casos<br />

semelhantes de pessoas que eram violentas ou sofreram violência em vidas passadas e<br />

tiveram de sentir os efeitos em si mesmas e noutras pessoas em vidas posteriores,<br />

incluindo esta.<br />

Roberta veio ver-me sob pressão do seu marido, Tom, um contabilista de trinta e oito anos<br />

que desenvolveu <strong>uma</strong> actividade de sucesso a trabalhar por conta própria para pequenos<br />

70

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!