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Muitos corpos, uma só Alma

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Brian L. Weiss <strong>Muitos</strong> <strong>corpos</strong>, <strong>uma</strong> <strong>só</strong> <strong>Alma</strong><br />

13 - Jennifer e Cristina: Amor<br />

GESTÃO DA RAIVA, saúde, empatia, compaixão, paciência e compreensão, não-violência,<br />

relações, segurança, destino e livre-arbítrio, contemplação e meditação, espiritualidade:<br />

todos estes são passos para a imortalidade. Todos eles têm de ser dominados agora ou no<br />

futuro na nossa viagem para a alma única. E todos eles são facetas da maior virtude, que é<br />

o amor.<br />

O amor é a lição derradeira. Como pode manter raiva se amar? Como pode não ter<br />

compaixão ou empatia? Como pode não escolher as relações certas? Como pode atacar<br />

outra pessoa? Sujar o ambiente? Fazer guerra a um vizinho? Não ter espaço no seu<br />

coração para outros pontos de vista, para métodos diferentes, para estilos de vida<br />

divergentes?<br />

Não pode.<br />

Depois de os meus pacientes terem passado pela regressão e/ou progressão e terem<br />

dominado as suas fobias e tra<strong>uma</strong>s, o amor é o que compreendem. <strong>Muitos</strong> recebem esta<br />

mensagem daqueles que desempenham papéis essenciais nas suas vidas. Mas muitos<br />

ouvem-na do outro lado - de um pai, cônjuge ou filho que tenha morrido. «Estou óptimo»,<br />

diz a mensagem. «Estou bem. Eu amo-te. Não tens de sofrer por minha causa. O que fica<br />

para além não é escuridão mas luz, porque eu estou onde está o amor, e o amor é luz.»<br />

Estas mensagens podem ser a concretização de um desejo ou fantasias para aliviar a dor<br />

da perda, mas não me parece que sejam. Ouvi-as demasiadas vezes de demasiadas<br />

pessoas. O amor é aquilo que transportamos de vida para vida, embora nalg<strong>uma</strong>s vidas<br />

não estejamos conscientes dele e noutras o usemos mal. No entanto, em última análise, é<br />

ele que nos mantém em evolução.<br />

Por exemplo, quando Jennifer acabou de dar à luz o seu terceiro filho e lho entregaram pela<br />

primeira vez, ela reconheceu a criança imediatamente — a energia, a expressão nos olhos,<br />

a ligação imediata. «Tu outra vez», disse ela. «Estamos juntas outra vez.» O bebé era a avó<br />

dessa mulher n<strong>uma</strong> vida passada. Elas tinham discutido amargamente ao longo daquela<br />

vida, amando-se sempre <strong>uma</strong> à outra, embora o amor não tenha sido expresso. Agora, ela<br />

sabia, era a oportunidade de fazerem as pazes.<br />

Existem todos os tipos de amor, é claro: amor romântico; o amor de <strong>uma</strong> criança por um<br />

progenitor ou de um progenitor por <strong>uma</strong> criança; e amor pela natureza, pela música, pela<br />

poesia, por todas as coisas nesta Terra e nos céus. O amor continua do outro lado e é<br />

trazido de volta aqui pela alma. E o entendimento de todos os mistérios. Para mim, é a<br />

derradeira religião. Se todos pudéssemos amar à nossa maneira, se pudéssemos<br />

abandonar os rituais que declaram «o verdadeiro caminho é o meu; todos os outros são<br />

fraudes», se pudéssemos abjurar a violência, os conflitos e a dor que infligimos em nome<br />

de um Deus específico - «o nosso» Deus - quando, por definição, Deus é universal, Deus é<br />

amor, não teríamos de esperar por inúmeras vidas para chegarmos ao céu.<br />

Cristina vestia-se com um estilo sem rival entre as mulheres americanas: saias inspiradas<br />

no flamenco que chegavam ao chão; blusas em vermelhos, azuis, púrpuras e amarelos<br />

vivos; cabelo negro luxuriante puxado firmemente para trás e mantido no sítio por fitas de<br />

tonalidades fantásticas. Quando ela veio ver-me pela primeira vez, fiquei espantado com a<br />

sua exuberância, mas, à medida que as suas visitas se multiplicavam, percebi que as cores<br />

eram <strong>uma</strong> compensação para os seus humores sombrios e pensamentos ainda mais<br />

sombrios. Era <strong>uma</strong> mulher que lutava por manter <strong>uma</strong> centelha de si própria, mesmo que a<br />

sua família se empenhasse em fazê-la desaparecer. Tinha olheiras, e as suas mãos<br />

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