15.04.2013 Views

Muitos corpos, uma só Alma

Muitos corpos, uma só Alma

Muitos corpos, uma só Alma

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Brian L. Weiss <strong>Muitos</strong> <strong>corpos</strong>, <strong>uma</strong> <strong>só</strong> <strong>Alma</strong><br />

não estavam a prestar-lhe atenção. Foi como se tivessem passado anos depois da sua<br />

morte. Este acontecimento persuadiu-o a consultar-me.<br />

- Porque é que não decidimos o que fazer depois de eu saber mais coisas sobre si? - disse<br />

eu. - A Dr. a Tracy disse-me que está no negócio da construção civil.<br />

- Na Skulnick Contractors. Especializámo-nos em fábricas, armazéns e edifícios de<br />

escritórios. Já deve ter visto os nossos anúncios. Estão por toda a Miami.<br />

De facto, já os tinha visto.<br />

- É <strong>uma</strong> série de dores de cabeça - continuou ele. - Uma pressão constante. Se eu não<br />

inspeccionar todas as obras pessoalmente, de certeza que alguém vai fazer asneira.<br />

- O que é que acontece se fizerem asneira? Os seus olhos piscaram.<br />

- Fico furioso.<br />

Barbara dissera-me que a raiva era o maior perigo que George enfrentava, <strong>uma</strong> faca<br />

apontada ao coração.<br />

- Fale-me da fúria - pedi eu.<br />

- Perco o controlo. Desato a gritar. O meu rosto fica vermelho e sinto o coração a bater e<br />

prestes a explodir. - A sua respiração acelerou <strong>só</strong> por falar no assunto. - Quero estrebuchar,<br />

bater em alguém, matar alguém. Fico tão furioso.<br />

- Então e quando está com a sua mulher, com a sua família?<br />

- É igualmente mau, talvez pior. Às vezes fico furioso com alguém no escritório, paro para<br />

beber uns copos a caminho de casa e chego lá à procura de discussão. O jantar não está<br />

pronto? Pum! Não fizeste os trabalhos de casa? Toma! - Baixou a cabeça até às palmas<br />

das mãos. - Eles têm pavor de mim. Eu não lhes chego a bater, é claro. Mas pode chegar<br />

<strong>uma</strong> altura...<br />

- Estou a ver. Talvez consigamos descobrir de onde vem a raiva. Ele levantou a cabeça.<br />

- Do meu pai, suponho eu. Ele gritava muito, e também bebia.<br />

- Isso pode explicá-la - disse eu -, mas pode haver mais coisas.<br />

- Alg<strong>uma</strong> coisa que tenha acontecido n<strong>uma</strong> vida passada? Encolhi os ombros.<br />

- É possível.<br />

- E acha que a regressão vai ajudar?<br />

- Acredito que é importante para si, sim, embora pudesse ajudá-lo através da psicoterapia<br />

tradicional, e você poderia preferir isso. O facto de você ter tido um epi<strong>só</strong>dio de quasemorte<br />

faz-me pensar que entrará facilmente em regressão. E se for desagradável para si,<br />

ou doloroso ou demasiado intenso, eu saberei imediatamente e pararemos.<br />

Ele ficou silencioso por um momento. Então disse-me:<br />

- O doutor usa a hipnose, não é?<br />

- Sim.<br />

- Se eu estiver hipnotizado, como é que vai saber se eu quiser parar?<br />

- Você vai dizer-me.<br />

- Da minha outra vida?<br />

- Exactamente.<br />

Eu conseguia ver um sim, claro na sua mente, mas tudo o que ele disse foi:<br />

- Vamos lá. Vamos tentar.<br />

19

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!