16.04.2013 Views

Carlos Reichenbach: o cinema como razão de viver - Universia Brasil

Carlos Reichenbach: o cinema como razão de viver - Universia Brasil

Carlos Reichenbach: o cinema como razão de viver - Universia Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

118<br />

e Glauco Mirko Laurelli), o documentário foi<br />

concluído dois anos <strong>de</strong>pois graças a um prêmio<br />

recebido pela Secretaria <strong>de</strong> Cultura do Estado <strong>de</strong><br />

São Paulo. Teve seu certificado <strong>de</strong> curta-metragem<br />

negado pelo Instituto Nacional <strong>de</strong> Cinema,<br />

e assim, nunca foi exibido comercialmente.<br />

Impressões: Nunca fui um fã ardoroso do documentário.<br />

Fiz este filme porque o Person insistiu.<br />

Iniciei o projeto sem nenhum entusiasmo, mas<br />

aí conheci Waldomiro <strong>de</strong> Deus. Foi ele quem me<br />

<strong>de</strong>u material humano para enfrentar o documentário.<br />

Percebo hoje, à distância, que a figura<br />

irreverente, rebel<strong>de</strong> e iconoclasta <strong>de</strong> Waldomiro<br />

trouxe o gostinho da ficção para o gênero. Com<br />

o material todo filmado (mas ainda insatisfeito),<br />

fui me <strong>de</strong>dicar ao longa Alice, no qual tinha o<br />

episódio As Libertinas. Durante dois anos fui<br />

cobrado por Person para finalizar o curta-metragem.<br />

Quando surgiu o Prêmio Estímulo, Person<br />

me intimou a apresentá-lo no concurso. Ganhamos<br />

o dinheiro para a finalização e aí resolvi<br />

transformar o material bruto num arremedo <strong>de</strong><br />

filme institucional. Pedi ao sócio e amigo Antonio<br />

Lima que escrevesse uma narração leve e irônica,<br />

brincando com o tom pomposo e ufanista das<br />

locuções do cine-jornal Amplavisão, <strong>de</strong> Primo<br />

Carbonari. Contratei o próprio narrador do cinejornal,<br />

Oswaldo Calfat, para colocar a voz e se<br />

auto-ironizar. O filme abre com um plano que<br />

gosto muito: um carro sobe lentamente a rua Augusta<br />

vazia, tendo sobre o capô um árabe vestido

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!