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Carlos Reichenbach: o cinema como razão de viver - Universia Brasil

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um diretor em formação. Depois <strong>de</strong> dois episódios<br />

em longas que ele mesmo renega, estreou em um<br />

longa solo com Corrida em Busca do Amor (1970),<br />

que está longe <strong>de</strong> seus melhores trabalhos. É um<br />

filme que começa <strong>de</strong> forma convencional e só a<br />

partir da segunda meta<strong>de</strong>, quando a produção<br />

fica sem dinheiro, passa a incorporar alguns elementos<br />

do <strong>cinema</strong> marginal, ainda sim <strong>de</strong> forma<br />

caótica, exibindo uma corrida <strong>de</strong> automóveis<br />

on<strong>de</strong> não se sabe quem está na frente, aon<strong>de</strong> se<br />

vai chegar ou o que está acontecendo. O recurso<br />

mais constante é um humor inspirado nas<br />

antigas chanchadas, e que estaria presente em<br />

praticamente toda a obra do diretor. Só em Lilian<br />

M. (1971) começaria a se <strong>de</strong>linear o cineasta que<br />

atingiria seu auge em meados dos anos 80 com<br />

dois gran<strong>de</strong>s trabalhos: Filme Demência (1985)<br />

e Anjos do Arrabal<strong>de</strong> (1986). O primeiro é uma<br />

abordagem sombria da <strong>de</strong>cadência, da perda<br />

dos valores seguida <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>scida aos infernos<br />

da própria alma, em clima onírico. Inspirado em<br />

Goethe e com elementos <strong>de</strong> São Paulo S.A., <strong>de</strong><br />

seu mestre Luiz Sérgio Person, o filme é também<br />

uma releitura da sua relação com o pai, morto<br />

precocemente. Já Anjos... envereda pelo estilo<br />

do italiano Valerio Zurlini, outra constante fonte<br />

inspiradora.<br />

Um drama humano e intimista, revela um universo<br />

da periferia <strong>de</strong> forma triste, mas com uma ponta<br />

<strong>de</strong> esperança impulsionada pelo sentimento<br />

solidário que une o grupo <strong>de</strong> mulheres.

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