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Carlos Reichenbach: o cinema como razão de viver - Universia Brasil

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88<br />

pelo imperialismo americano: Quem esses canalhas<br />

arro gantes pensam que são para entregar<br />

a minha pátria a um invasor, era uma pergunta<br />

que ela fazia com freqüência. Foi uma satisfação<br />

imensa exorcizar esse carma materno em Império<br />

do Desejo, o filme que <strong>de</strong>diquei a Pierre Proudhon:<br />

Toda a proprieda<strong>de</strong> é um roubo!<br />

Sara Silveira<br />

A maneira <strong>como</strong> a Sara Silveira entrou em minha<br />

vida merece um capítulo à parte. O produtor <strong>de</strong><br />

Filme Demência era o E<strong>de</strong>r Mazini, que foi montador<br />

<strong>de</strong> boa parte dos meus filmes. Como diretor<br />

<strong>de</strong> produção, ele havia contratado o Marcos Rossi,<br />

que era uma pessoa que eu conhecia bem e tinha<br />

total confiança. Só trabalho com gente assim. Mas<br />

ele tinha problema <strong>de</strong> pedra nos rins e, pouco antes<br />

<strong>de</strong> começar as filmagens, teve uma crise fortíssima.<br />

Foi parar no hospital. O E<strong>de</strong>r teve que se virar, contratar<br />

pessoas temporariamente. Na última hora<br />

chamaram uma mulher que havia sido assistente <strong>de</strong><br />

produção do Luis <strong>Carlos</strong> Barreto. Era a Sara.<br />

Ninguém conhecia, só sabiam que tinha vindo<br />

do Rio. Achei que não ia dar certo. Uma pessoa<br />

que não era da cida<strong>de</strong>, que não conhecia a realida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São Paulo, seus macetes, não tinha<br />

contatos para quebrar galhos... Mas resolvemos<br />

testar. Havia duas coisas que eram fundamentais<br />

nessa filmagem. O luminoso do Diário Popular e<br />

a Galeria Metrópole.

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