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Carlos Reichenbach: o cinema como razão de viver - Universia Brasil

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sempre numa linha <strong>de</strong> evolução. Por exemplo,<br />

em Ilha dos Prazeres Proibidos, há um profeta<br />

maluco, que mata boçais às bordoadas, citando<br />

poemas <strong>de</strong> Fernando Pessoa. A idéia reaparece<br />

mais adiante, em Filme Demência, quando um<br />

aluno mata o professor <strong>de</strong>clamando citações. O<br />

personagem <strong>de</strong> Jonas Bloch em Paraíso Proibido,<br />

que larga tudo e sai numa busca <strong>de</strong> si mesmo<br />

praticamente retorna em uma outra busca, no<br />

Fausto <strong>de</strong> Filme Demência. Há paralelos entre o<br />

personagem <strong>de</strong> Ricelli, em Dois Córregos e o <strong>de</strong><br />

Bertrand Duarte em Alma Corsária, não só pelo<br />

evi<strong>de</strong>nte ativismo político, mas pela perda do<br />

amor, pela esperança, pela busca por uma paixão.<br />

Essas obsessões retornam ciclicamente. Estão na<br />

professora feita por Beth Faria em Anjos do Arrabal<strong>de</strong>,<br />

na operária <strong>de</strong> Garotas do ABC.<br />

Apesar <strong>de</strong> ter dirigido alguns dos maiores sucessos<br />

<strong>de</strong> bilheteria da Boca do Lixo, Carlão garante<br />

que nunca se preocupou em fazer filmes para o<br />

gran<strong>de</strong> público.<br />

Uma frase que o ouvi repetir algumas vezes, diz<br />

que não está preocupado com a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> espectadores e sim com a qualida<strong>de</strong> do que<br />

<strong>de</strong>seja mostrar. Se eu for pensar nisso, em trazer<br />

público, não faço nada. Como seus personagens<br />

são alter-egos, vários <strong>de</strong>les disseram essa frase.<br />

Em Anjos do Arrabal<strong>de</strong>, a personagem <strong>de</strong> Betty<br />

Faria diz ao amigo que seu livro não vai dar<br />

dinheiro e ele respon<strong>de</strong> Não escrevi para dar

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