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Volume 1 - Número 8 - EDUEP - Uepb

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SocioPoética - <strong>Volume</strong> 1 | <strong>Número</strong> 8<br />

julho a dezembro de 2011<br />

(3) Alegrando-vos na esperança, perseverando na tribulação, assíduos<br />

na oração (Rm 12,12).<br />

O movimento da prece estabelece o que se procura conhecer, a busca de semelhança<br />

por meio da Virtude, para que a Virtude possua a alma sem pecado. Vejamos:<br />

essa Virtude é a minha esperança, por ela (Virtude) falo e nessa (Virtude) esperança<br />

me alegro.<br />

O autor, diante do mesmo texto bíblico, em sua obra no comentário a Romanos<br />

12,12, 23 apresenta uma interpretação que enfatiza a dependência da misericórdia<br />

e graça de Deus, quando se vê na incapacidade de efetuar o querer, colocando em<br />

questão que a vontade do homem não é suficiente para efetuá-lo e que depende da<br />

boa vontade de Deus. Portanto, é essa esperança da virtude que o rege. É pela operação<br />

de Deus que a boa vontade se forma em nós. Pois a misericórdia de Deus está<br />

intimamente ligada à nossa boa vontade.<br />

(4) “Amaste a verdade”, também eu quero praticá-la no íntimo do<br />

coração, diante de ti na minha confissão, e diante de muitas testemunhas<br />

nos meus escritos. 24<br />

(4) Eis que amas a verdade no fundo do ser, e me ensinas a sabedoria<br />

no segredo (Sl 50, 8).<br />

O mesmo texto foi interpretado por Agostinho em um sermão em que ele fala<br />

sobre a necessidade da confissão para receber o perdão e a misericórdia. Ele não<br />

deixa um pecado sequer sem punição. Deus cobre todos os pecados com o perdão.<br />

Quando se ama a verdade é dispensada a misericórdia. A misericórdia, porque o<br />

homem é libertado; a verdade, porque o pecado recebe seu castigo. Deus ensina a<br />

sabedoria no íntimo. A verdade é o fundamento do ser, cuja necessidade está no<br />

fundo do ser; a incerteza leva ao sofrimento, à dor, à culpa. É desse modo que, na<br />

continuação de sua prece, em X, ii, 2, Agostinho quer revelar tudo o que ainda há<br />

de oculto, pois, no agora, ainda revela a incerteza sob gemidos. A relação com Deus<br />

em amor conhece uma relação desvelada; somente assim a misericórdia de Deus se<br />

revela em liberdade, e não em dor, escravidão. O homem que vive em sua própria<br />

incerteza e desconhecimento sofre a sua própria condição de ignorância, sem que<br />

lhe seja revelada a sabedoria, o amor que já existe doado por Deus para a liberdade.<br />

Não conhecer a si mesmo é a falta de fundamento da verdade, o amor. Para tanto, o<br />

conhecimento sobre a verdade de si mesmo é fundamental para que o homem seja<br />

moldado e purificado pela virtude.<br />

23 Explication Commencée de L’épître Aux Romains. Traduction de M. l’abbé BARDOT. Oeuvres Complètes<br />

de Saint Augustin, Traduites pour la première fois en français, sous la direction de M. Raulx. Tome Vème.<br />

Commentaires sur l’Écriture. Bar-Le-Duc: L. Guérins & Cie éditeurs, 1867, p. 379-393. http://www.<br />

abbaye-saint-benoit.ch/saints/augustin/comecr2/romexcom.htm<br />

24 Confissões X, i, 1.<br />

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