A reestruturação da cotonicultura no Brasil - Cepea - USP
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2 A REPRESENTATIVIDADE DO ALGODÃO NA CADEIA TÊXTIL MUNDIAL E<br />
NACIONAL<br />
O algodão é o principal produto, tanto em termos de produção como de consumo, entre<br />
as fibras usa<strong>da</strong>s na cadeia têxtil nacional e mundial (naturais, artificiais e sintéticas). Durante os<br />
a<strong>no</strong>s de 1980 a 2003 a produção de algodão representou, em média, 45% <strong>da</strong> produção mundial de<br />
fibras. A maior participação do algodão foi em 1984, quando representou 52,5% <strong>da</strong> produção<br />
mundial de fibras. Mas, enquanto sua participação <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1980 foi de 46,6%, em 2003, foi de<br />
37,6%, perdendo espaço para a produção de fibras não-celulósicas, que estava com uma<br />
participação de 34,2% em 1980 e passaram a representar 54,2% <strong>da</strong> produção total de fibras<br />
têxteis em 2003 (INTERNATIONAL WOOL TEXTILE ORGANIZATION, 2005) (Anexo A ).<br />
A per<strong>da</strong> de participação do algodão em termos mundiais foi expressiva: enquanto a<br />
produção mundial total de fibras apresentou um acréscimo de 77,7% entre 1980 e 2003, a de<br />
algodão cresceu 43,3% e a de fibras não-celulósicas, 181,6%.<br />
Em nível nacional, entre os a<strong>no</strong>s de 1970 e 2001, últimos <strong>da</strong>dos disponíveis, a produção<br />
de algodão representou uma média de 60% do total de fibras produzi<strong>da</strong>s <strong>no</strong> país, tendo a maior<br />
participação (73%) <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1985, e a me<strong>no</strong>r (42%) <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1997 – a<strong>no</strong> <strong>da</strong> me<strong>no</strong>r produção<br />
histórica de algodão (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS TÊXTEIS – ABIT;<br />
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS TÊXTEIS – SINDITEXTIL, 2005). Entre as fibras naturais, a<br />
produção brasileira de algodão representou 87%, em média, entre 1970 e 2001. Contudo, desde o<br />
a<strong>no</strong> de 1998 sua produção passou a representar quase a totali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s fibras naturais produzi<strong>da</strong>s<br />
nacionalmente, conforme informações do Anexo B .<br />
O consumo industrial de algodão, por sua vez, também representou aproxima<strong>da</strong>mente<br />
60% do total nacional de consumo de fibras entre os a<strong>no</strong>s de 1970 e 2004. Contudo, considerando<br />
os a<strong>no</strong>s de 1981 e 1996, a parcela do algodão <strong>no</strong> consumo total de fibras se manteve<br />
relativamente estável, apresentando média de 64%. Após esse período, o algodão passou a ser<br />
substituído por outras fibras, tendo participação decrescente até 2003, quando representou 52%<br />
do consumo, a me<strong>no</strong>r participação desde 1970 (ABIT; SINDITEXTIL, 2005). Em relação as<br />
fibras naturais consumi<strong>da</strong>s <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, o algodão teve participação média de 87% entre 1970 e<br />
2004, mas desde 1997 seu consumo representa 97% <strong>da</strong>s fibras naturais (Anexo C ).<br />
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