A reestruturação da cotonicultura no Brasil - Cepea - USP
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combater a inflação e seus sintomas. Este período é considerado por Mueller (2005) como de<br />
expansão horizontal.<br />
Em 1973, as exportações <strong>da</strong> pluma também foram proibi<strong>da</strong>s, inclusive as que já estavam<br />
vendi<strong>da</strong>s e armazena<strong>da</strong>s <strong>no</strong> porto aguar<strong>da</strong>ndo embarque. Neste caso, o objetivo era o atendimento<br />
do programa de promoção à exportação de manufaturados. Neste período, as restrições<br />
envolviam proibições, controles quantitativos (contingenciamento) e impostos de exportação.<br />
Desta forma, as destinações de excedentes ao exterior só se tornavam viáveis mediante<br />
concessões fiscais e tributárias (BARBOSA, 1996). Programas neste sentido foram mantidos até<br />
o a<strong>no</strong> de 1988. Até este período, as exportações se <strong>da</strong>vam por meio de liberações sujeitas a<br />
autorizações prévias, estabelecimento de cotas e de imposto de exportação.<br />
3.2 Evolução <strong>da</strong> produção nacional: crise e retoma<strong>da</strong> – de 1980 a 2004<br />
Nessa seção, apresenta-se a evolução <strong>da</strong> produção <strong>da</strong> nacional de algodão, destacando<br />
seu deslocamento <strong>da</strong>s regiões Sul e Sudeste para o Centro-Oeste e Nordeste (neste caso, para a<br />
Bahia). Essa produção teve expressiva oscilação entre início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1980 e o a<strong>no</strong> de 1988,<br />
mas com tendência crescente. Em segui<strong>da</strong>, a quanti<strong>da</strong>de produzi<strong>da</strong> e a área colhi<strong>da</strong> com algodão<br />
apresentaram decréscimos significativamente elevados, atingindo seu me<strong>no</strong>r valor <strong>no</strong> a<strong>no</strong> safra<br />
1997/1998. Entretanto, o consumo de fibra não acompanhou a que<strong>da</strong> <strong>da</strong> oferta interna e mantevese<br />
estável em tor<strong>no</strong> do seu nível médio. Com a escassez <strong>da</strong> oferta nacional, a indústria passou a se<br />
abastecer do produto importado o que fez com que o produto oriundo de outros países<br />
ultrapassasse a produção nacional já na safra 1992/1993, repetindo-se nas safras 1995/1996 e<br />
1996/1997. Essa evolução pode ser visualiza<strong>da</strong> na Figura 4.<br />
Para alguns autores, esta pluma era adquiri<strong>da</strong> a custo me<strong>no</strong>r que a do mercado inter<strong>no</strong><br />
por ser subsidiado na origem além de ser favorecido por linhas de financiamento de longo prazo e<br />
juros baixos internacionalmente (JAYO; NUNES, 1998; IEL; CNA; SEBRAE, 2000). Estas<br />
questões serão analisa<strong>da</strong>s posteriormente.<br />
Nas safras seguintes a quanti<strong>da</strong>de produzi<strong>da</strong> e a área colhi<strong>da</strong> passaram a mostrar sinais<br />
de recuperação e na safra 2003/2004 a produção alcançou seu maior nível histórico (Figura 4)<br />
(COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO – CONAB, 2005a).<br />
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