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A reestruturação da cotonicultura no Brasil - Cepea - USP

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4 MUDANÇAS INSTITUCIONAIS E DESEMPENHO COMPETITIVO<br />

Os <strong>da</strong>dos apresentados na seção anterior refletem em grande medi<strong>da</strong> o ambiente<br />

institucional, organizacional e tec<strong>no</strong>lógico em que os agentes do sistema agroindustrial do<br />

algodão se encontram inseridos. Segundo definem autores, como North (1990), <strong>da</strong> Nova<br />

Eco<strong>no</strong>mia Institucional – NEI 1 , o ambiente institucional é constituído pelas “regras do jogo” (tais<br />

como leis, políticas e regulamentações macroeconômicas e governamentais, tradições e costumes<br />

etc.) que cercam os agentes e condicionam a organização <strong>da</strong>s transações.<br />

O ambiente organizacional é <strong>da</strong>do pelas características dos “jogadores” propriamente<br />

ditos, compostos pelas associações, instituições de pesquisa, cooperativas e demais organizações<br />

de interesse privado que atuam <strong>no</strong> sistema agroindustrial respondendo aos condicionantes do<br />

ambiente institucional. O ambiente tec<strong>no</strong>lógico, por sua vez, é <strong>da</strong>do pelo conjunto de<br />

conhecimento tec<strong>no</strong>lógico disponível e acessível aos agentes do sistema. A análise do ambiente<br />

competitivo também será feita nesta seção.<br />

Em segui<strong>da</strong> busca-se caracterizar ca<strong>da</strong> um desses ambientes apontando os principais<br />

aspectos que se insere em ca<strong>da</strong> um deles. Primeiramente, busca-se descrever algumas questões <strong>da</strong><br />

Nova Organização Industrial, que subsidiarão a análise dos ambientes supracitados.<br />

4.1 Nova eco<strong>no</strong>mia institucional<br />

Entre os fatores que influenciam a dinâmica de determinado sistema agroindustrial estão<br />

as instituições e organizações que dão suporte as ativi<strong>da</strong>des produtivas. Teorias <strong>da</strong> NEI são<br />

apresenta<strong>da</strong>s em Carlton e Perloff (1994), Farina, Azevedo e Saes (1997), entre outros. Segundo<br />

Zylbersztajn (2000, p. 1), “o estudo de sistemas agroindustriais (...) tem ampla aplicação que vai<br />

desde o desenho de políticas públicas até arquitetura de organizações e formulação de estratégias<br />

corporativas”.<br />

Várias são as visões sistêmicas dos sistemas agroindustriais, entre eles o enfoque do<br />

Sistema de Commodities, origina<strong>da</strong> a partir do trabalho de Davis e Goldberg (1957) e Goldberg<br />

(1968), cuja base teórica é deriva<strong>da</strong> <strong>da</strong> teoria neoclássica <strong>da</strong> produção, em especial do conceito de<br />

matriz insumo-produto de Leontief. Focaliza-se, assim, a seqüência e transformações por que<br />

1 Informações mais detalha<strong>da</strong>s podem ser encontra<strong>da</strong>s em Farina, Azevedo e Saes (1997).<br />

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