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A reestruturação da cotonicultura no Brasil - Cepea - USP

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indiretamente, foi forçado a oferecer uma matéria-prima de melhor quali<strong>da</strong>de e especifici<strong>da</strong>de. A<br />

agricultura “empresarial” é favoreci<strong>da</strong> em detrimento <strong>da</strong> “tradicional”.<br />

O maior e melhor aporte tec<strong>no</strong>lógico <strong>no</strong> setor industrial é observado pela redução do<br />

custo total do setor <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> entre 1996 e 2004 (Tabela 4), sendo de aproxima<strong>da</strong>mente de 13%,<br />

em termos reais. Entretanto, houve uma redução ain<strong>da</strong> maior <strong>no</strong>s custos com salários, retira<strong>da</strong>s e<br />

outras remunerações e com encargos sociais e trabalhistas, indenizações e benefícios, sendo de<br />

34% e 37%, respectivamente. Essas reduções fizeram com que o primeiro item deixasse de ter<br />

uma participação de 16% sobre o custo total em 1996, passando para 12% em 2004, enquanto o<br />

segundo item, de 8% para 6% <strong>no</strong> mesmo período. Contudo, o valor bruto <strong>da</strong> produção industrial e<br />

o total de receitas líqui<strong>da</strong>s de ven<strong>da</strong>s sofreram decréscimos de 8% <strong>no</strong> período sob análise.<br />

Tabela 4 – Evolução de indicadores do setor têxtil <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> – em milhões de Reais 6<br />

A<strong>no</strong><br />

Total de custos e<br />

despesas<br />

Salários, retira<strong>da</strong>s<br />

e outras<br />

remunerações<br />

Encargos sociais<br />

e trabalhistas,<br />

indenizações e<br />

benefícios<br />

Valor bruto <strong>da</strong><br />

produção<br />

industrial<br />

54<br />

Total de receitas<br />

líqui<strong>da</strong>s de<br />

ven<strong>da</strong>s<br />

1996 29.569,82 4.660,39 2.292,27 29.503,95 29.372,88<br />

1997 27.469,74 4.193,23 1.996,85 26.916,70 26.382,00<br />

1998 26.022,30 3.878,51 1.836,54 26.141,12 26.103,22<br />

1999 26.768,50 3.369,28 1.601,62 28.729,28 28.233,25<br />

2000 27.934,65 3.398,11 1.605,02 28.793,78 28.172,28<br />

2001 26.559,16 3.466,97 1.614,86 27.925,23 27.119,10<br />

2002 25.411,17 3.216,40 1.492,06 27.015,03 26.634,24<br />

2003 24.926,15 2.932,02 1.411,28 25.794,21 25.492,41<br />

2004 25.651,90 3.092,09 1.440,55 27.099,51 27.052,81<br />

Fonte: IBGE (2006)<br />

Em a<strong>no</strong>s recentes, mu<strong>da</strong>nças profun<strong>da</strong>s ocorreram <strong>no</strong> campo técnico do segmento<br />

agrícola. A retoma<strong>da</strong> do crescimento <strong>da</strong> produção teve um componente especial, que foi o<br />

aumento do uso de tec<strong>no</strong>logia, proporciona<strong>da</strong> através de investimentos em pesquisa e <strong>no</strong><br />

desenvolvimento de <strong>no</strong>vas varie<strong>da</strong>des específicas para o país.<br />

Comparativamente a outros países, um ponto a ressaltar é que a produção nacional<br />

ocorre, em sua maioria, com o algodão de sequeiro, em oposição a vários países que praticam a<br />

cultura irriga<strong>da</strong>, o que demonstra a eficiência <strong>da</strong>s <strong>no</strong>vas regiões. Da mesma forma,<br />

melhoramentos significativos foram observados na tec<strong>no</strong>logia genética. Segundo BNDES (1997),<br />

6 Valores deflacionados pelo IGP-DI, base 2004 = 1,00.

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