A reestruturação da cotonicultura no Brasil - Cepea - USP
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muitos dos países, para o período pré Primeira Guerra. Desta forma, são os choques de deman<strong>da</strong><br />
que explicaram as variações permanentes <strong>no</strong> produto naquele período. Contudo, para o período<br />
pós Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial, os choques permanentes do produto comportaram-se como<br />
choques de oferta, sugerindo que a oferta é a fonte dominante <strong>da</strong>s variações do produto neste<br />
período, mas não a única.<br />
Cover, Enders e Hueng (2002) partem <strong>da</strong> metodologia padrão de Blanchard e Quah<br />
apontando que há boas razões econômicas para presumir que deman<strong>da</strong> e oferta agrega<strong>da</strong>s são<br />
correlacionados. Para isto, propuseram usar um conjunto de restrições para um simples modelo<br />
de oferta e deman<strong>da</strong> agrega<strong>da</strong>s para encontrar a identificação total dos parâmetros do VAR<br />
estrutural. Mostram que se a ordenação do VAR for tal que os choques de oferta impactam a<br />
curva de deman<strong>da</strong> tem-se um maior impacto sobre o produto <strong>no</strong> longo prazo, comparativamente<br />
ao caso onde a ordenação do VAR leva à causali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> para a oferta.<br />
5.3 Análises do crescimento do setor agrícola<br />
Na mesma linha dos trabalhos em nível macroeconômico, autores buscaram analisar o<br />
desempenho do setor agrícola e agropecuário de forma isola<strong>da</strong> do resto <strong>da</strong> eco<strong>no</strong>mia. Segundo<br />
Ruttan (2002), estas pesquisas ganharam maior ênfase <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s, uma vez que enquanto<br />
<strong>no</strong> início do século XX a maior parte do crescimento <strong>da</strong> produção de grãos e do setor animal foi<br />
decorrendo do acréscimo de área cultiva<strong>da</strong>, na segun<strong>da</strong> metade do século XX a quase totali<strong>da</strong>de<br />
dos aumentos de produção ocorreu em virtude dos ganhos de produtivi<strong>da</strong>de por área planta<strong>da</strong>.<br />
A análise dos ganhos de produtivi<strong>da</strong>de do setor agrícola teve pelo me<strong>no</strong>s três estágios<br />
<strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s (RUTTAN, 2002). Inicialmente, os esforços foram <strong>no</strong> sentido de mensurar a<br />
produtivi<strong>da</strong>de parcial, por uni<strong>da</strong>de de trabalho ou de área planta<strong>da</strong>. O segundo estágio <strong>da</strong>s<br />
pesquisas sobre mu<strong>da</strong>nças técnicas na agricultura envolveu a estimação de funções de produção<br />
entre países e <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de entre os diferentes fatores de produção (como terra, trabalho,<br />
animais, equipamentos e insumos variáveis). Neste caso, geralmente se utilizava a função Cobb-<br />
Douglas, assim como o método de cálculo <strong>da</strong> Produtivi<strong>da</strong>de Total dos Fatores – PTF. O terceiro<br />
estágio envolveu esforços para testar a convergência <strong>da</strong> taxa de crescimento e do nível de<br />
produtivi<strong>da</strong>de dos diversos fatores entre diferentes países.<br />
Entretanto, o objetivo desta seção é apresentar alguns trabalhos que analisaram o<br />
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